Mercado residencial abranda em Junho
A venda e procura de casas em Portugal desacelerou no mês de Junho. A conclusão é do RICS e da Condifencial Imobiliário (Ci)
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A venda e procura de casas em Portugal desacelerou no mês de Junho. A conclusão é do RICS e da Condifencial Imobiliário (Ci), que através do inquérito mensal Portuguese Housing Market Survey (PHMS), constataram ainda que, “a falta de oferta é uma das razões para esta desaceleração da actividade, ao limitar as escolhas dos potenciais compradores, mas também que tal desempenho acompanha a moderação das expectativas relativas à actividade que se tem sentindo nos últimos meses”.
Ricardo Guimarães, director da Ci, comenta: “Esta não é a primeira vez que a actividade no mercado imobiliário regista um declínio no período de Verão, designadamente no que respeita à procura por compradores potenciais. Foi assim este ano e nos anteriores, mesmo no Algarve, apesar desta ser a época alta do Turismo”.
Simon Rubinsohn, Chief Economist do RICS, acrescenta: “ainda que os números de Junho apontem para um mês mais calmo da actividade em algumas regiões do País, tal acontece na sequência de um percurso de crescimento sólido. Dado que os indicadores económicos se mantêm robustos e a confiança dos consumidores continua forte, as perspectivas para o mercado residencial permanecem sólidas no curto-prazo, mesmo que o crescimento na actividade possa arrefecer em algum momento”.
Ainda que as expectativas relativas às vendas se mantenham positivas para todas a regiões no curto-prazo, a Ci e o RICS referem que, o sentimento dos operadores de mercado quanto à actividade transaccional tem vindo a arrefecer claramente nos últimos meses, apresentando o resultado mais modesto desde Outubro de 2013.
“Alguns agentes inquiridos notam haver agora um novo clima entre os investidores, que estarão mais cautelosos quer devido ao actual nível de preços, como em resultado das alterações legais que têm estado em perspectiva nos meses mais recentes”, avança Ricardo Guimarães.
O PHMS de Junho mostra ainda que “a procura de casas no País continuou a crescer, mas ao ritmo mais baixo desde Dezembro do ano passado, e que apesar de apresentar uma tendência de crescimento acentuado no Porto, se manteve praticamente inalterada no Algarve e em Lisboa”. O estudo reflecte também que as vendas mostram alguma “assimetria regional, com o Porto novamente a registar um crescimento firme nas transacções, enquanto em Lisboa as vendas reportadas cresceram apenas marginalmente e no Algarve houve mesmo um ligeiro recuo em termos mensais”.
Em suma, “a oferta continuou a recuar em Junho, sendo este o 15º mês consecutivo em que a entrada de novas casas para venda no mercado nacional apresenta um decréscimo”. Pese embora o cenário, “os preços continuaram a subir em todas as regiões, com os inquiridos a anteciparem um novo crescimento nos diversos prazos”. Na comparação regional, “os preços no Porto são vistos como aqueles que poderão registar os maiores ganhos num horizonte de 12 meses e, em média, ao longo dos próximos cinco anos”.
Quanto ao mercado de arrendamento, o PHMS de Junho mostra que a procura continua firme, pressionando a subida das rendas, particularmente num contexto de escassez de colocação de novas ofertas por parte dos proprietários.