Investimento imobiliário registou um volume de 1.7 MM€ no 1º semestre de 2020
De acordo com a Savills, o 2º semestre registou uma quebra de 87% face ao 1º trimestre e de 16% em relação a 2019
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O mercado imobiliário sofreu com o impacto do Covid-19, resultando em quebras do número de transacções e do volume de investimento em vários sectores da área. Estes dados estão espelhados no relatório apresentado pela Savills, consultora imobiliária internacional, que realiza um balanço da realidade portuguesa nos primeiros meses do ano, procurando também prever algumas tendências do mercado para os últimos meses de 2020.
No mercado português de investimento, o 1º semestre de 2020 somou um total aproximado de 1.7 mil milhões de euros, sendo que 94% desse valor dizem respeito a transacções fechadas ao longo do 1º trimestre.
Só no 1º trimestre foi registado um montante de investimento total excepcional de aproximadamente 1.5 mil milhões de euros, perto de metade do montante total do volume de investimento registado nos anos de 2018 e 2019, através do fecho de grandes transacções nos segmentos de retalho, escritórios e hotéis. Comparativamente ao 1º trimestre de 2020, o mercado registou uma quebra muito acentuada de 87% e face ao período homólogo de 2019 a descida cifrou-se nos 16%.
“A pandemia do Covid-19 teve um impacto significativo no mercado imobiliário, sendo que os sectores de retalho e hotelaria foram claramente os mais afectados. Apesar da incerteza quanto a uma potencial segunda vaga e o controlo da mesma, há uma dinâmica importante a nível dos activos de promoção que sublinham a confiança dos investidores com o médio/longo prazo”, refere Paulo Silva, head of Country da Savills Portugal.
Se tivermos em vista o total do 1º semestre do ano, foram realizadas 25 transacções, sendo que cinco delas disseram respeito à venda de portefólios de escritórios, retalho e hotéis num total de mais de 1.200 mil milhões de euros, representando 81% do volume total de investimento do semestre.
Comparativamente ao período homólogo, o número de negócios fechados observou uma descida de 19%, sendo que as transacções de portefólios se mantiveram em número idêntico ao verificado no mesmo período do ano 2019.
Nos meses de Abril, Maio e Junho as transacções de mercado fechadas em território nacional foram totalmente direccionadas para o mercado dos escritórios.
O capital estrangeiro continua ser dominante no mercado português, resultando em 76% do total de operações fechadas, com os investidores americanos a liderarem a tabela de nacionalidades estrangeiras com maior volume de capital investido.
Os fundos de gestão de activos de investimento foram os principais players, contribuindo para 40% das operações fechadas, num montante total aproximado de 350 milhões de euros.
Já as companhias de seguros reuniram os maiores tickets de investimento somando cerca de 800 milhões de euros em apenas três transacções. A transacção de maior peso disse respeito à venda de 50% do Fundo Sonae Sierra que integrou os centros comerciais Colombo, Vasco da Gama, Cascais Shopping e Norteshopping num montante estimado de 750 mil milhões de euros, adquiridos pela seguradora alemã Allianz e pela seguradora finlandesa Ellos.
As transacções dos private equity representaram 32% do número total de operações contabilizadas com um peso do investimento doméstico na ordem dos 50%.