Cities Forum 2020 reúne cerca de 800 líderes europeus no Porto
Sob o tema da Sustentabilidade, Rui Moreira defendeu a actuação das cidades “em três ângulos”: sustentabilidade ambiental, económica e social
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O Cities Forum 2020 reuniu quinta e sexta-feira, a 30 e 31 de Janeiro, cerca de 800 líderes europeus, na Alfândega do Porto, na sua grande maioria autarcas e representantes do poder local e regional. Na cerimónia de abertura Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto e Elisa Ferreira, comissária europeia para a Coesão e Reformas, sublinharam o importante papel dos centros urbanos na construção de uma Europa mais coesa, com políticas fortes e comprometidas de sustentabilidade.
A iniciativa, promovida de dois em dois anos pela Comissão Europeia, realiza-se pela primeira vez na cidade, em parceria com o Município do Porto. Na sessão de boas-vindas, Rui Moreira destacou a importância de a Invicta acolher um fórum desta dimensão, o único a nível europeu que coloca as cidades no centro do debate. Numa edição que se desenvolve a partir do tema “Juntos moldamos um futuro urbano sustentável”, o autarca referiu perante uma vasta plateia que considera a palavra “sustentabilidade” a keynote word (palavra-chave) do Cities Forum 2020, defendendo que as cidades podem, efectivamente, aportar grande valor a um desígnio que se desdobra “em três ângulos”: sustentabilidade ambiental, económica e social.
“Este triângulo virtuoso” será, de facto, cumprido “se houver coragem dos políticos” em assumir decisões que, embora possam parecer agora sacrifícios, “estarão a ser aplaudidas daqui a 20 anos” pelas gerações vindouras, considerou.
O presidente da Câmara do Porto assinalou, ainda, que num tempo em que os perigos do populismo e da demagogia proliferam, cabe às cidades assumir um papel forte de liderança “e de soberania”, capazes de neutralizar as ameaças à liberdade e à
Dirigindo-se aos presidentes de câmara e representantes europeus, Elisa Ferreira garantiu o seu empenho em dar mais meios e voz às cidades, porque considera o seu papel “crucial” na resposta a uma série de matérias, nomeadamente no combate à pobreza e exclusão, na agenda climática para a redução e neutralidade da pegada de carbono e no desenvolvimento de soluções inovadoras.
Aliás, a comissária europeia considerou que qualquer estratégia de futuro para a Europa “deve ter as cidades como principais players [pivots]” e revelou que a Comissão Europeia “propôs o crescimento das políticas de coesão para o desenvolvimento urbano sustentável de 5%, no mínimo, para 6%, no que respeita ao próximo envelope do Fundo de Desenvolvimento Regional Europeu”, que inicia em 2021. Actualmente, a verba é de 70 biliões de euros (mil milhões de euros), indicou Elisa Ferreira.
Na sequência da intervenção da comissária europeia, o secretário de Estado do Planeamento, José Mendes, focou o seu discurso na importância da preparação do próximo quadro comunitário (entre 2021 e 2027). Para o governante, o mesmo deve ser visto como uma oportunidade para apostar em estratégias urbanas, porque “é inquestionável que cidades são catalisadores de desenvolvimento de um país”, considerou.
Na sessão de abertura intervieram, ainda, a directora executiva do programa das Nações Unidas UN-Habitat, Maimunah Mohd Sharif (por mensagem de vídeo), o adjunto do Ministério do Ordenamento do Território da Croácia, Danijel Zamboki, a secretária de Estado do Ministério do Interior, Urbanismo e Comunidades da Alemanha, Anne Katrin Bohle, e Dario Nardella, presidente da Câmara de Florença (Itália) e vice-presidente da rede EUROCITIES, onde o Porto preside no Fórum do Ambiente.