Governo investe 3M€ na construção da sede do Centro do Atlântico nas Lajes
Segundo João Gomes Cravinho, os Açores surgiram como “localização natural” para a instalação deste centro, que enfatiza a importância geoestratégica do Atlântico
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O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, anunciou que a sede do Centro Atlântico, iniciativa de Portugal que integra 16 países e que representa uma “nova frente de apoio à paz e à estabilidade no oceano Atlântico”, será instalada na base das Lajes, na ilha Terceira (Açores), um investimento estimado em três milhões de euros.
“Queremos que a base das Lajes seja o epicentro do Atlantic Centre. Os cursos, tal como aquele que hoje acaba, terão lugar aqui na base das Lajes, que tem excelentes instalações e haverá um investimento do Ministério da Defesa em novas infraestruturas”, afirmou o governante na Praia da Vitória, na ilha Terceira, à margem de um exercício de simulação de um resgate no mar, numa situação de pirataria, que envolveu a Marinha e a Força Aérea portuguesas.
“A relevância do Atlantic Centre vai muito para além da mera ideia de criar novos empregos para substituir empregos que, entretanto, desapareceram. Alguns empregos virão, empregos qualificados, o que levará à fixação de pessoas aqui na ilha Terceira, mas neste momento ainda é muito cedo para poder quantificar”, acrescentou.
A sede deverá recuperar o edifício da antiga unidade de saúde da base das Lajes, utilizada pela Força Aérea norte-americana e desocupada aquando da redução militar que ocorreu a partir de 2015.
Segundo João Gomes Cravinho, os Açores surgiram como “localização natural” para a instalação deste centro, que enfatiza a importância geoestratégica do Atlântico.
“A localização na ilha Terceira do Centro do Atlântico é, sem qualquer dúvida, uma referência à importância que a geografia tem e à nova centralidade do Atlântico”, frisou. Essa centralidade tem-se tornado mais evidente ao longo dos últimos anos com a presença de países não atlânticos neste espaço geográfico, com as dinâmicas relacionadas com as alterações climáticas e a erosão da biodiversidade e com o aumento de eventos de pirataria, defendeu. “Creio que o que se passou nos últimos anos foi uma consciência aprofundada de que o Atlântico tornou-se novamente um centro geoestrategicamente relevante”, sublinhou.
A ideia foi partilhada pelo presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, que destacou a importância deste centro para a notoriedade do arquipélago a nível internacional.