Porto: Mercado de escritórios fecha 1º semestre com mais 38% de ocupação
De acordo com o relatório OnOffice, publicado pela Predibisa, o número de transacções no sector decaiu 4%, mas o valor médio contratado por operação aumentou
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No primeiro semestre de 2020, o mercado de escritórios do Grande Porto registou um aumento de 38% no volume de ocupação, face ao período homólogo. De acordo com dados do OnOffice, relatório publicado pela Predibisa, apesar de um menor número de transacções no sector (quebra de 4%), o valor médio contratado por operação aumentou, o que se traduziu num incremento do valor total de área de escritórios contratado, fixando-se nos 28.381 m². A consultora colocou 14.403 m², cerca de 51% da área total absorvida no Grande Porto, tendo assegurado metade das transacções registadas no semestre.
Dois terços das transacções desenvolvidas envolveram multinacionais e 38% das mesmas foram motivadas pela chegada de novas empresas à região, o que vem confirmar o estatuto de atractividade que o Porto tem a nível internacional na captação de novos players.
Aliadas a estas boas dinâmicas que o sector vem registando desde 2015, está associada uma elevada procura de espaços que supera a oferta actual disponível na região. Actualmente o Grande Porto tem em pipeline cerca de 86.000 m², cuja entrada em stock está prevista ocorrer até final de 2021 e que virá de certa forma aproximar a relação entre oferta e procura, contudo insuficiente para colmatar o desfasamento existente.
“A boa performance deste primeiro semestre, no seguimento do que tem vindo a acontecer nos últimos anos no mercado de escritórios do Grande Porto, deve-se à conclusão de negócios que já se tinham iniciado no ano anterior. Por norma, as grandes empresas planeiam a sua implantação em novos países ou mesmo a sua expansão, com muito tempo de antecedência. A pandemia a nível mundial veio acautelar todo este processo, colocando assim alguns negócios em stand-by, ainda sem indícios de data para o seu desenvolvimento. É nossa opinião que este abrandamento poderá vir a reflectir-se nos próximos meses“, sublinha Graça Ribeiro da Cunha, responsável da Predibisa para a área dos Escritórios.
A cidade do Porto absorve cerca de 65% da área colocada, com o Central Business District (CBD) da Boavista a liderar. Tal como em igual período de 2019, o CBD é a chamada “zona quente” do mercado de escritórios, registando o maior número de operações (oito no total) e o maior volume de área absorvida, com cerca de 33% (9.347 m²). Seguem-se a zona de Matosinhos, com 20% da área colocada, e em sentido inverso, as cidades de Vila Nova de Gaia e da Maia, zonas com menor absorção de área no semestre, 10% e 6%, respectivamente.
Em termos de absorção por intervalo de área contratada, dez das transacções registadas são operações com áreas brutas locáveis superiores a 500 m², o que corresponde a cerca de 91% da área colocada, e destas dez operações, quatro são transacções de grande dimensão com áreas superiores a 3.000 m². Seis operações compreendem áreas entre os 200 m² e os 400 m², cerca de 6% da área colocada e oito com áreas inferiores a 200 m², o que corresponde a 3% do total.
Ao longo do primeiro semestre do ano, o principal factor de motivação das empresas para a procura de novos espaços de escritórios Grande Porto centrou-se sobretudo no motivo de expansão de área, correspondendo a 50% do take-up. Já no primeiro trimestre se verificara esta tendência, que contrastava com os dados relativos ao período homólogo, onde a expansão de área tinha sido responsável por apenas 17% do take-up de escritórios.
Os restantes 50% prendem-se com o motivo de mudança de instalações (32%) e a instalação de novas empresas na região com 18%.