Tecnologia 4.0 permite aplicação “ilimitada” das Pedras Naturais
Inovação, investigação e desenvolvimento do sector da Pedras Naturais é o objectivo do Projecto Inovstone 4.0 que pretende criar soluções, tendo por base este minério. e que possam ser adaptadas e utilizadas em diferentes sectores da sociedade. Actualmente estão em curso 24 projectos de investigação

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Grutas Mira d Aire – Stone Innovation Fest
O Projecto Inovstone 4.0 conta já com 24 soluções técnicas e tecnológicas em curso. Com início em 2017, conta com um valor de investimento superior a 7 milhões de euros, do qual fazem parte 17 empresas e 8 centros de investigação universitários.
Para Agostinho Silva, responsável pelo Consórcio Inovstone 4.0, que falava no Stone Innovation Fest, este projecto irá permitir colocar a indústria das Rochas Ornamentais “no mesmo patamar das industrias de tecnologia intensiva, como a aeronáutica”.
Organizado pelo Consórcio Inovstone4.0, pelo Cluster dos Recursos Minerais e pela ASSIMAGRA, o Stone Innovation Fest, que decorreu no dia 11, em Porto de Mós, com direito a visita às Grutas de Mira d’Aire, teve como objectivo destacar a inovação e o papel da pedra portuguesa no mundo.
A necessidade de evidenciar a capacidade dinâmica do sector das Rochas Ornamentais na Era 4.0 levou a que o Cluster dos Recursos Minerais tivesse avançado com o Inovstone 4.0 – Tecnologias Avançadas e Software para a Pedra Natural, “orientando o seu modelo de produção para operar de forma competitiva em contexto do novo modelo de procurement, resultante da generalização internacional das plataformas digitais Building Information Model (BIM)” ao serviço da arquitectura, engenharia e construção, refere Agostinho Silva.
4.0 com aplicação ilimitada
Para Agostinho Silva, a aplicação destas soluções “é ilimitada” e pode acontecer “nas mais variadas áreas e sectores, modelos digitais de pedreiras, novas plataformas de smart objects, robots e sistemas para a perfuração e exploração smart de pedreiras, sistemas de logística robotizados, tecnologias de laboratório mais adequadas ao procurement digital pela introdução gradual da tecnologia BIM, tecnologias de Transformação de RO, em rede e utilizando Sistemas Ciber-Físicos e tecnologias inteligentes de processamento de materiais em RO, assim como em tecnologias ambientais que permitirão que esta indústria tenha ainda mais uma economia circular, ligada à sustentabilidade”.
Aposta na formação
O Stone Innovation Fest serviu também lançar a nova Academia dos Recursos Minerais (ARM), o que representa “uma forte aposta do sector na oferta formativa”. Desenvolver competências e qualificações adaptadas às necessidades actuais do sector dos Recursos Minerais é o principal objectivo da ARM.
A funcionar em rede através de um conjunto de parceiros integrando escolas de Norte a Sul do País, a ARM “pretende ir ao encontro das necessidades específicas do sector na Era 4.0, permitindo a harmonização da oferta académica e formativa, adaptada à necessidades especificas de cada região e cobrindo o País em termos de proximidade”, salienta o responsável do Consórcio.
A ARM pretende, acima de tudo, ser o “pivot” daquilo que é a estrutura da formação/ensino e qualificação de profissionais para o sector dos recursos minerais. Para tal, será parte integrante daquilo que é a transferência de conhecimento e inovação para o sector, apoiando e estando activamente envolvida, na medida daquilo que sejam as suas competências, nos projectos mais inovadores de investigação e desenvolvimento do sector.
Primeira Pedra apresenta Identidade
Um dos pontos altos do Stone Innovation Fest foi a visita à exposição Identidade, em Porto de Mós. Com 26 peças criadas através da pedra portuguesa, cada uma delas foi produzida para comunicar as suas propriedades materiais e características distintivas, que têm mantido a relação entre o homem e a natureza, numa capacidade única de adaptação à evolução dos tempos.
Na origem desta exposição está a Primeira Pedra, um programa de pesquisa experimental, promovido pela ASSIMAGRA, em parceria com a Experimenta Design, que conciliou indústria e design no desenvolvimento de novas aplicações que sublinham as especificidades da pedra portuguesa e as potencialidades da sua indústria.
A este programa associaram-se 23 arquitectos e designers de produto ou gráficos, bem como outros protagonistas do território da criação cultural – nacionais e internacionais – convidados a desenvolver projectos que enfatizam, não só a pedra em bruto ou processada mas, também, o próprio local da sua extracção, as pedreiras, a sua envolvente sócio-cultural e o seu papel na paisagem e no ambiente.
A exposição Identidade apresenta 26 das 54 peças produzidas por Álvaro Siza, Amanda Levete, Eduardo Souto Moura, Ian Anderson, Claudia Moreira Salles, entre outros, no âmbito Primeira Pedra, que percorreram, nos últimos dois anos, grandes palcos do design internacional, das artes e da arquitectura Mundial, desde Nova Iorque, Milão, Basileia, São Paulo, Veneza, a Londres.