“Mercado português representa 16% da facturação internacional”
Em entrevista ao jornal CONSTRUIR, Pedro Gimenéz Barceló revela que houve necessidade de ajustar as previsões da empresa em função da pandemia e que apesar de ser ainda desconhecido o que aí vem, a estratégia da empresa passa “por manter total proximidade com os nossos clientes e, ao mesmo tempo, ajudá-los a divulgar os produtos ao consumidor final”
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Fundada há mais de 60 anos em Alicante, Espanha, a empresa Giménez Ganga especializou-se em produtos e soluções de protecção solar para interiores e exteriores, tanto para habitações como para edifícios.
O posicionamento de mercado é assumido com base em duas marcas: Giménez Ganga, o mesmo nome da empresa, e a Saxun. Enquanto no primeiro caso são comercializados produtos como persianas e portas dobráveis, portas seccionais, mosquiteiras, cortinas, portas de enrolar, treliças, revestimentos de tecto, cortinas técnicas, maiorquinas, persianas com corrente e sistemas de protecção solar é a Saxun que integra as pérgulas bioclimáticas, toldos, pérgulas de lona, cortinas, estores e protectores de vento.
Actualmente, a Giménez Ganga apresenta uma facturação anual de cerca de 130 milhões de euros, emprega 800 trabalhadores, gera cerca de 4000 postos de trabalho indirectos e integra mais de 23 distribuidores, que asseguram a actividade da empresa em 70 países. Neste momento, as infra-estruturas da empresa incluem uma unidade de fabrico de 90.000 m2 para produção e armazenamento, oito linhas de extrusão de PVC, oito linhas de perfilagem de lâmina de alumínio, uma linha de perfilagem de caixas, cinco linhas de extrusão de alumínio, dois andares lacados verticais e um piso lacado horizontal. A distribuição é suportada por uma frota de 130 veículos.
Só o mercado português representa 16% da facturação internacional da empresa e torna-se, por isso, Portugal é “o principal País na nossa estratégia de expansão e o maior foco dos nossos esforços comerciais”, confirma Pedro Gimenéz Barceló, CEO da Giménez Ganga.
Em entrevista ao jornal CONSTRUIR, Pedro Gimenéz Barceló revela que houve necessidade de ajustar as previsões da empresa em função da pandemia e que apesar de ser ainda desconhecido o que aí vem, a estratégia da empresa passa “por manter total proximidade com os nossos clientes e, ao mesmo tempo, ajudá-los a divulgar os produtos ao consumidor final”.
“Desde o início da crise sanitária, toda a equipa da Giménez Ganga assumiu muito claramente que a nossa obrigação era estarmos próximos dos nossos clientes e dos que confiam em nós, e sabemos que esta proximidade é um factor crucial para enfrentarmos os desafios que teremos de superar, juntos, no futuro”.
Também a pensar nas necessidades das empresas em tempos de pandemia, a empresa desenvolveu um novo produto, denominado Lens Protec, que consiste numa cortina de rolo produzida com PVC transparente, e que funciona como uma tela de protecção para quem trabalha em lojas. “Com este sistema, a loja tem toda a protecção que o metacrilato garante e, ao mesmo tempo, permite a livre mobilidade de quem precisa de trabalhar ao balcão”.
Mudança de paradigma
A pandemia que estamos a atravessar, globalmente, está a trazer uma nova perspectiva sobre a forma como habitamos a casa, os locais de trabalho e os espaços públicos, e a salientar a importância de repensar e optimizar os espaços exteriores.
O novo normal implica desafios acrescidos relativamente às características que os edifícios devem adoptar para satisfazer as novas tendências do consumidor para usufruto dos espaços, surge uma nova dimensão na importância da protecção térmica e solar, e a procura de espaços outdoor, para manter níveis mais adequados de distanciamento social.
Aumentar o espaço das suas casas ou empresas será uma tendência num futuro muito próximo. É aqui que a Gimenez Ganga pretende participar com uma aposta clara num modelo mais económico e eficiente através dos seus produtos de protecção solar. Através dos “sistemas de pérgulas ou toldos, o terraço torna-se um espaço de socialização durante todo o ano, mantendo-se protegido do sol e permitindo o seu desfrute mesmo nas horas mais quentes do dia”. Mas a Gimenez Ganga disponibiliza, também, a gama Saxun, persianas e cortinas, “que ajudam a regular a temperatura dentro de casa de forma mais eficiente, através da eliminação das alterações térmicas, o que permite não apenas optimizar o nível de conforto do utilizador, mas também economizar energia nos sistemas de ar condicionado”.
Os espaços de trabalho são um exemplo de “transformações nunca antes vistas”. “Às circunstâncias causadas pela pandemia, que enfrentamos, junta-se um novo conceito de trabalho nos escritórios, no qual se estabelece uma relação directa entre conforto e rentabilidade”, considera Pedro Gimenéz Barceló. Assim, “as cortinas e estores Saxun tornam-se os grandes aliados daqueles que precisam de ter espaços confortáveis, do ponto de vista estético e térmico”, reforça.
A pandemia veio, mais do que nunca, reforçar a procura por espaços abertos e ao ar livre e esta é uma clara aposta por parte de actividades como restaurantes, cafés e hotéis. As esplanadas “tornaram-se o principal ponto de união da sociedade”. O CEO da Gimenéz Ganga considera que “um terraço protegido não é apenas mais um elemento de construção que proporciona bem-estar aos utilizadores dos estabelecimentos, mas também um sólido argumento de venda para quem deseja rentabilizar seus espaços”.
As pérgulas bioclimáticas da Saxun são suportadas pela sua própria estrutura e apresentam diferentes tipos de montagens e possibilidades de modulação. Desta forma, “para cada projecto é criada uma solução customizada, podendo adoptar diferentes formas e tamanhos que se adaptam a distintas construções”. As lâminas orientáveis da pérgula projectam sombras que, com o deslocamento do sol, se convertem num desenho geométrico em contínuo movimento. “Esta é uma forma de jogar com a luz, que permite mudar continuamente o ambiente e escolher o mais adequado para cada momento do dia. Para além disso, as lâminas móveis permitem a circulação do ar para garantir o melhor arejamento dos espaços, aumentando o bem-estar e a segurança, num espaço protegido”.
Inovação e Tecnologia
Ao longo dos mais de 60 anos de actividade esta industria registou uma grande evolução ao nível dos espaços interiores, como a introdução dos primeiros sistemas de alumínio ou a globalização de serviços. Actualmente, a Giménez Ganga encontra-se envolvida numa “revolução de automação residencial” através da sua “marca “estrela”, a Saxun, onde todos os sistemas de protecção solar são automatizados e passíveis de integração domótica. Isto permite que sejam activados a partir de aplicações em telefones e tablets, e até integrar uma rede de sensores que adaptam a operação do produto às condições térmicas, climáticas e de iluminação existentes, em qualquer momento. “A tecnologia já está presente em todos os aspectos das nossas vidas e, como não poderia deixar de ser, a nossa missão tem sido evoluir, inovar e levar os sistemas de protecção solar ao encontro das necessidades e expectativas dos utilizadores actuais”, adianta Pedro Gimenéz Barceló.
Compromisso com a sustentabilidade
A pandemia pode ter um impacto positivo no ambiente ao promover uma nova forma de repensar os edifícios para os dotar de maior eficiência energética e térmica, que permita diminuir consumos energéticos e atingir níveis mais elevados de sustentabilidade ambiental, enquanto explora todas as possibilidades de vivência dos espaços. Neste âmbito, esta indústria pode contribuir para criar soluções e projectos habitacionais mais sustentáveis e inovadores, quer para o mercado habitacional, quer para os diversos sectores empresariais.
A dimensão da Giménez Ganga e a sua capacidade de gerar resíduos levou, por isso, a que a empresa adoptasse um plano de reciclagem que visa “minimizar o seu impacto ambiental”. Além de cumprir “escrupulosamente as mais rigorosas legislações nacionais e comunitárias”, também implementou a sua própria estratégia de sustentabilidade ambiental que assenta em três pilares: “trabalhar apenas com fornecedores conscientes da protecção do meio ambiente; ter como objectivo um nível zero de consumo desnecessário e desenvolver produtos que reduzem até 20% dos consumos de energia dos consumidores”.