Portugal sobe duas posições e está no 37.º lugar do Ranking de Competitividade Mundial do IMD
A edição 2019/2020 do ranking é liderada, pelo segundo ano consecutivo, por Singapura. Dinamarca, Suíça, Países Baixos e Hong Kong completam o top 5, num ano em que as pequenas economias ganham terreno.
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Portugal surge na 37ª posição do Ranking de Competitividade Mundial do Institute for Management Development (IMD). A análise anual que incide sobre sobre 63 economias globais e a sua capacidade de gerar prosperidade, é realizada pelo Centro de Competitividade Mundial do IMD. Já na sua 32ª edição, o ranking é liderado pelo segundo ano consecutivo por Singapura. Dinamarca, Suíça, Países Baixos e Hong Kong completam o top 5, num ano em que as pequenas economias ganham terreno.
É o caso de Portugal que este ano recupera duas posições, após uma queda de seis lugares em 2019. Atrás de Espanha, o país registou uma melhoria ligeira nos quatro indicadores-chave do estudo: desempenho económico (43.ª para 41.ª posição), eficiência governativa (37.ª para 34.ª), eficiência empresarial (45.ª para 41.ª) e infraestrutura (29.ª para 27.ª).
Entre os subfactores subjacentes a cada uma destas áreas, o país obteve melhores resultados a nível da legislação empresarial (22.ª posição), estrutura social (22.ª), atitudes e valores (24.ª), saúde e ambiente (24.ª) e educação (24.ª). Nos subfactores com pior pontuação destacam-se a política fiscal (53.ª posição), as práticas de gestão empresarial (52.ª), a economia doméstica (48.ª) e as finanças públicas (46.ª).
Os resultados do ranking reflectem uma combinação de hard data de 2019 e entrevistas realizadas no primeiro quadrimestre de 2020 a líderes e executivos sobre a forma como percepcionam a economia do seu país. Em Portugal, os líderes destacam a mão-de-obra qualificada, a competitividade dos custos e a fiabilidade das infraestruturas como os maiores factores de atractividade.
De acordo com o IMD, os principais desafios para Portugal em 2020 passam por garantir a estabilidade do PIB num contexto de constrangimento económico internacional e adoptar uma política fiscal competitiva para as empresas, mas também por reforçar a estratégia nacional para a transformação digital e conseguir um acordo transversal para uma política educativa que enfatize as vocações científico-tecnológicas (STEM), a responsabilidade e a agilidade. O estudo sublinha ainda a necessidade de reduzir a burocracia e melhorar a eficiência do sistema judicial português.
Principais resultados internacionais
Singapura lidera o ranking pelo segundo ano consecutivo graças a um forte desempenho económico assente na robustez do comércio internacional e do investimento, bem como em medidas eficazes a nível do emprego e do mercado laboral. A contribuir para a liderança estão também as performances estáveis do sistema educativo e da infraestrutura tecnológica (telecomunicações, largura de banda da Internet e exportações high-tech).
Pelo segundo ano consecutivo, os Estados Unidos da América voltam a não conseguir fazer face à perda de liderança no ranking, de onde tinham sido destronados por Singapura em 2019, e estão agora em 10.º lugar (3.º em 2019). As guerras comerciais prejudicaram as economias da China e dos EUA, invertendo as suas trajetórias positivas de crescimento. A China cai da 14.ª para a 20.ª posição.
Ainda na América, o Canadá sobe da 13.ª para a 8.ª posição, enquanto na Ásia Hong Kong cai do 2.º lugar para o 5.º. Esta queda pode atribuir-se a um desempenho relativamente deficiente a nível da economia, emprego e enquadramento social. No entanto, os pontos fortes da economia continuam a destacar-se. Taiwan (China) sobe para 11.º lugar (16.º em 2019).
A Dinamarca deve o seu segundo lugar a um forte desempenho na economia, no mercado de trabalho e nos sistemas de saúde e educação. O país regista ainda uma forte pontuação no que toca ao investimento internacional e à produtividade, liderando na Europa em eficiência empresarial.
A Suíça continua a avançar na frente da tabela, subindo de 5.º (2018) para 4.º (2019) e, este ano, 3.º lugar. A robustez do comércio internacional está na base de um forte desempenho económico, enquanto a infraestrutura científica e os sistemas de educação e saúde continuam a obter resultados sólidos.
O Reino Unido sobe da 23.ª para a 19.ª posição, enquanto França perde um lugar e desce para a 32.ª posição. Uma interpretação possível é a de que o Brexit pode ter criado a percepção de haver um ambiente favorável aos negócios.
A demonstrar consistência ano após ano estão economias como as da Alemanha (17.ª), Austrália (18.ª) e Índia (43.ª). De registar ainda a recuperação da Grécia, que sobe do 58.º para o 49.º lugar graças a melhorias na eficiência governativa.
Resultados por regiões
A nível sub-regional, a Ásia Oriental continua na liderança do ranking, mesmo com a posição competitividade média a descer do 17.º para o 18.º lugar (invertendo uma tendência que se observava desde 2016). A Europa Ocidental desceu da 20.ª para a 23.ª posição média em 2019, mas recupera agora o 20.º lugar.
Em termos de infraestrutura, a Europa Ocidental encabeça os rankings regionais nos subfactores da saúde, educação e ambiente, enquanto a Ásia Oriental lidera nas infraestruturas tecnológicas e científicas. Um foco no desempenho económico demonstra uma excelente performance por parte da América do Norte e da Ásia Oriental nas áreas do investimento internacional e do emprego.
Enquanto grupo, os países nórdicos melhoram: a Suécia sobe da 9.ª para a 6.ª posição, a Noruega da 11.ª para a 7.ª e a Finlândia da 15.ª para a 13.ª.
O Médio Oriente regista dificuldades que reflectem a crise do petróleo, com os Emirados Árabes Unidos a liderar a região da Ásia Ocidental e África em 9.º lugar, descendo do 5.º em 2019. Qatar (14.º) e Jordânia (58.º) descem ligeiramente. A Arábia Saudita sobe dois lugares, para a 24.ª posição, provando ser a excepção neste cenário.
Na América Latina as alterações são mínimas, o que pode ser visto como um reflexo da desconfiança em relação às instituições. O Chile (38.º) continua a ser o país com melhor classificação na sub-região e a Venezuela o pior (63.º). Entre as posições 52 e 62, o Perú (52.º) e o Brasil (56.º) registam ligeiras melhorias, enquanto a Colômbia (54.º) e a Argentina (62.º) caem na tabela.