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    Arquitectura

    Parque das Nações: 20 anos depois é preciso retomar ligação do “bairro” à sua envolvente

    Naquela que foi a 2ª conferência realizada pelo jornal Construir, realizada a 28 de Junho, no Roca Gallery Lisboa, o debate centrou-se em torno daquilo que se tornou a “cidade” pós-Expo 98, assim como as novas centralidades que vão muito além do sentido macro de cidade, mas que se volta cada vez mais para os próprios bairros

    Cidália Lopes

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    Parque das Nações: 20 anos depois é preciso retomar ligação do “bairro” à sua envolvente

    Naquela que foi a 2ª conferência realizada pelo jornal Construir, realizada a 28 de Junho, no Roca Gallery Lisboa, o debate centrou-se em torno daquilo que se tornou a “cidade” pós-Expo 98, assim como as novas centralidades que vão muito além do sentido macro de cidade, mas que se volta cada vez mais para os próprios bairros

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    20 anos passados sobre uma das maiores intervenções urbanísticas já realizadas no Portugal Moderno, como é o caso da Expo 98, e numa altura em que cidades, como Lisboa e Porto, são confrontadas com a emergência de responder aos estímulos despoletados por uma atractividade ímpar, que desafios se colocam ao pensamento e definição do espaço público e da paisagem urbana? Que papel podem ter os arquitectos nesta equação, tal como os urbanistas? E que papel cabe aos decisores? Que implicações têm estas transformações na qualidade de quem vive, trabalha ou ocasionalmente desfruta destes ambientes?  Estas foram algumas das questões colocadas aos arquitectos intervenientes na conferência que contou com a participação de Alexandre Burmester, Nuno Malheiro, Rita Almada Negreiros, Paula Torgal, Cristina Veríssimo e João Queiroz e Lima. Entre tão diversas opiniões dois pontos se destacam: o Parque das Nações é um exemplo urbanístico sim mas cuja sustentabilidade precisa, actualmente, de ser revista.

     20 anos da Expo 98 e o futuro

    “Ensaio de laboratório” é assim que Nuno Malheiro, da Focus Group, vê aquilo que é hoje o espaço da exposição mundial de 1998. Um espaço onde foram aplicadas, pela primeira vez, muitas das ideias ao nível da sustentabilidade e urbanísticas, nomeadamente da relação da cidade com o rio como explica o arquitecto: “Apesar das críticas que possam haver houve toda uma série de infra-estruturas que foram pensadas ao nível da sustentabilidade que pretendia que fossem um exemplo para outras zonas da cidade”.

    Nuno Malheiro teve uma relação muito particular com a construção daquela nova zona da cidade. Ao mesmo tempo que vivia nos Olivais e conheceu bem o que foi aquela zona antes da exposição, frequentava o curso de Arquitectura, pelo que fez parte de várias equipas que concorreram para os primeiros concursos de ideias do que poderia ser aquela zona da cidade, tendo inclusive trabalhado no gabinete que ganhou o projecto para a nova FIL e acompanhou a obra. Já mais tarde, no pós-Expo teve também um contacto directo com a criação de diversas infra-estruturas, nomeadamente a nova sede da Microsoft (onde se encontrava o antigo Pavilhão Virtual durante a exposição).

    Até ao nível dos licenciamentos a zona da Expo 98 teve um regime especial. A ideia era que não acontecesse o mesmo que noutras exposições mundiais. A memória recente, na altura, da exposição de Sevilha em 1992 fez com que fosse criado um regime especial para que a transição do pós-Expo fosse feita o mais rápido possível e que pudesse ser um novo espaço, uma nova centralidade com vida própria.

    Foi assim crescendo a um ritmo alucinante um novo bairro da cidade de Lisboa, que devido à quantidade e tipo de serviços que ali foram construídos foi muitas vezes apelidado de uma “cidade”. Também neste aspecto se pretendia que o futuro Parque das Nações fosse “um exemplo enquanto planeamento urbanístico”. Ainda assim, Nuno Malheiro considera que “a distribuição das zonas habitacionais e de serviços não foi a melhor, assim como a rede de transportes”.

    Bairro ou “gueto”

    Habitação, transportes, comércio, shopping, cinemas, teatro, escolas, pavilhão multiusos, hospital, empresas e serviços, entidades públicas, restauração e hotéis. Tudo isto caracteriza aquilo que pode ser considerado positivo no Parque das Nações e que contribui para a criação daquela “cidade”.

    Tal como indica o arquitecto Alexandre Burmester, “mesmo que possa ser discutido se tem um bom desenho ou mau desenho, com o tipo de âncoras que tem teria sempre que resultar numa nova cidade. E neste aspecto foi bem pensado, naquilo que seria aproveitado para reabilitar.” Mas por outro lado, o sucesso do Parque das Nações é também aquilo que o limita e que contribui para a sua “guetificação”. Para Alexandre Burmester, à medida que o Parque das Nações foi crescendo foi-se criando um “gueto”, em particular pela “falta de fruição e de ligação com a envolvente da cidade que acaba por continuar fraccionada com a linha ferroviária”. Por outro lado, a  própria construção está “sectorizada” o que é “antiquado e já ninguém faz em termos urbanísticos”.

    Relação com o rio

    A Expo ajudou a mudar a perspectiva do cidadão em relação ao rio e serviu de contaminação para os outros projectos que mais tarde viriam a transformar a zona ribeirinha e que ainda hoje continuam. “Passou a ser possível ter um contacto directo com o rio e isso foi um dos factores de sucesso daquele espaços e o poder politico viu também naquele sucesso um exemplo a seguir que se desenvolveu mais a partir do momento em que a gestão da frente ribeirinha para a autarquia”, considerou Nuno Malheiro. Uma opinião partilhada por Alexandre Burmester que vê como determinante a relação daquela zona da cidade com o rio e como isso foi decisivo para o seu crescimento. Mas salienta ainda que “em termos públicos é difícil conciliar diferentes entidades o que se torna a principal obstáculo para a criação de uma fruição ao longo da frente ribeirinha”. A verdade, acrescenta, é que mesmo “essa relação conturbada com o rio e com o porto de Lisboa e as empresas ai existentes fazem parte e é preciso ver como uma relação natural”.

    A ligação com a cidade

    É sabido que desde há alguns anos que se fala na intenção da Câmara de Lisboa de transformar a frente ribeirinha da cidade, fazendo a ligação do Parque das Nações até Alcântara. No fundo, aproveitar o exemplo urbanístico que se pode retirar da Expo e transpor para outras zonas da cidade. Devido à crise muitos projectos ficaram na gaveta ou foram adiados, tornando ainda mais aquela zona da cidade numa “ilha”.

    Alexandre Burmester não considera benéfico que seja replicado noutras zonas da cidade o conceito da Expo, correndo o risco de se criarem pequenas ilhas em detrimento de uma fruição natural e de relação com a cidade, “mesmo que isso implique conviver com os contentores do Porto de Lisboa, mesmo não sendo tão bonito”. É preciso sim, “criar zonas que repliquem as vivências das cidades com a sua própria diversidade”, sendo o centro histórico das mesmas um exemplo a seguir já que é ali que encontramos a diversidade própria de uma cidade cosmopolita”.

    Também João Queiroz e Lima, do Casca – Architecture & Design, considera que desde o início da Expo havia a intenção de “coser” aquela zona com a cidade envolvente, nomeadamente Sacavém, Olivais, Xabregas, Marvila, Matinha e centro histórico. Contudo “ficou tudo um pouco no papel”, acrescenta, transformando a Expo num ponto de atracção e numa ilha.

    “É irreal pensar que a cidade vai ser aquilo que um conjunto de arquitectos planeia, porque o que acontece é que as cidades vão mudando porque os planos são feitos a 15 anos e é normal que passados tantos anos seja impossível manter os primeiros propósitos”, conclui o arquitecto.

    Para Rita Almada Negreiros, do gabinete CanRan Arquitectos, “A zona da Expo chegou aos seus limites e há necessidade de expandir ainda que de uma forma fragmentada”, até porque “há excepção de alguns casos não há ainda um vislumbre de uma reabilitação urbana na frente rio”.

    Novas centralidades

    Falar de novas centralidades remete-nos, quase que obrigatoriamente, para o Parque das Nações, uma zona que ganhou vida, não só porque tem uma área residencial considerável, mas principalmente pelo número de visitantes que atrai e pelo número de pessoas que ali trabalham. Goste-se ou não, a vista desafogada do rio permitiu aos lisboetas criar uma nova relação com a frente ribeirinha da cidade e, de certa, forma ditou o urbanismo que se tem feito nas últimas duas décadas.

    Curiosamente, é a falta de uma centralidade, que acaba por ser um conceito tradicional de cidade ou de bairro, que falta no Parque das Nações, algo que acaba por ser compensado pela gare multimodal que estabelece ali um ponto de paragem de milhares de pessoas. Essa é talvez a maior lacuna que pode ser apontada a esta nova zona da cidade.

    Mais uma vez, João Queiroz e Lima salienta que o facto de se ter construído de acordo com um sistema de vista foi também determinante para a falta de criação de uma zona central no Parque das Nações. “Foi muito bom em termos imobiliários, mas não permitiu criar uma ligação entre os próprios bairros”. Uma cidade deve ter em conta “como é que as pessoas vivem, se bem ou mal, e como podem complementar-se nas diferentes estruturas”, considerou ainda.

    Também a actual presidente da Seccção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos, Paula Torgal vê na compartimentação dos bairros no Parque das Nações um dos seus aspectos mais negativos. “Há uma questão de escala com a qual me sinto desconfortável enquanto cidadã. Existem bairros avulso, e que ainda que não considere um gueto, acho-os bastante delimitados. A circulação é feita quase quarteirão a quarteirão, não havendo em alguns casos uma ligação contínua”, explica.

    Aos poucos alguns projectos públicos e privados têm permitido criar pequenos oásis, como já vem sendo feito na Matinha, Braço de Prata, Beato, Campo das Cebolas, Cais do Sodré e Alcântara onde muitas das antigas instalações do Porto de Lisboa já se encontram reabilitadas e com novos usos. E estes novos pontos de fruição podem também eles ser vistos como novas centralidades, novas zonas da cidade que têm a capacidade de atrair e juntar pessoas nas suas mais diferentes actividades.

    A exemplo disso, Rita Almada Negreiros, relembra o bom exemplo urbanístico conseguido com a renovação do Largo do Intendente e que também este se tornou numa nova centralidade quando se encontrava degradado e “sem vista para o rio”.

    Cristina Veríssimo, do gabinete CVDB Arquitectos, considera por seu lado, que a crescente ligação da população ao rio tem permitido a criação de “bons exemplos de usufruto dos cidadãos o que tem permitido a criação de novas zonas e de expansão do centro para novas centralidades”, como é o caso do edifício EDP, o MAAT, o Museu dos Coches, entre outros.

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    Cidália Lopes

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    Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís

    Este terceiro momento do ciclo de tertúlias, acontece esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo

    Em 2025, a Trienal iniciou mais um ciclo de tertúlias em torno da arquitectura e os seus desdobramentos em que participam quatro ateliers com prática estabelecida. Estes contam com um vasto leque de obras construídas de diversas escalas, que vai desde um plano de requalificação de arquitectura paisagista a um restaurante de acção social que convidam figuras cúmplices que se cruzam com a disciplina para conversas informais em torno de um objecto.
    Esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, acontece o terceiro momento das conversas de arquitectura ‘Conversas et Al.’ que junta José Carlos Oliveira, fundador do atelier portuense Noarq, e Gémeo Luís, ilustrador consagrado em diversos formatos nacionais e internacionais. A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo. O desafio deste momento, aberto à participação do público, é “explorar as pertinências dos contributos numa equipa e como cada pessoa não só é imprescindível como se torna antídoto para uma solidão intelectual e processual que tende a tornar-se viciada e estéril”.

    Fundado há 23 anos, o Noarq concentra a sua pesquisa no desenho da paisagem, arquitectura e objectos quotidianos e conta com vitórias em concursos nacionais e internacionais, destacando-se as Piscinas na praia de Vila Garcia de Arousa e o Ascensor Público Halo de Vigo, em Espanha, ou a Ponte Ferreirinha sobre o Douro para o Metro do Porto.

    O último momento da terceira ronda de Conversas et Al., marcada para dia 6 de Março, conta com o atelier SIA e a presença da escultora Fernanda Fragateiro.

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    crédito Ricardo Cruz

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    Arquitecto Gonçalo Pires Marques finalista no “Building of the Year 2025”

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional

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    O arquitecto português Gonçalo Pires Marques está entre os finalistas do prestigiado prémio “Building of the Year 2025” do ArchDaily, um dos mais importantes reconhecimentos internacionais na área da arquitectura. O seu projecto, a Casa Donavan, destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea.

    A Casa Donavan distingue-se pela sua abordagem única à construção em madeira, um processo que o próprio arquitecto descreve como “quase artesanal”. O trabalho próximo com o mestre carpinteiro foi essencial para garantir a precisão e a qualidade da execução. Além disso, a escolha da madeira termotratada, sem utilização de químicos, reforça o compromisso com a sustentabilidade.

    Além dos materiais escolhidos, o desenho da casa foi pensado para reduzir a necessidade de sistemas de climatização. O aproveitamento inteligente da exposição solar e a ventilação natural transversal contribuem para um menor impacto ambiental. Houve também um esforço consciente na selecção de fornecedores locais, minimizando deslocações e importações para reduzir a pegada ecológica.

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional. O arquitecto entende que “arquitectura portuguesa é uma área reconhecida entre pares a nível mundial como poucas áreas. Como no cinema português, é regularmente mencionada e até premiada. Aliás, Portugal é o único país do mundo com dois vencedores do Prémio Pritzker ainda vivos, o que reflecte a qualidade e a influência do nosso trabalho.”

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    OASRA promove debates sobre requalificação do património da Sinaga

    Discussão pública pretende discutir a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel

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    A Ordem dos Arquitectos – Secção Regional dos Açores, no âmbito do Protocolo de Colaboração celebrado com a Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores, de 11 de Novembro de 2024, promove a discussão pública sobre a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel.

    O período para a discussão pública sobre a intervenção e requalificação das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool já teve início e pode ser feito através da plataforma www.sinaga.pt. Este é um espaço dedicado à participação activa da comunidade na reflexão sobre o futuro das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool, com vista a enriquecer o debates e ajudar a definir soluções viáveis para a requalificação destes espaços industriais.

    Os encontros para o debate de ideias irão ocorrer nas próprias fábricas, sendo que a 22 de Fevereiro acontece um primeiro na Fábrica do Álcool e a 22 de Março na Fábrica do Açúcar e que contarão com a participação de especialistas nas áreas disciplinares da arquitectura, do património industrial e cultural, do turismo industrial, da economia, da museologia e da sustentabilidade.

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    Segunda edição do “Porto de Arquitectura” regressa entre Março e Julho

    São seis os edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense que integram a segunda edição do projecto e que serão apresentados esta quarta-feira em conferência no bar do Cinema Batalha

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    A Câmara Municipal do Porto e a Casa da Arquitectura apresentam esta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, às 11 horas, em conferência de imprensa, a segunda edição do projecto “Porto de Arquitetura”. O objectivo passa por desenvolver, entre Março e Julho de 2025, um ciclo de visitas de arquitectura gratuitas e abertas ao público, num conjunto de seis edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense. A apresentação decorre no bar do Batalha Centro de Cinema.

    O ciclo de visitas tem como principal objetivo aproximar a comunidade da arquitectura portuense, dando a conhecer de forma privilegiada o processo de concepção, construção e recuperação de espaços icónicos da cidade.

    Os edifícios seleccionados representam algumas das mais relevantes intervenções recentes na cidade, desde a habitação até às infraestruturas, passando por edifícios destinados ao desporto, turismo, cultura e economia.

    A conferência de imprensa é seguida de uma visita guiada ao Batalha Centro de Cinema, reaberto em Dezembro de 2022, acompanhada dos arquitectos responsáveis pela requalificação, Alexandre Alves da Costa e Sérgio Fernandez.

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    ‘How to Build the Future?’ dá o mote para o novo ciclo de talks da Masslab

    A segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, inícia esta sexta-feira, dia 31 de Janeiro, pelas 17 horas, no Porto. Nuno Sampaio e Ana Neiva são os convidados desta sessão que irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos

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    O primeiro mês do ano de 2025 começa com a segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, que partem da investigação e curiosidade em explorar uma questão central: Como vamos construir o futuro?

    Com o tema “How to Build the Future?” como pano de fundo, a segunda edição gira em torno da Educação e da Cultura enquanto disciplinas essenciais para moldar o futuro e terá lugar no escritório da Masslab no Porto, esta sexta-feira, dia 31 Janeiro, pelas 17 horas.

    A conversa contará com a participação de Nuno Sampaio, arquitecto e director da Casa da Arquitectura, e Ana Neiva, investigadora, curadora e professora e irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos. Os convidados abordarão o papel destas áreas como catalisadores de transformação social e urbana, assim como o “paradoxo” de olhar para o futuro enquanto aprendemos com o legado do passado.

    Na primeira edição, o debate centrou-se nos desafios da indústria da construção, explorando o equilíbrio entre a necessidade de crescimento urbano e a responsabilidade ambiental com dois convidados: Sílvia Mota, CEO da MEXT: Mota-Engil Next e Francisco Rocha Antunes, presidente da MOME.

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    Passive House Institute certifica primeira Passive House Plus em Portugal

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem

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    É o segundo projecto certificado pela norma Passivhaus no Distrito de Lisboa, o primeiro no Concelho de Mafra e o primeiro em Portugal a receber a classificação Passive House Plus, ambos, da autoria do arquitecto passive house designer João Pedro Quaresma, da Nurture-AD.

    Passivhaus é um conceito construtivo que define um padrão de elevado desempenho, eficiente do ponto de vista energético, saudável, confortável e economicamente acessível e sustentável. A diferença entre uma Passivhaus Classic e uma Passivhaus Plus está relacionada principalmente à produção e ao consumo de energia renovável e ao grau de auto-suficiência energética. Ambos os tipos de casas seguem os rigorosos critérios de eficiência energética estabelecidos pelo padrão passivhaus, mas o nível de sustentabilidade e a integração de sistemas de energia renovável diferem.

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem.

    A moradia localizada em Mafra já havia obtido a classificação A+ e nZEB pelo sistema de Certificação Energética, e a comunicação do Passive House Institute (PHI) confirmando esta certificação validou todos os objectivos propostos.

    Este projecto de arquitectura foi desenvolvido, desde o início, com a determinação do cliente de obter a certificação pela norma Passivhaus. Em Portugal continental, os valores máximos de radiação ocorrem na região de Lisboa, com mais de 3.000 horas de sol por ano, factor que foi determinante no conceito programático do projecto. A geometria particular do terreno, com o lado maior e a inclinação natural orientados a sul, favoreceu a adopção de uma estratégia bioclimática e a optimização de um padrão de elevado desempenho passivo. Esse conceito esteve presente desde o início, tanto como desejo do proprietário quanto como estratégia do projecto.

    Na organização funcional da moradia, essa realidade climática permitiu que as zonas de permanência da casa fossem todas orientadas a sul, enquanto as circulações e os espaços complementares de uso foram posicionados a norte.
    Dessa forma, optimizou-se os ganhos solares através de vãos envidraçados generosos, garantindo o sombreamento permanente ou temporário durante os meses de Verão com alpendres e pérgulas solares. Essa solução também reduz a necessidade de iluminação artificial durante o Inverno, garantindo excelentes níveis de luminosidade natural.
    A moradia foi construída com o sistema construtivo ICF (Insulated Concrete Form), que permitiu eliminar pilares no interior, favorecendo maior flexibilidade espacial.

     

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    © Studio Ossidiana, Bird’s Palace Vondelpark, Riccardo de Vecchi

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    CCB lança bolsas de arquitectura Diogo Seixas Lopes

    Diogo Seixas Lopes, figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, dá o nome às Bolsas de Criação, com o objectivo de “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais. As propostas podem ser enviadas até 16 de Fevereiro

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    Destinadas a apoiar a “criação, investigação e experimentação”, o CCB lançou as primeiras duas  Bolsas de Criação ‘Diogo Seixas Lopes’. As candidaturas decorrem de 17 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2025, devendo ser formalizadas em formulário próprio. A linha temática da primeira edição é ‘Interespécies’.

    Criadas pelo Centro de Arquitectura MAC/CCB em homenagem ao arquitecto Diogo Seixas Lopes, falecido em 2016 e figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, estas bolsas de criação, atribuídas por concurso, procuram “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais do Centro de Arquitectura.

    O concurso, aberto a todas as pessoas ou colectivos cuja investigação incida sobre a arquitectura, procura proporcionar apoio financeiro à investigação ou criação e execução de projectos, com um valor anual de 10 mil euros, com acompanhamento da curadora-chefe do Centro de Arquitectura do MAC/CCB, Mariana Pestana.

    O processo de avaliação e selecção de candidaturas decorre durante os meses de Fevereiro e Março de 2025. O júri é composto por Julia Albani (externo), Marta Mestre (curadora, MAC/CCB) e Sofia Passadouro (educação e mediação, MAC/CCB). Os projectos seleccionados serão anunciados no dia de reabertura do Centro de Arquitectura, a 2 de Abril de 2025.

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    OA discute alteração ao RJIGT

    Este evento reunirá, hoje, 21 de Janeiro, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da Ordem

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    A Ordem dos Arquitectos discute hoje, 21 de Janeiro, as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, RJIGT. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da OA.

    Este evento reunirá, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação para uma discussão aprofundada sobre as alterações propostas ao regime jurídico que orienta os instrumentos de gestão territorial, com impacto significativo na gestão urbanística e no ordenamento do território.

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    Créditos: Santos Diez

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    Habitação em Vila do Conde premiada em diferentes iniciativas internacionais

    A obra de habitação colectiva, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais, tendo recebido o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, recentemente, o IDA Design Awards 2024, nos USA

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    A obra de habitação colectiva, situada no centro de Vila do Conde, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais. No final do ano passado venceu o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, agora, o IDA Design Awards 2024, nos USA.

    A intervenção no Gaveto das ‘Alminhas’ de São José, no centro da cidade de Vila do Conde, tem como programa a construção de uma habitação unifamiliar e de um edifício de habitação colectiva para arrendamento com dois apartamentos e uma loja para comércio ou serviços.

    A habitação unifamiliar implanta-se no local da construção existente que tinha apenas um piso, e mantém a fachada antiga para a rua Comendador António Fernandes da Costa, sendo que o segundo piso ficou recuado em relação à rua para se afastar da fachada da casa do Instituto de S. José da Congregação das Irmãs Doroteias, permitindo assim visualizar também a cobertura da Capela Dos Passos que se encontra no lado Norte do quarteirão.

    As fotografias da obra de Héctor Santos-Díez mostram a inserção dos dois edifícios no centro histórico da cidade de Vila do Conde, em duas ruas com escalas distintas, mas unidas pelo gaveto do muro de granito.

    No piso térreo temos a garagem para dois carros, a lavandaria, a sala comum que comunica com a cozinha, um sanitário, a área técnica e o quarto das visitas com quarto de banho privativo. No piso superior, temos a suite principal com quarto de banho e dois quartos de vestir, três quartos mais pequenos também com quarto de banho privativo, e o escritório no topo Sul que se abre para um grande terraço e espreita a cidade.

    O segundo edifício, para arrendamento, foi construído na rua Conde D. Mendo, um arruamento mais movimentado e com vários pequenos prédios com comércio no rés-do-chão.

    No piso térreo temos, ainda, o estacionamento automóvel atrás do muro e uma loja para comércio ou serviços com entrada independente.

    Raulino Silva, nascido em Vila do Conde em 1981, abriu seu atelier em 2011. Além do seu trabalho enquanto arquitecto, tem participado em diversas exposições internacionais e em publicações sobre arquitectura habitacional. Participou, ainda, como orador em diversos eventos e integrou júris de concursos e prémios internacionais. Em 2019, recebeu a medalha de mérito de Vila do Conde.

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    Assinatura do Protocolo

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    OA e FAUL celebram protocolo de cooperação para “Nova Geração de Habitação”

    No âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, estão previstas condições especiais para os membros da OA. A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’

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    A Ordem dos Arquitectos (OA) celebrou um Protocolo de Cooperação com a Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (FAUL), no âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, que prevê condições especiais para os membros da OA.

    A inscrição nos cursos é efectuada directamente pelo membro da OA junto da FAUL/CIAUD, devendo este indicar o respectivo número, ficando a gestão e organização das inscrições nos cursos de formação a cargo da FAUL/CIAUD.

    A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’, de 21 de Abril a 26 de Junho está prevista a formação sobre ‘Instrumentos de Politica de Habitação’ e a seguinte será de 23 de Abril a 16 de Julho, sobre ‘Cartas Municipais de Habitação’.

    Depois, entre Setembro e Dezembro, ainda sem data definida, está previsto formação sobre ‘Reabilitação Habitacional’.

    No âmbito das pós-graduações abrangidas pelo Protocolo, serão atribuídos prémios de mérito académico aos três estudantes que tenham obtido uma das três melhores classificações da edição do curso em causa, desde que esta seja superior a 16 valores.

    O Prémio de Mérito Académico FA.ULisboa “Impulso Adultos” é de natureza pecuniária, consistindo na atribuição de uma verba de valor igual a duas vezes o montante dos custos totais  fixados para a frequência do curso a que respeita no ano lectivo de atribuição do prémio.

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