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Architailors assina reabilitação do Hospital Ordem da Trindade
O projecto irá incidir nas condições estruturais da unidade hospitalar e da igreja, que vai passar um museu, assim como na recuperação das coberturas, fachadas e espaços exteriores
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No ano que celebra o seu 265º aniversário a Ordem da Trindade, no Porto, prepara-se para entrar numa nova fase de actividade. Aquela que é uma das mais antigas instituições da Invicta iniciou no início deste ano a reabilitação de uma das suas principais estruturas, cujo projecto arquitectónico tem a assinatura de Eduardo Cruz, da Architailors.
Com um montante de investimento superior a 10 milhões de euros, a Ordem da Trindade conta com financiamento para a reabilitação através do IFRRU e uma outra parte destinada ao financiamento do investimento através do programa JESSICA.
A obra foi adjudicada à empresa Grow Enginnering, que deverá concluir a empreitada em finais de Maio de 2021.
Qualidade e Funcionalidade
Composto por dois edifícios principais – a Igreja da Trindade e o Hospital – a obra visa “reabilitar todo o conjunto edificado da Ordem da Trindade”, ainda que o foco principal seja a unidade hospitalar que irá sofrer uma “remodelação profunda”. Além da necessidade de dotar o hospital de “melhores condições estruturais e meios técnicos de vanguarda”, houve também a preocupação do atelier Architailors em “aumentar a qualidade dos serviços prestados e a capacidade de resposta aos cidadãos”.
A par do hospital, haverá um grande esforço nos Cuidados Continuados. “Sendo uma unidade de referência da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e a única inserida no concelho do Porto, vamos aumentar a capacidade em mais 30 camas, disponibilizando aos portuenses uma inovadora Unidade de Cuidados de Convalescença, a alocar nos pisos 5, 6 e 7 da ala Norte, voltada para a Estação do Metro da Trindade”, refere a Francisco Miranda Duarte, director-geral da Ordem da Trindade.
Futuro museu
A Igreja da Trindade, considerada a maior igreja do Porto, com capacidade para 500 pessoas, irá sofrer “obras de beneficiação e de consolidação estrutural”. Além disso, irá integrar um percurso museológico a definir e a construção do futuro Museu da Igreja da Trindade. “Será um espaço cultural relevante para a cidade e para os cidadãos em geral, com utilização de soluções tecnológicas digitais, mas que, também, incluirá o extraordinário acervo de arte sacra com 265 anos de história”.
Serão, ainda, recuperadas todas as coberturas e panos das fachadas, mas também uma intervenção “impactante” na reabilitação dos espaços exteriores, com “uma preocupação acrescida” nas questões de mobilidade e acessibilidade dos cidadãos.
Para recordar…
O início da construção da Ordem da Trindade remonta a 14 de Maio de 1755, data em que Papa Bento XIV assinou a bula que permitiu erigir aquela instituição com fins de natureza “assistencial” e de “solidariedade social, sob a denominação inicial de “Arquiconfraria da Santíssima Trindade e Redenção dos Cativos”. Já a sua existência legal e a denominação actual foram implementadas em 1781, com a concessão do Beneplácito Régio da rainha D. Maria I.
Hoje, a Ordem conta com um importante espólio de património, composto pela Igreja da Trindade, considerada a maior Igreja da cidade do Porto, com capacidade para mais de 500 pessoas, está “encravada” em todo o quarteirão edificado, aberta desde 5 de Junho de 1841 (ainda sem capela-mor) e inaugurada ao público em 5 de Junho de 1892 e o Hospital da Trindade, cuja origem se confunde com a da história da cidade. Inaugurado em 1852 integra, actualmente, as valências de Bloco Operatório, Internamento, Consulta Externa, Atendimento Programado, Hospital de Dia, Imagiologia e Laboratório de Análises; uma farmácia comunitária, anterior ao próprio hospital e inaugurada em 22 de Agosto de 1824, uma Unidades de Cuidados Continuados e uma Estrutura Residencial para Idosos (ERPI), inaugurada a 11 de Maio de 1930.
Ao longo dos anos, a Ordem desenvolveu actividades no sentido de manter o compromisso de auxílio à comunidade, e por isso, criou a “Sopa Económica”, que continua a existir ainda hoje com a distribuição de uma refeição diária aos mais carenciados, e de um “Lar de Idosas” para as irmãs mais carenciadas. Estes dois serviços funcionam em complementaridade com a ERPI e a UCC.