Marcelo Dantas vence concurso para Centro de Acolhimento de Crianças no Funchal
O júri considerou que, das 16 propostas apreciadas, a vencedora se destaca pela “clareza do tema da ‘casa’ como elemento gerador e identitário do projecto”
Ana Rita Sevilha
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A proposta assinada pelo arquitecto Marcelo Dantas, foi a vencedora do Concurso para o Centro de Acolhimento de Crianças no Funchal, promovido pela Fundação Cecília Zino, com assessoria técnica da OASRS.
O júri, composto por Michael Paul Zino, representante da Fundação Cecília Zino (que presidiu), o arquitecto Rui Campos Matos (pela Fundação Cecília Zino) e a arquitecta Rita de Almada Negreiros (pela OASRS), considerou, por unanimidade, que das 16 propostas apreciadas, a vencedora se destaca pela “clareza do tema da ‘casa’ como elemento gerador e identitário do projecto”.
Na sua apreciação, o júri refere: “Fundindo-se com o terreno, as fachadas dos espaços sociais do Centro de Acolhimento assumem a forma dos tradicionais muros de contenção em cantaria basáltica que caracterizam, ainda, a paisagem do trecho urbano onde o projecto se insere (…)”, salientando ainda o “protagonismo contido e discreto que remete para a escala da arquitectura doméstica madeirense, ainda hoje disseminada nas vertentes periurbanas da ilha”.
No Concurso foi também premiada, com o segundo lugar, a proposta da autoria de Pencilmen Associados e Carolina Mendonça Ferreira. Nesta solução, o júri evidenciou duas qualidades relevantes: “a virtuosa capacidade de síntese com que acomoda um programa funcionalmente complexo num só volume de grande economia plástica e tectónica” e a “preocupação com a componente paisagística do projecto e todo o cuidado posto no arranjo exterior dos espaços que envolvem a construção.”
A proposta dos arquitectos Paulo Ricardo dos Santos Sousa, Fátima Nilza Rodrigues Abreu e Sónia Daniela de Castro Alves, foi a terceira classificada e de acordo com o júri, resolve o programa “quase exclusivamente num só piso que parece prolongar-se terreno acima num espaço muito amplo e com um alçado Norte que, ao abrigo do sol, se abre ao panorama da encosta iluminada”.
O júri deliberou ainda atribuir uma menção honrosa, de valor não pecuniário, à proposta dos PONTOatelier pela forma imaginativa como resolve a vivência do espaço através da “criação de um jardim central” gerando “um universo que parece bastar-se a si próprio numa intimidade claramente adequada à comunidade que habitará o Centro.”
A exposição dos 16 trabalhos concorrentes ao Concurso pode ser visitada até ao próximo dia 14 de Setembro nas instalações da Delegação da Madeira da Ordem dos Arquitectos (Rua dos Netos, 24, Funchal). A entrada é livre.
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