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    eXp World Holdings expande operações para o Brasil

    As operações na eXp Brasil serão lideradas por Ernâni Assis, que tem mais de 15 anos de experiência no mercado imobiliário brasileiro

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    As operações na eXp Brasil serão lideradas por Ernâni Assis, que tem mais de 15 anos de experiência no mercado imobiliário brasileiro

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    A  eXp World Holdings, uma das empresas imobiliárias de crescimento mais rápido do mundo, expandiu a sua operação para o Brasil, sob a bandeira eXp Brasil. Além de sua presença consolidada nos EUA, a eXp Realty também opera em outros nove países, incluindo Austrália, Canadá, França, Índia, México, Portugal, Porto Rico, África do Sul e Reino Unido, com mais de 45 mil agentes em todo o mundo.

    A expansão mundial da eXp Realty está a ser liderada por Michael Valdes, presidente da eXp Global, um veterano no ramo do imobiliário, com experiência na abertura de mercados em todo o mundo.

    “A nossa expansão para o Brasil é um momento marcante no crescimento da eXp, uma vez que o Brasil possui a oitava maior economia do mundo em poder aquisitivo, com 213 milhões de pessoas, e um mercado imobiliário próspero que se adapta bem ao modelo eXp. Estamos confiantes que a eXp Brasil vai ser importante para a recuperação económica do país”, afirmou.

    As operações na eXp Brasil serão lideradas por Ernâni Assis, que tem mais de 15 anos de experiência no mercado imobiliário brasileiro.

    “A eXp Brasil chega no momento em que o mercado imobiliário brasileiro vive um período de recuperação” diz Assis. Na eXp, investimos no sucesso de nossos agentes. Acreditamos que ao dotar os agentes de conhecimento e formação de topo, flexibilidade para gestão da sua actividade e apoio administrativo estamos a providenciar uma melhor experiência para os nossos clientes. Estamos muito contentes pela oportunidade de apresentarmos esta nova forma de trabalhar no mercado imobiliário, inovadora, com melhores remunerações, tudo para posicionar os nossos agentes e ajudá-los a alcançar elevados níveis de sucesso.

    A presença da eXp no Brasil abrangerá todas as grandes cidades e regiões, com foco inicial em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Brasil é um dos países escolhidos pela eXp Global para a expansão durante o primeiro trimestre de 2021. Porto Rico foi lançado em janeiro e Itália, e Hong Kong também estão programados para serem lançados no primeiro trimestre de 2021.

    A eXp Realty oferece um modelo financeiro único para agentes imobiliários residenciais e comerciais, indo além de comissões atraentes para oferecer aos seus agentes a oportunidade de obter receitas adicionais, ajudando a empresa a aumentar sua base de receitas em qualquer lugar do mundo. Os agentes também podem ganhar uma participação em acções da eXp World Holdings, logo após a primeira venda. A eXp operada num sistema de cloud-based (nuvem) fornecido pela Virbela, a plataforma imersiva e colaborativa da empresa, permitindo que agentes e funcionários comuniquem, se encontrem e realizem negócios num mundo 100% virtual.

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    Créditos: Benjamin Schoonenberg.
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    Trienal organiza exposição ‘Tirar Mais do que Há para Dar’

    ‘Tirar Mais do que Há para Dar’ é um contributo colectivo e plural para um futuro da arquitectura que não exija a exaustão do planeta e de quem o habita e que conta com obras de Alfonse Chiu & Emma Kaufmann LaDuc, Alina Paias & Benjamin Schoonenberg, Liisa Ryynänen e Netherlands Angry Architects!mde

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    Fazer arquitectura no sistema económico vigente significa depender da extracção do máximo de materiais, valor e energia, muitas vezes ultrapassando os limites do que o planeta ou o corpo podem repor. As diferentes etapas do desenho e construção de um edifício evidenciam um ciclo contínuo de esforço e sobre-extracção da cadeia de produção arquitectónica, das matérias-primas à mão-de-obra.

    Neste sentido, e em parceria com a galeria VI PER em Praga, a Trienal organiza uma exposição dupla, a decorrer simultaneamente em ambas as cidades, que explora a forma como a “energia se move, se transforma e se dissipa, tanto no interior dos corpos como no mundo material”. Em Lisboa, a exposição arranca este Sábado, dia 8 de Março e mantém-se até conta com a visita comentada pela curadora Alina Paias e a apresentação de Liam Ross, professor da Universidade de Edimburgo e de Adam Przywara, investigador na Universidade de Friburgo. A mostra mantém-se até 13 de Maio.

    Os contributos de fellows emergentes da plataforma europeia LINA estão distribuídos entre Praga e Lisboa – onde a exposição decorre em simultâneo – abordando a arquitectura habitada enquanto consumidora de energia; cartografias especulativas das dinâmicas territoriais de exaustão na Europa; e a formação de redes de solidariedade entre quem trabalha na indústria da construção para enfrentar a crise climática. A exposição conta ainda com o vídeo The Void of its Other (O Vazio do Outro) que explora as pressões e incentivos financeiros e políticas que moldam a produção habitacional contemporânea em Roterdão.

    A exposição arranca este Sábado, dia 8 de Março e mantém-se até 13 de Maio. A inauguração conta com a visita comentada pela curadora Alina Paias e a apresentação de Liam Ross, professor da Universidade de Edimburgo e de Adam Przywara, investigador na Universidade de Friburgo.

    Os contributos de fellows emergentes da plataforma europeia LINA abordam a arquitectura habitada enquanto consumidora de energia; cartografias especulativas das dinâmicas territoriais de exaustão na Europa; e a formação de redes de solidariedade entre quem trabalha na indústria da construção para enfrentar a crise climática. A exposição conta ainda com o vídeo The Void of its Other (O Vazio do Outro) que explora as pressões e incentivos financeiros e políticas que moldam a produção habitacional contemporânea em Roterdão.

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    Nova fábrica de janelas minimalistas do grupo dst inicia produção em Março

    Com design e tecnologia de ponta, a nova fábrica deverá começar a laborar em Março, prevendo-se que atá 2030 a nova unidade contribua com 30 milhões de euros para as contas da Bysteel, empresa de construção metálica do grupo dst, cuja actividade conheceu em 2024 um forte impulso

    Arranca em Março a produção da Lyrical, a nova fábrica do grupo dst, dedicada à produção de janelas minimalistas. A sua apresentação teve lugar na BAU, em Munique. Uma estreia auspiciosa com angariação de obras que no mercado nacional quer no Dubai. A Lyrical é uma marca da Bysteel fs, representa um investimento de 15 milhões de euros, “com uma unidade industrial independente e um departamento técnico especializado, o que lhe confere autonomia e excelência nas suas operações”, garante ao construir André Pereira, director geral da Lyrical.

    A fábrica da Lyrica, cujo projecto de arquitectura tem a assinatura de Eduardo Souto Moura, conta com aproximadamente 10.000 m² está projectada e organizada de forma eficiente para optimizar o fluxo produtivo e minimizar desperdícios e ineficiência em toda a cadeia de produção, desde a recepção à expedição do material transformado. “A Lyrical nasce como consequência natural do crescimento da Bysteel, respondendo às exigências identificadas ao longo dos anos. Ao longo da sua trajectória, a Bysteel reconheceu que, embora fosse uma referência sólida no mercado das estruturas metálicas e fachadas, o segmento de luxo e as janelas de design permaneciam por explorar, especialmente no que toca às soluções minimalistas. Foi concebida para responder a esta lacuna, e para oferecer soluções que combinam de forma harmoniosa o design com a eficiência térmica, elevando a janela a uma nova relevância no contexto arquitectónico”, justifica André Pereira.

    Das instalações da Lyrical em Braga, sairão janelas minimalistas, de alta performance térmica, “a melhor do mercado europeu”, garante André Pereira, que destaca ainda “o design e estética inovadores e a customização, personalização e modularidade”, do produto. A perspectiva é que o volume de negócios da marca chegue aos 30 milhões de euros até 2030, impulsionado quer pela expansão para novos mercados, Estados Unidos da América (de notar que a entrevista foi concedida antes da guerra de tarifas lançada pelo novo Presidente norte americano), quer pelo estabelecimento de “parcerias estratégicas que reforçarão a nossa presença global”, garante o director geral da Lyrical

    Crescimento da Bysteel
    A aposta nos mercados internacionais não surpreende e segue a estratégia da empresa que serve de chapéu à marca. Mais de 90% da facturação da Bysteel, onde se inclui a Bysteel fs, são provenientes do mercado externo. Na linha da frente estão os mercados de França, Reino Unido, Luxemburgo, Países Baixos e Angola. Em 2024 as empresas do grupo dst na área da construção metálica terão registado uma facturação de perto de 70 milhões de euros (resultados provisórios), bem acima dos 42,7 milhões de euros de facturação registados em 2023. “Em 2024 deparamo-nos com alterações nos mercados em actuamos. Notamos alguma recuperação da economia em Angola, com o investimento público a aumentar, o que nos permitiu voltar a ter uma carteira generosa nesse mercado”, justifica ao CONSTRUIR Rodrigo Araújo. Para as contas da empresa contribuiu ainda o arranque da sua primeira obra no Luxemburgo, a nova sede que o gigante mundial do aço, ArcelorMittal, está a construir no município de Kirchberg, cuja adjudicação foi anunciada pela empresa portuguesa em Outubro.

    “A inovação e a sustentabilidade estão no centro da nossa estratégia. São pilares simbióticos essenciais que potenciam a excelência e a vanguarda e nos conferem a competitividade para actuar no cenário global das obras de maior exigência e elegância. Temos um investimento significativo num portfólio diversificado de projectos de desenvolvimento de novos materiais e produtos inovadores como são exemplo o vidro com incorporação de electrónica de última geração e os novos sistemas de caixilharia minimalista de alto desempenho, lançados recentemente sob a nova marca Lyrical, que evidencia o resultado deste esforço”, argumenta o director geral da Bysteel.

    Foco na construção modular
    A aposta na nova unidade da marca Lyrical faz parte de uma estratégia mais ampla que nasce no âmbito da aposta da agenda mobilizadora R2U Technologies. Neste âmbito “em termos de investimento podemos referir que no global da agenda já foi reportado cerca de 50% do orçamento previsto. No que respeita aos trabalhos executados, os parceiros encontram-se todos a trabalhar no sentido de se desenvolverem com sucesso os 18 PPS (Produtos, Processos e Serviços) previstos. Alguns dos produtos já se encontram desenvolvidos e lançados no mercado (a caixilharia minimalista e os PODs são exemplos) e grande parte dos restantes estão em fase de prototipagem e testes”, avança André Pereira.

    A área da construção modular do grupo dst deverá conhecer novos desenvolvimentos ao longo de 2025, não só por via da actividade da Lyrical mas também com a edificação no campus do grupo em Braga, do protótipo à escala real, o Living Lab.

    “Como desafios para 2025, temos o maior enfoque na Bysteel fs, onde neste momento temos uma carteira de obras mais pequena. Na Lyrical, como nova marca, queremos neste ano de 2025 apostar em vários mercados, como França, UK, Suíça, México, Canadá, Dubai, entre outros. Temos como objectivo conquistar o mercado desta nova marca. Queremos consolidar os negócios das empresas, apesar da retracção do mercado da construção. Queremos arranjar formas para contrariar as tendências. Pretendemos, também, a consolidação do mercado do Luxemburgo e manter a actividade em Angola, outro enorme desafio comercial para 2025, tendo em conta o baixo andamento e até a suspensão de alguns negócios que temos em negociação”, enumera Rodrigo Araújo director geral da Bysteel e Bysteel fs.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Futuro centro cultural da Trofa
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    Centro Cultural da Trofa define nova “urbanidade” na cidade

    “Embora a proposta defina uma volumetria clara com uma definição de praça formal, a interligação dos elementos e sua localização a diferentes cotas permite usos flexíveis e dinâmicos dos espaços, que convida a apropriações que reflectem o panorama geral da produção artística, heterogénea e interactiva”

    Cidália Lopes

    O futuro Centro Cultural da Trofa deverá ser “dinamizador de cultura” no território em que se irá inserir, numa perspectiva alargada à região Norte do País e deverá ter um papel “diferenciador”, através das suas valências funcionais, da sua centralidade geográfica e da sua imagem, enquanto referência no domínio da arquitectura contemporânea. Por outro lado, insere-se no numa lógica de requalificação que tem transformado “profundamente” o centro do concelho.

    Características que serviram de base ao projecto vencedor apresentado pelas arquitectas Alda Jesus e Enrica Mazzon, do colectivo Laboratório Mediterrâneo e que, segundo o júri, se destacam pela sua “inovação, funcionalidade e sustentabilidade”, assim como pela forma “harmoniosa” que esta se adapta ao espaço urbano e ao contexto histórico da Trofa.

    Identidade “arquitectónica, abstracta e cenográfica”

    A área de intervenção, actualmente um vazio urbano que se situa junto à escola Profº Napoleão Sousa Marques, à ciclovia Norte, ao parque de apoio à Mobilidade e ao final da Alameda da Estação, vai receber o equipamento numa lógica de “quarteirão”.

    A implantação proposta no projecto de arquitectura determina a existência de um espaço exterior central – A Praça – delimitada pelo conjunto edificado que emerge acima da cota de soleira. Esta praça central, de caracter formal, possui três eixos de atravessamento que evocam uma malha de tecido urbano já consolidada, mantendo a permeabilidade necessária para que se torne parte activa da vida pública e definidora de uma nova “urbanidade” da cidade.

    O conceito geral da proposta visa a “marcação de um espaço vazio central no território intervencionado, com uma forte identidade arquitectónica, abstracta e cenográfica”. A fragmentação volumétrica, unificada na base num pódio de distribuição publica é uma oportunidade para desconstruir a monumentalidade do edificado, e aproximá-lo à escala da cidade. Os alinhamentos volumétricos geram uma composição equilibrada e de continuidade entre si.

    Embora a proposta defina uma volumetria clara com uma definição de praça formal, a interligação dos elementos e sua localização a diferentes cotas permite usos flexíveis e dinâmicos dos espaços. Esta proposta convida a apropriações que reflectem o panorama geral da produção artística, heterogénea e interactiva, como por exemplo a ‘Black Box’ que pode abrir directamente para a praça e dinamizar o espaço público.

    Futuro centro cultural da Trofa

    Durabilidade e sustentabilidade

    A proposta caracteriza-se, ainda, pela escolha de uma materialidade “homogénea e sistematizada”, quer nos métodos construtivos seleccionados quer nos acabamentos exteriores e interiores, cuja “modularidade, repetição, subtis variações de escala e pigmentação contribuirá para a definição do lugar e sua identidade”.

    A simplicidade das fachadas e volumes que conformam o centro cultural permite a sobreposição de informação em projecções multimédia, ou noutros suportes de larga escala, promovendo o sentido de ‘happening’ do lugar.

    Pretende-se, ainda, que abordagens sustentáveis possam ser adoptadas na fabricação destes elementos, tais como a incorporação de resíduos de demolição local, e a identificação de pigmentos regionais que comuniquem.

    Já a durabilidade dos revestimentos escolhidos traduz-se em sustentabilidade construtiva, evitando a necessidade de manutenção intensiva e substituição frequente de elementos ao longo da vida útil do edifício.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Renováveis abastecem 78,5% do consumo de electricidade em Fevereiro

    A produção a partir de fontes renováveis abasteceu 78% do consumo de energia eléctrica no país, em Fevereiro, com a energia hídrica a garantir quase metade do consumo

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    Em Fevereiro, a hidroelectricidade abasteceu quase metade do consumo de energia eléctrica, num mês marcado pelo aumento do consumo de energia eléctrica, mas também pela elevada produção renovável.

    O consumo de eletricidade aumentou 3,2% face ao mês homólogo e as energias renováveis abasteceram 78,5% do consumo de electricidade, as não renováveis 12,9% e o saldo importador 9%.

    Segundo a REN, a produção renovável teve a seguinte repartição: hídrica 46,0%, eólica 20,3%, solar fotovoltaico 7,4% e a biomassa 4,8%.

    O gás natural e restante térmica não renovável foram responsáveis por aproximadamente 12,9% do consumo e o saldo importador 8,6%.

    “Tal como em Janeiro, as condições voltaram a ser muito favoráveis para a energia hidroeléctrica, com um índice de produtibilidade de 1,28 ( média histórica igual a 1)”, apontou a REN.

    No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a produção renovável abasteceu 77% do consumo (hidroeléctrica 38%, eólica 28%, fotovoltaica 6% e biomassa 5%), enquanto a produção a gás natural abasteceu 13% e o saldo de trocas com o estrangeiro abasteceu os restantes 10%.

    No caso da energia solar, o contínuo aumento da potência instalada permitiu manter crescimentos homólogos elevados (27%), com a potência entregue à rede a atingir pela primeira vez pontas da ordem de 2.800 megawatts.

    Quanto ao mercado de gás, o consumo cresceu 3,8%, devido ao segmento de produção de energia eléctrica, que registou um aumento de 61%, face a uma disponibilidade de energia renovável inferior à verificada no mesmo período do ano anterior.

    Pelo contrário, no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, o consumo caiu 8,3%, devido fundamentalmente a quebras em grandes consumidores industriais.

    No final de Fevereiro, o consumo acumulado anual de gás registou um crescimento de 1,5%, repartido por uma queda de 6,2% no segmento convencional e um aumento de 29% no segmento de produção de energia eléctrica.

    O aprovisionamento do sistema nacional continuou, nestes dois meses, a ser assegurado através do terminal de gás natural líquido (GNL) de Sines, enquanto o saldo de trocas através da interligação com Espanha se manteve exportador, equivalendo a cerca de 6% do consumo nacional neste período. Os Estados Unidos, com 47%, e a Nigéria, com 39%, foram as principais fontes de gás consumido em Portugal.

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    Cevisama encerra evento de 2025 com nota “positiva” e destaca presenças de “qualidade”

    Carmen Alvarez, directora do certame, destacou a “elevadíssima qualidade do comprador que escolheu a Cevisama, com grande poder de compra e de prescrição e que permitiu aos nossos expositores não só fidelizar a sua carteira de clientes, mas também abrir-se a novos mercados”

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    A Cevisama encerrou a sua 41ª edição com um sentimento “muito positivo”. Carmen Alvarez, directora do certame, destacou a “elevadíssima qualidade do comprador que escolheu a Cevisama, com grande poder de compra e de prescrição e que permitiu aos nossos expositores não só fidelizar a sua carteira de clientes, mas também abrir-se a novos mercados”.

    Nesta área, Álvarez salientou que “a Cevisama continua a manter e a alargar a sua capacidade de convocatória internacional, com a presença estimada de compradores de mais de 150 países e a sua resposta positiva às novas colecções e propostas que foram mostradas por estes dias nos sectores presentes na Cevisama, nomeadamente, cerâmica, casas de banho e tecnologia e maquinaria para a indústria cerâmica”.

    A directora destacou, ainda, a posição da Cevisama como foco de atracção para “todo o poder de compra nacional, como distribuidores, armazéns ou construtoras que conseguiram alargar o seu catálogo de produtos e fazer as suas encomendas para o ano em curso”.

    Para Carmen Álvarez, a aposta no ‘Made in Europe’ teve uma ”resposta muito positiva”, com os visitantes a “valorizarem o nível de qualidade e o empenho das inovações apresentadas” e quis destacar especialmente “a resposta que tivemos do grupo de prescritores e profissionais contratados, que apreciaram a orientação da Cevisama neste domínio, evidenciada por projectos de grande sucesso como o ‘Hotel Cevisama’ de Héctor Ruiz-Velázquez”.

    Por outro lado, a Cevisama apresentou também os vencedores de uma nova edição do Concurso de Talentos Emergentes destinado a estudantes de design no âmbito do CevisamaLab 2025. O concurso, que conta com a colaboração da Fundació del Disseny de la Comunitat Valenciana, da Associação de Designers da Comunitat Valenciana (ADCV), do Colégio de Designers de Interiores da Comunidade Valenciana (CDICV) e do Colégio Territorial de Arquitetos de Valência (CTAV), atribuiu o primeiro prémio na categoria cerâmica a África Macías, da Escuela Superior de Cerámica de L’Alcora ESCAL, pelo seu projecto O-Buit, um sistema de peças cerâmicas modulares, flexíveis e versáteis que permitem formar múltiplos padrões em utilizações como treliças ou tijolos de construção. Por sua vez, na categoria de casas de banho o primeiro prémio foi para o projecto ‘TAPI’, de Aurora Bonet (Universidade Politécnica de Valência ETSIADI), pode ser tratar de um sistema “inovador” para a aprendizagem da rotina de lavagem para crianças cegas através de recipientes de diferentes formatos embutidos na parede.

    O Fórum de Design de Interiores, Arquitetura e Contratos encerrou uma das suas edições “mais concorridas”, onde se falou sobre os principais elementos de satisfação do cliente final dos projectos hoteleiros e residenciais, com a apresentação e alguns projectos de empresas como a Arqueha, a Inhaus ou a Eseiesa.

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    Grupo Greenvolt vai desenvolver projectos de baterias na Polónia

    O acordo, liderado pela Greenvolt Power, abrange o design e a operação de dois activos de armazenamento de energia com uma capacidade combinada de até 1,6 GWh. Os projectos abrangidos por este acordo já estão em construção e espera-se que sejam concluídos no primeiro trimestre de 2026

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    O Grupo Greenvolt, através da Greenvolt Power, a sua empresa especializada em projectos de energia eólica, solar e armazenamento de energia em grande escala, assinou um acordo com a BYD Energy Storage, um dos maiores fornecedores de Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS na sigla inglesa) com sede na China. O contrato inclui o design e a operação de activos com uma capacidade total de até 1,6 GWh em dois locais na Polónia: Turośń Kościelna (200 MW/800 MWh) – conectado ao Operador do Sistema de Transmissão (TSO na sigla inglesa) a 110 kV, e Nowa Wieś Ełcka (200 MW/800 MWh) – conectado ao TSO a 220 kV. Ambos os projectos têm assegurados contratos de fornecimento, cujo início se prevê para 2028.

    “O acordo com a BYD Energy Storage reforça o nosso compromisso em desenvolver e executar projectos de armazenamento de energia, que são essenciais para maximizar a integração de energia renovável. O contrato para estes dois projectos na Polónia é o maior que assinámos na Europa até à data, o que reflecte claramente a importância estratégica que atribuímos a esta tecnologia e a nossa ambição em continuar a ser um dos principais players no segmento”, comentou João Manso Neto, CEO do Grupo Greenvolt.

    Esta colaboração com a BYD Energy Storage faz parte da estratégia da Greenvolt para implementar projectos de BESS, onde o Grupo detém uma capacidade total em pipeline de 2,6 GW, com a empresa a explorar activamente oportunidades adicionais de investimento em outros mercados.

    A Greenvolt Power continua a reforçar a sua liderança em armazenamento de energia em grande escala e este acordo representa um passo importante para materializar o nosso pipeline de projectos. Para além das suas vantagens tecnológicas, o armazenamento de energia é também fundamental para assegurar a viabilidade e rentabilidade a longo prazo dos nossos activos – acrescentou Radek Nowak, CEO da Greenvolt Power.

    A primeira fase do contrato, que já começou, envolve a construção de infraestruturas de subestação de energia. As entregas para ambos os projectos começarão no quarto trimestre de 2025, com conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2026.

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    Calçada Portuguesa é candidata a património cultural imaterial da UNESCO

    Constituído Núcleo de Calceteiros, em apoio à Candidatura da Calçada Portuguesa à UNESCO. Candidatura deverá ser entregue este mês de Março

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    Candidatura da Arte e Saber-fazer da Calçada Portuguesa deverá ser entregue à UNESCO este mês de Março. Para apoiar a candidatura foi constituído o Núcleo de Calceteiros, por um conjunto de mestres calceteiros, preocupados com o futuro da calçada artística e também com o ofício. Esta iniciativa decorre do envolvimento de mestres calceteiros de todo o país na preparação da candidatura deste património cultural imaterial à UNESCO que está a ser desenvolvida pela Associação da Calçada Portuguesa.

    Este núcleo de calceteiros, aberto a todos os profissionais que queiram aderir, integrará a Associação e tem como objectivo demonstrar junto da UNESCO, a importância fundamental dos calceteiros, mestres detentores de um saber-fazer ancestral, na preservação e valorização da calçada artística, património cultural e identitário de Portugal, bem como ser um instrumento para a participação e envolvimento da comunidade de calceteiros na salvaguarda da Arte e Saber-fazer da Calçada Portuguesa.

    O Núcleo é um órgão consultivo da Associação, sem prejuízo da sua autonomia e iniciativa na prossecução dos seus objectivos, designadamente contribuir para a valorização e dignificação da profissão de calceteiro, defender as boas práticas na execução e manutenção da calçada artística, colaborar na formação de novos profissionais, promover a divulgação da calçada artística e colaborar na promoção da calçada portuguesa, tanto em Portugal como no estrangeiro no respeito pela tradição e história da calçada portuguesa.

    A Associação da Calçada Portuguesa foi constituída, em 2017, por impulso da Câmara Municipal de Lisboa. Integra, para além da CML, a Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins (ASSIMAGRA), a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA,) o Grupo Português da Associação Internacional para a Protecção da Propriedade Intelectual, a Universidade de Lisboa e, desde 2020, a Câmara Municipal de Porto de Mós.

     

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    Altaona: o novo empreendimento residencial de luxo em Múrcia

    A Century 21 Now III está a comercializar o Altaona, um empreendimento residencial situado a poucos minutos do centro de Múrcia. O aldeamento é a mais recente aposta da “The Art of Living in Spain”, TAOLIS

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    A Century 21 Now III está a comercializar o Altaona, um empreendimento residencial situado a poucos minutos do centro de Múrcia. Com 800 habitações projectadas e preços que variam entre 229.000€ e mais de 1 milhão de euros, o Altaona destaca-se pelo seu conceito de habitação integrada num ambiente natural, com serviços exclusivos.

    O empreendimento está inserido num resort, oferecendo uma vasta gama de comodidades, incluindo um campo de golfe de 18 buracos, um centro desportivo com ginásio, campos de ténis e padel, centro de bem-estar e spa, além de um centro comercial e um hotel. Os residentes também podem desfrutar de uma grande piscina de ondas e de um ambiente que combina conforto, privacidade e tranquilidade.

    Localizado estrategicamente, o Altaona permite um acesso rápido a importantes infraestruturas da região: apenas 10 minutos do centro de Múrcia, 10 minutos do Aeroporto Internacional da Região de Múrcia e 20 minutos das praias da costa espanhola. Esta proximidade com a cidade, o aeroporto e as áreas naturais fazem do empreendimento uma opção ideal tanto para residência permanente quanto para investimento imobiliário.

    O Aldeamento de Altaona é o mais recente empreendimento da “The Art of Living in Spain”, TAOLIS, empresa com sede em Múrcia (7ª maior cidade de Espanha), que já é uma referência no desenvolvimento imobiliário de luxo. A TAOLIS tem mais de 20 anos de experiência no sector imobiliário e cria projectos que combinam design vanguardista, luxo, sustentabilidade.

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    Albert Gil Margalef, CEO atelier Batlleiroig
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    Escala do projecto representou “desafio adicional” com natureza a inspirar soluções

    Foi em Setembro de 2023 que a Bondstone adquiriu os 68 hectares da Quinta do Morgadinho, em Vilamoura. Aquele que foi o primeiro investimento da promotora no Algarve, tem planos para se tornar num dos empreendimentos mais sustentáveis daquela região. Nasce, assim, o Masterplan Arcaya, onde a conexão com a natureza e elementos construtivos como a madeira são um factor distintivo. O desenho é do atelier catalão Batlleiroig

    Cidália Lopes

    Albert Gil Margalef, CEO da Batlleiroig Arquitectura, falou ao CONSTRUIR, sobre a particularidade que é o Arcaya. A visão de um ‘Jardim Infinito’ é o ponto de partida para um projecto que pretende conjugar casas de design sustentável com uma abordagem de conservação e respeito pelo meio envolvente. A construção off-site com materiais que apresentem uma pegada de carbono reduzida, como a madeira, vai marcar a paisagem.

    Qual é a visão principal do projecto Arcaya?

    A visão principal do projecto Arcaya é criar um ‘Jardim Infinito’, ou seja, uma sequência de espaços naturais concebidos para realçar as características naturais do local. Neste ‘Jardim’, a natureza conjuga-se harmoniosamente com casas de design sustentável, promovendo, ao mesmo tempo, o bem-estar e um estilo de vida inteligente em comunidade. O objectivo primordial é recuperar essa ligação intuitiva e natural que os seres humanos têm com a natureza, permitindo que os residentes do Arcaya vivam entre árvores e desfrutem da riqueza da biodiversidade. Cada novo projecto residencial fará parte de um projecto maior: o Masterplan Arcaya.

    Qual foi o ponto de partida?

    O ponto de partida fundamental do projecto foi a sustentabilidade. Desde o início, optou-se por uma abordagem que desse prioridade à conservação e ao respeito pelo meio envolvente. Em vez de recorrer à construção a partir do zero, decidiu-se manter e melhorar a infraestrutura existente, optimizando os recursos já disponíveis.

    Além disso, foi dada especial atenção à preservação e valorização da paisagem preexistente, composta por um bosque de pinheiros e vegetação ripícola, garantindo, assim, a sua continuidade e o seu valor ecológico. Houve, ainda, uma adaptação à topografia natural do terreno, tendo sido realizado um estudo detalhado para definir a cota de implantação de cada casa, permitindo minimizar a movimentação de terras e preservar o maior número possível de árvores existentes, minimizando, assim, um impacto sobre o ecossistema local.

    “Soluções como muros Kreiner, um sistema inovador de contenção que utilizam troncos de madeira, funcionam de forma eficiente e, ao mesmo tempo, mantêm-se em total harmonia com a natureza. Outra abordagem inovadora é a integração de caixas de água em valetas, que melhoram a infiltração natural do solo, optimizando a retenção de humidade e promovendo o crescimento saudável das espécies vegetais”

    Como foi concebido o projecto para harmonizar com o ambiente natural onde está inserido?

    Desenhado com especial cuidado para se integrar, de forma harmoniosa, no ambiente natural que o envolve, sob a ideia principal de um ‘Jardim Infinito’, como já referi, onde os limites entre a arquitectura e a paisagem se esbatem.

    Para reforçar esta conexão, todas as casas foram estrategicamente orientadas, garantindo que cada uma mantivesse uma relação directa e contínua com este ‘Jardim Infinito’. Além disso, os limites entre os lotes foram concebidos de forma subtil, permitindo que se fundissem com a paisagem sem criar barreiras visuais ou físicas, excepto nos limites entre as parcelas vizinhas, onde era necessário assegurar a privacidade entre os residentes do empreendimento.

    Inovação e desafios

    E como se consegue equilibrar a inovação com a funcionalidade?

    Não são conceitos incompatíveis, pelo contrário, complementam-se ao potenciar as suas vantagens. Em todas as intervenções na paisagem, aplicaram-se soluções inovadoras baseadas na natureza. Trata-se de um princípio ancestral: partir dos materiais naturais do local e trabalhá-los com o mínimo de impacto de novos elementos, de forma a alcançar o design e a funcionalidade desejados.

    Soluções como muros Kreiner, um sistema inovador de contenção que utilizam troncos de madeira, funcionam de forma eficiente e, ao mesmo tempo, mantêm-se em total harmonia com a natureza. Outra abordagem inovadora é a integração de caixas de água em valetas, que melhoram a infiltração natural do solo, optimizando a retenção de humidade e promovendo o crescimento saudável das espécies vegetais.

    Na arquitectura, a inovação passa pela adopção de técnicas de industrialização na construção, um processo que se integra perfeitamente no design final das casas. A construção controlada permite um rigoroso controlo de qualidade na execução, melhorando a funcionalidade do produto final. Além disso, no empreendimento Arcaya inovou-se na escolha de materiais de construção que apresentassem uma pegada de carbono reduzida, como a madeira e as tintas à base de argila, que contribuem para melhorar a qualidade do ambiente interior dos espaços habitacionais.

    Quais foram os principais desafios enfrentados durante o processo de concepção do projecto?

    Foram vários os desafios que surgiram e exigiram soluções criativas e estratégicas. Um dos principais desafios foi a integração das infraestruturas pré-existentes, uma vez que aproveitar e adaptar o que já estava construído exigia um planeamento minucioso para garantir uma ordenação eficiente e funcional de todo o empreendimento.

    Outro aspecto crucial foi assegurar a coerência do projecto. Dada a diversidade dos componentes e abordagens, era essencial alcançar uma integração harmoniosa, permitindo que cada elemento fizesse parte de um todo equilibrado.

    Além disso, a escala do projecto representou um desafio adicional, pois era necessário encontrar um equilíbrio entre a unidade do empreendimento e a sua identidade distintiva. Para tal, foi levado a cabo um trabalho detalhado para respeitar as especificidades de cada área, considerando factores como a topografia, a vegetação e a orientação, garantindo assim um resultado coeso, mas com diversidade e identidade próprias.

    Objectivo: Pegada de carbono reduzida

    Que tipo de madeira e outros materiais sustentáveis estão a ser utilizados no projecto?

    Na construção das casas e do stand de vendas, foram e estão a ser utilizadas, principalmente, estruturas em madeira de pinho radiata e larício. Além disso, combinam-se soluções estruturais com vigas e pilares de madeira lamelada colada (LVL), bem como painéis de madeira lamelada colada cruzada (CLT). A madeira é, também, aplicada nos revestimentos interiores e exteriores, tanto na sua forma natural como carbonizada, para garantir maior resistência às condições climatéricas.

    No interior, privilegiam-se os revestimentos de baixa pegada de carbono, como tintas e argamassas à base de argila. No que diz respeito aos revestimentos cerâmicos, é valorizada a produção local, de forma a reduzir o impacto ambiental associado ao transporte.

    Além disso, e para um isolamento natural mais eficiente, todas as coberturas foram concebidas como coberturas verdes, contribuindo para a regulação térmica das casas e para uma maior integração com a paisagem envolvente.

    Que soluções específicas foram implementadas para reduzir a pegada de carbono do projecto?

    Para reduzir a pegada de carbono, foi adoptada uma abordagem integrada que abrange tanto o ambiente paisagístico como a arquitectura das casas. As soluções implementadas foram estruturadas nas “10 Estratégias-Chave” do projecto Arcaya, ou seja, num conjunto de princípios que asseguram o desenvolvimento sustentável do empreendimento em total harmonia com o meio ambiente. Um dos aspectos essenciais foi a reutilização da infraestrutura já existente, uma decisão que permitiu reduzir as emissões em 70%, ao evitar demolições e a construção a partir do zero. Para uma gestão inteligente da água, maximizou-se a infiltração natural através de soluções que captam e aproveitam desde a primeira gota de chuva até sistemas como jardins aquáticos. A biodiversidade desempenhou, também, um papel central no projecto, com a regeneração da floresta e a plantação de espécies autóctones, optimizando o sistema de rega e aumentando o número de árvores em 30%.

    O projecto privilegia, ainda, soluções inspiradas na natureza, utilizando os sistemas ecológicos existentes para criar uma relação harmoniosa entre o ser humano e o ambiente. Um dos exemplos é a reutilização de resíduos da gestão florestal para a criação de espaços de regeneração. As casas foram concebidas como unidades autossuficientes, com um design que optimiza o conforto e minimiza o consumo energético através de estratégias passivas, como a ventilação cruzada natural e a criação de refúgios climáticos de baixa necessidade energética. Além disso, foram incorporados sistemas activos de elevada eficiência energética.

    Para reduzir ao máximo a pegada de carbono apostou-se em técnicas de construção a seco, na utilização de materiais locais e em estratégias de neutralidade carbónica. Um dos exemplos concretos foi o estudo do carbono incorporado na construção das “Timber Villa”, permitindo avaliar e minimizar o impacto ambiental desde a sua fase de concepção, assim com a adopção da construção off-site, o que reduz o tempo de obra e o seu impacto ambiental e de criação de resíduos.

    “As soluções implementadas foram estruturadas nas ‘10 Estratégias-Chave’ do projecto. Um dos aspectos essenciais foi a reutilização da infraestrutura já existente, uma decisão que permitiu reduzir as emissões em 70%, ao evitar demolições e a construção a partir do zero”

    Foram integradas tecnologias de pré-fabricação ou modularidade no processo?

    Sim, foram integradas tecnologias de pré-fabricação e modularidade no processo construtivo, tendo sido testados diferentes graus de pré-fabricação nas casas piloto.

    Em algumas casas, optou-se por um sistema de industrialização 2D, que combina a estrutura com componentes secundários, como o isolamento e os revestimentos. Noutros casos, desenvolveu-se um sistema de industrialização modular 3D, onde a casa é dividida em módulos que já incluem a estrutura, as instalações e os revestimentos, permitindo uma maior eficiência e rapidez na construção.

    Como é garantida a durabilidade e resistência da madeira utilizada, especialmente face aos factores climáticos e às pragas?

    Para assegurar a durabilidade e resistência da madeira utilizada, especialmente contra os factores climáticos e às pragas, são aplicados diversos tratamentos e técnicas de proteção.

    A madeira utilizada no exterior passa por um processo de termo tratamento e recebe fungicidas, bem como acabamentos de lasur, que proporcionam uma proteção adicional e melhoram a sua estética.

    Em alguns casos, é aplicada a técnica do Yakisugi, um método tradicional japonês que conta com mais de 300 anos, adaptado aos mais rigorosos requisitos contemporâneos. Esta técnica consiste na carbonização da camada externa da madeira, garantindo uma maior resistência à humidade, à radiação solar e ao ataque de insetos, o que aumenta significativamente a sua estabilidade e longevidade.

    Existe algum objectivo, a longo prazo, para a Arcaya em termos de manutenção ou renovação?

    Os objetcivos a longo prazo para o empreendimento Arcaya estão focados, principalmente, na gestão florestal e no desenvolvimento da paisagem, que se prevê que atinja o seu máximo potencial após os primeiros 10 anos.

    Além disso, foi elaborado um plano específico para a remoção de espécies invasoras, promovendo a introdução e regeneração de espécies autóctones.

    Como veem o crescimento, em particular, da tendência de desenvolver projectos em madeira? E que factores podem dificultar esse crescimento?

    A tendência de desenvolver projectos em madeira é encarada com optimismo, uma vez que este material representa uma oportunidade e uma solução face aos desafios ambientais actuais. A madeira desempenha um papel fundamental na descarbonização do sector da construção, ao capturar CO₂ e ao promover uma economia circular.

    Um dos principais obstáculos ao crescimento da construção em madeira é o facto de as normas e os regulamentos não acompanharem o ritmo dos avanços da indústria. Esta falta de actualização pode criar barreiras à implementação de sistemas construtivos inovadores, dificultando a adopção generalizada de soluções mais sustentáveis e eficientes.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    Mais de nove mil portas da Vicaima equipam o ‘New Maternity Hospital’ no Kuwait

    Entre as soluções fornecidas incluem-se portas de elevada dimensão, de duas folhas e de correr, que contribuem para a maximização dos espaços. Foram, igualmente, integradas portas com abertura para vidro, acrescentando luminosidade, e com outras com grelha de ventilação, fundamental para a circulação do ar entre espaços. As áreas de acesso a salas com equipamentos de radiologia estão equipadas com portas corta-radiações

    CONSTRUIR

    O “New Maternity Hospital” (KNMH), um dos maiores e mais avançados projectos hospitalares da região do Golfo Pérsico, está equipado com as soluções de portas da Vicaima. Com 18 andares na torre principal, um total de 789 camas, 59 salas de parto e 28 salas de cirurgia, este hospital conta com nove mil portas, aplicadas em diferentes áreas.

    Entre as soluções fornecidas incluem-se portas de elevada dimensão, de duas folhas e de correr, contribuindo para a maximização dos espaços e a mobilidade entre as diferentes áreas. Foram, igualmente, integradas portas com abertura para vidro, acrescentando luminosidade, característica essencial em contexto hospitalar e com grelha de ventilação, fundamental para a circulação do ar entre espaços. As áreas de acesso a salas com equipamentos de radiologia estão equipadas com portas corta-radiações.

    O Dekordor SHD, um laminado de alta pressão para uso intensivo, com um padrão em carvalho personalizado ao projeto, foi o revestimento escolhido, em linha com os requisitos do hospital. Esta solução “oferece resistência, durabilidade e uma estética contemporânea, adequada a ambientes hospitalares de alto desempenho”, indica a empresa.

    As portas maciças fornecidas pela Vicaima contam com certificação FSC (Forest Stewardship Council®), assegurando que a madeira utilizada provém de florestas geridas de forma responsável. Uma escolha que reflecte a “preocupação crescente com a sustentabilidade” nos projectos de construção a nível global e que está alinhada com a estratégia ESG definida e implementada pela Vicaima.

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