APEMIP rejeita “moratórias selectivas”
Luís Lima, presidente da APEMIP recusa que apenas alguns sectores possam ser abrangidos pelo eventual prolongamento das moratórias de crédito
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Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP) defende que são muitas as empresas, de diversos sectores a precisar de apoios no âmbito do impacto da Covid-19, e que a extensão das moratórias de crédito será fundamental para garantir a sobrevivência de muitas delas, motivo pelo qual recusa que a dilatação deste mecanismo seja direccionada para sectores específicos da economia.
“Não há praticamente nenhum sector que seja imune ao impacto da pandemia. Haverá uns mais expostos que outros, mas considerando que o tecido económico português é maioritariamente composto por micro e pequenas empresas, é impensável que o prolongamento da moratória de crédito não contemple a globalidade dos sectores. Este mecanismo é a garantia da sobrevivência de muitas das empresas” declara Luís Lima.
O representante das imobiliárias apela à extensão global das moratórias de crédito por, pelo menos, mais um ano, até que as empresas consigam retomar alguma normalidade e reerguer-se, e pede que este anúncio seja feito o quanto antes, para que quem pondera sucumbir às dificuldades possa encontrar nesta solução um “balão de oxigénio”.
“As empresas vivem um momento de grande incerteza e muitas já ponderam desistir perante as dificuldades que enfrentam. Qual seria o critério de selecção para definir os sectores que sofrem mais ou menos o impacto da pandemia, quando muitas vezes dentro dos próprios sectores as realidades são tão díspares? Não pode haver uma moratória selectiva! É fundamental que haja uma dilatação do prazo das moratórias, que seja global, e que seja anunciada dentro em breve para que os agentes económicos possam avaliar a sua situação, e consigam ver alguma luz ao fundo do túnel”, defende Luís Lima, que antecipa um cenário catastrófico, caso esta medida não seja alargada a todos os sectores económicos.
No que diz respeito ao sector imobiliário, o presidente da APEMIP revela preocupação com a exposição da fileira, sobretudo dos “construtores/promotores e mesmo com os particulares, que precisam de protecção para que não se entre numa situação de incumprimento e de desistência, que leve a uma espiral de descrédito e que conduza a uma desvalorização forçada dos activos, que seria nefasta para todo o sector e para a economia nacional”, declara, recordando o cenário vivido na crise do subprime e a necessidade de evitar a todo o custo a sua repetição.
“Fui talvez a primeira pessoa a defender as moras quando se começaram a sentir os primeiros sinais da pandemia, logo em Março de 2020. Pela minha experiência, tenho a convicção de que a desproteção das empresas e pessoas poderá levar a um colapso do sector, mas não há nenhuma justificação para que tal aconteça. Se conseguimos atravessar a última crise sem uma bolha, centralizando o imobiliário como um dos principais motores de recuperação económica que aconteceu mais rapidamente do que se esperaria, desta vez, se deixarem as empresas e pessoas (no que diz respeito ao crédito à habitação) sobreviver, fá-lo-emos a ´velocidade relâmpago´ ”, afirma Luís Lima