Inquérito: 93% das empresas defendem a criação de benefícios fiscais para apoiar a transição energética
Conclusões resultam do inquérito realizado pelo FI Group, em parceria com a consultora de comunicação e assuntos públicos LLYC
CONSTRUIR
BOMO Arquitectos assinam reconversão de casa rural em Silves (c/ galeria de imagens)
O expectável aumento do volume de investimento na hotelaria europeia
Roca apresenta “Sparking Change” na Fuorisalone
Habitação: Câmara de Lagos aprova investimento de 9,4M€ na compra de terrenos
Vila Galé inaugura hotéis na Figueira da Foz e Isla Canela
Prémio Nacional do Imobiliário 2024 distingue empreendimentos do sector
DS Private reforça rede
Salto Studio ganha concurso para antiga Colónia Balnear da Areia Branca
Município de Esposende investe 3,6M€ na construção de residência de estudantes
Weber lança novo acabamento para fachadas
papa
Mais de 90 por cento, nomeadamente 93%, identificaram a necessidade de benefícios fiscais que apoiem as organizações na transição energética. Apesar desta lacuna, mais de metade das empresas – 54% – revela um forte interesse na realização de investimentos para aumentar a eficiência energética até 2026, sendo a sustentabilidade e a redução de custos os principais motivos apontados.
As conclusões deste levantamento resultam do inquérito realizado ao tecido empresarial português pelo FI Group, em parceria com a consultora de comunicação e assuntos públicos LLYC, com o objectivo de apurar a importância dada à eficiência energética e sustentabilidade ambiental nos edifícios e compreender as “Metas de Eficiência” das empresas nacionais, tendo obtido respostas de 138 entidades das diferentes regiões do País.
Entre as empresas que pretendem investir, verifica-se que o maior número de projectos são até 250 mil euros, com enfoque, por ordem de relevância, nas áreas de “Fontes de Energia Renovável”, “Edifícios”, Climatização e o “Processo Produtivo”. Nos projectos com investimentos entre 250 e 750 mil euros, a área mais relevante è a do “Processo Produtivo”, seguida de “Fontes de Energia Renovável”, “Edifícios” e “Climatização”. Nos projectos que exigem investimentos mais elevados, entre 750 mil euros e 1,5 milhões de euros, as tipologias “Edifícios” e “Processo Produtivo” têm o maior peso.
Para Paulo Reis, director-geral da FI Group, “este levantamento demonstra que a questão da eficiência energética é cada vez mais um aspecto estratégico a ter conta pelas empresas, reconhecendo-se a importância que assume, a longo prazo, para as organizações. Perspetiva-se, neste contexto, um aumento na procura de incentivos por parte das médias empresas, pequenas empresas, microempresas e grandes empresas. Acreditamos que as políticas públicas devem colocar as empresas no centro da recuperação da economia com vista ao aumento da produtividade, competitividade e a resiliência do tecido empresarial.”
Ao mesmo tempo que se regista este interesse, 88,4% do universo inquirido afirma não ter beneficiado de qualquer apoio comunitário à eficiência energética.
Entre as empresas que participaram neste inquérito, destacam-se as indústrias transformadoras (44,2%),actividades de consultoria científica e técnica (12,3%), actividades de informação e comunicação (6,5%), entre outros.
Entre as empresas que beneficiaram de algum tipo de apoio comunitário no âmbito da eficiência energética, destaque para as que obtiveram apoio a fundo perdido (8,0%), empréstimo sem juros (2,2%), financiamento bancário (1,4%).
Entre as medidas que no entender das empresas inquiridas deviam ser desenvolvidas para promover a eficiência energética de instalações destacam-se, os apoios governamentais e o apoio a energias alternativas, mais sustentáveis, sendo expressa a motivação do tecido empresarial, no desenvolvimento dos novos mecanismos de financiamento (66,7%).
As empresas inquiridas salientaram também a necessidade de apoio ao financiamento por meio de investimento direto a taxa bonificada, ou taxa zero, e não através de crédito fiscal.
De modo a apoiar financeiramente a melhoria da eficiência energética dos edifícios, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) destina cerca de 610 milhões de euros em subvenções. Já a Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE) prevê um investimento total estimado de 143 milhões de euros até 2050.