Pedro Teixeira Duarte renuncia à presidência da construtora
A companhia sublinha que se trata de uma decisão que segue “critérios tradicionais dentro da Empresa e entendida como apropriada para a concretização da natural renovação das equipas e dos órgãos sociais, que também sustentam a evolução do Grupo”
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Depois de ter renunciado à presidência da Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, “na data em que completou 65 anos de idade”, a construtora anunciou que Pedro Teixeira Duarte vai igualmente deixar a presidência do Conselho de Administração do Grupo, uma decisão que terá efeitos a 30 de Junho.
Em comunicado veiculado pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Teixeira Duarte sublinha que se trata de uma “decisão pessoal” tomada depois “de mais de 40 anos de trabalho contribuindo para uma empresa melhor, um grupo familiar melhor, um mundo melhor”. A companhia sublinha igualmente que se trata de uma decisão que segue “critérios tradicionais dentro da Empresa e entendida como apropriada para a concretização da natural renovação das equipas e dos órgãos sociais, que também sustentam a evolução do Grupo”.
A decisão torna-se publica praticamente um mês depois de o Grupo ter apresentado as contas de 2020, que apontam para uma quebra de 75,3% dos resultados líquidos face a 2019, fixando-se nos 3,6 milhões de euros. O grupo aponta os efeitos da pandemia nos mercados externos como uma das justificações para estes resultados. O grupo viu também os seus rendimentos operacionais diminuírem em 2020 face ao ano anterior, em concreto 30,7%, fixando-se no final do ano passado em 722,6 milhões de euros. “Este decréscimo resulta essencialmente da retracção da economia afectada pela situação de pandemia da Covid-19, nomeadamente em Angola e Brasil”, revela a empresa no Relatório de Gestão do Conselho de Administração 2020.
A maioria dos rendimentos operacionais do grupo em 2020 advêm da sua atividade na construção – em concreto, 51,6% -, setor que contou com uma carteira de encomendas no valor de 1.348 milhões de euros. Cerca de 17,3% diz respeito ao segmento imobiliário e 14,8% a concessões e serviços. Os restantes valores dos rendimentos operacionais da Teixeira Duarte advêm dos segmentos da distribuição (9,9%), hotelaria (4,3%), e automóvel (2,1%), refere o mesmo documento.
O volume de negócios da empresa também desceu entre estes dois momentos – 30,7% – atingindo os 608,4 milhões de euros no final de 2020. O grupo detalha no relatório que Portugal e os mercados externos registaram diminuições do volume de negócios de 20,4% e 34,5%, respectivamente. “Os mercados externos que mais contribuíram para esta última variação foram o Angolano com 41% e o Brasileiro com 27,6%”, lê-se no documento. Este indicador foi “globalmente afectado em todos os sectores pela actual conjuntura económica e pela desvalorização cambial”, revela ainda. O único que se destacou pelo seu “bom desempenho” foi o segmento imobiliário.