APEMIP: Inquérito confirma quebra na procura de imóveis em Janeiro
“Se no ano passado as empresas demonstravam algum optimismo apesar das circunstâncias, em 2021 a fadiga e as dificuldades que enfrentam é espelhada nos resultados deste Barómetro: por um lado, a quebra da procura começa a ser notória, por outro, as empresas continuam impedidas de fazer visitas e de desenvolver a sua actividade”
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Um inquérito promovido pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP) junto dos profissionais imobiliários registados no País permite constatar que em Janeiro deste ano, em comparação com período homólogo do ano passado, 77,4% dos inquiridos confirmam uma quebra nas transacções, contra 18% que indicam que o negócio se manteve, e 4,6% que declaram que terá aumentado. Comparando a venda de imóveis no mês de Janeiro com o mês anterior, 77,4% dos inquiridos confirmam uma quebra nas transacções, contra 18% que indicam que o negócio se manteve, e 4,6% que declaram que terá aumentado. Já em comparação com o período homólogo (janeiro de 2020), 82,4% apontam para uma quebra no negócio, 13% referem a sua manutenção e 4,6% o seu aumento.
Também a procura reflecte já o impacto da situação pandémica, com 71% dos profissionais a assinalar o seu decréscimo face ao mês anterior, que sobre para 84,8% quando a comparação é efectuada com igual período do ano anterior. Para o presidente da APEMIP, Luís Lima, estes números são desanimadores, e retratam as consequências do confinamento que entrou em vigor a 15 de Janeiro, impedindo as empresas de mediação imobiliária de desenvolver a sua actividade normalmente, por não poderem realizar visitas presenciais.
“Se no ano passado as empresas demonstravam algum optimismo apesar das circunstâncias, em 2021 a fadiga e as dificuldades que enfrentam é espelhada nos resultados deste Barómetro: por um lado, a quebra da procura começa a ser notória, por outro, as empresas continuam impedidas de fazer visitas e de desenvolver a sua actividade, o que se reflecte no seu grau de optimismo para o desempenho do presente ano”, declara o Presidente da APEMIP, que confirma a ineficácia das visitas virtuais para a concretização de negócios. “61% dos profissionais declararam nunca ter efectuado qualquer negócio através de visitas virtuais, e 15,3% afirmaram não ter à sua disposição meios para o fazer, o que comprova que este recurso serve só nichos muito específicos do mercado”, afirma, apelando a que o sector seja integrado logo na primeira fase de desconfinamento.
No que diz respeito aos preços da oferta disponível, 62,5% apontaram para a sua manutenção, 31,4% para a sua quebra e 6,1% registaram um aumento, face ao mês anterior. Já em comparação com o período homólogo, 44,9% dos inquiridos afirmam que os preços se mantiveram, 37,5% que diminuíram e 17,6% que terão aumentado.
Para o presidente da APEMIP é “natural que os preços comecem a reflectir os efeitos da quebra da procura e que se verifiquem algumas correcções dos valores praticados”, considerando que este fenómeno será particularmente notório no segmento habitacional mais alto/luxo, que se ressente pela quebra da procura estrangeira (62,6% dos inquiridos confirmam uma quebra deste negócio), uma vez que o mercado interno não tem tanta capacidade para absorver este tipo de activos.
O Barómetro APEMIP – Janeiro 2021, decorre de um inquérito realizado on-line, decorreu entre 2 e 11 de Fevereiro de 2021 e contou com cerca de 4.000 respostas de profissionais de empresas de mediação imobiliária licenciadas a operar em Portugal.