Sotecnisol Power & Water prevê aumentar facturação entre 10 a 15% em 2020
Sendo uma empresa 100% portuguesa, este é, em simultaneamente um desafio e uma mais valia, já que permite uma maior garantia e acompanhamento aos clientes nacionais. Com mais de 500 instalações executadas, a empresa deverá fechar o ano com um volume de facturação a rondar os 5M€
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A Sotecnisol Power&Water projecta, instala e monitoriza sistemas de painéis fotovoltaicos e Filipe Bello Morais, director geral, falou ao CONSTRUIR sobre a estratégia de crescimento da empresa, que tem competido com grandes players internacionais e vê nos leilões de energia “uma oportunidade”
Quais os sectores que mais apostam neste tipo de sistema?
Actualmente e face aos baixos preços da energia eléctrica produzida pelos sistemas fotovoltaicos, toda a indústria de base e indústria transformadora consegue obter ganhos significativos de competitividade, tal como o grande e médio retalho. Genericamente todos os sectores com consumos de energia com pouca sazonalidade.
Do ponto de vista das empresas qual o tempo expectável de retorno do investimento?
O tempo de retorno dos investimentos depende substancialmente da solução preconizada, caso a caso, variando genericamente entre os quatro e os seis anos de vida.
Qual o volume de KWp / MWp já instalados?
A Sotecnisol já executou, desde 2009, mais de 500 instalações solares fotovoltaicas, que totalizam cerca de 50 MW de potência. Deste valor, cerca de 75% são unidades em coberturas e 25% em solo.
Para 2020 prevêem um aumento na facturação. Que projectos estão na calha para o próximo ano?
A Sotecnisol Power & Water fechará o ano de 2019 com uma facturação a rondar os cinco milhões de euros. A perspectiva para 2020 assenta num crescimento de 10 a 15%. Alguns dos projectos mais relevantes que temos desde já adjudicados para 2020 são o sistema de Carparque de 800 kWe do CNEMA, em Santarém, a unidade industrial da Montebravo, com 1 MWe, a unidade industrial das Frutas Nufri, com 760 kWe, a ampliação do centro de escritórios do Alfraparque, as lojas do grupo Delta, entre outros.
Tendo em conta os objectivos, tanto nacionais como globais, em termos de redução da dependência energética, de que forma é que isso se vai reflectir na aposta pelo fotovoltaico nas empresas?
A aposta em energia renováveis, mais do que um imperativo económico, é nos dias de hoje um imperativo social e de cidadania. Isso mesmo se reflecte nas orientações políticas, como ponto de partida para desbloquear algumas barreiras, e que conjuntamente com a competitividade financeira da solução farão disparar o número de empresas com instalações fotovoltaicas.
Explique, por favor, como funciona o serviço ‘chave-na-mão’?
O serviço chave-na-mão apresentado pelo Grupo Sotecnisol envolve uma oferta do tipo one-stop-shop, desde a componente da instalação do sistema, ao seu licenciamento, operação, manutenção e alarmística do sistema, substituições integrais de coberturas e soluções de financiamento e partilha de benefícios com o cliente.
Quais os principais desafios pelo facto de ser 100% portuguesa em contraponto a outros grupos com capital estrangeiro?
Sendo este um investimento de médio e longo prazo, tipicamente com períodos de vida útil superiores a 25 anos, o facto de sermos uma empresa portuguesa, com instalações e armazéns próprios de Norte a Sul do País, equipas de O&M próprias e de proximidade, entre outros aspectos, oferece aos clientes nacionais ou em território nacional uma garantia e segurança adicional de acompanhamento e, com isso, de alcance de resultados que as empresas estrangeiras ou com capital estrangeiro não conseguem oferecer. A Sotecnisol nasceu em Portugal há 50 anos e continua de pedra e cal, independentemente dos diversos ciclos políticos e económicos que já atravessou.
Uma das novas tendências são os leilões de energia solar? O que são e de que forma podem impulsionar o mercado do fotovoltaico?
O processo de descarbonização das economias mundiais, especialmente as mais desenvolvidas, está em curso e é imparável, materializado pela substituição de tecnologias baseadas em fontes de energia fóssil como o carvão, fuel e gás natural, por tecnologias limpas como a energia solar e eólica. Nesse sentido, Portugal, tem em marcha um processo intenso de substituição das grandes centrais alimentadas a energia de cariz fóssil por centrais fotovoltaicas de grande escala cuja atribuição de potência será efectuada através leilões. É possível assim obterem-se ganhos de preço muito significativos para os consumidores. Os objectivos do PNEC 2030 a este nível implicam que o investimento a realizar anualmente ronde os 800 milhões de euros, o que significará muitas oportunidades em toda a cadeia de valor deste mercado.