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    José Cardoso Botelho, managing director da Vanguard Properties

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    Vanguard inicia projectos em Lisboa, Comporta e Algarve

    Em entrevista ao CONSTRUIR, José Cardoso Botelho, managing director da Vanguard Properties, revelou os projectos da promotora, num total de 15. O White Shell, no Algarve e o Muda Reserve, na Comporta, já começaram as obras. Brevemente dará início o Radio Palace,e o Infinity, em LIsboa

    Cidália Lopes

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    Vanguard inicia projectos em Lisboa, Comporta e Algarve

    Em entrevista ao CONSTRUIR, José Cardoso Botelho, managing director da Vanguard Properties, revelou os projectos da promotora, num total de 15. O White Shell, no Algarve e o Muda Reserve, na Comporta, já começaram as obras. Brevemente dará início o Radio Palace,e o Infinity, em LIsboa

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    Turismo e habitação são o core business da marca nacional com capitais suíços que conta já com 15 projectos para desenvolvimento. Lisboa, Alentejo e Algarve são os locais onde vão iniciar as primeiras obras. Porto e Guimarães serão também cidades a explorar

     

    Como surgiu a ideia de investir em Portugal?

    O grupo Vanguard Properties surge de uma parceria com Claude Berda (com experiência no sector imobiliário enquanto promotor desde 2002 na Suiça), que foi sendo desenhada em finais de 2015 que resultou na criação desta marca, desenhada apenas para Portugal. A Vanguard Properties é uma marca não é uma empresa, depois existem nove veículos de investimento. É um grupo que fez a sua primeira aquisição em 30 de Março de 2016 e que desde então atingiu já 15 projectos e estamos neste momento com mais investimentos em vista. Portanto estamos quase ao ritmo de um projecto por mês. A primeira aquisição foi um projecto na Graça e que foi recentemente aprovado e que estamos na fase da apresentação das especialidades e de lançamento de concurso.

    Esta entrada em Portugal resulta de uma viagem do filho, Rolland, no Verão de 2015 que esteve na Comporta. Mais tarde Rolland visitou Lisboa e nessa altura falou com o pai sobre a cidade. A próxima visita já veio acompanhado pelo pai, o Claude Berda, que nos mesmo dia decidiu que Lisboa seria a nova história na empresa tal como tinha sido 15 anos antes com a Suíça.

    Achou que Portugal tinha potencial para se investir?

    Sim, mas não só. O Claude Berda é um empreendedor, mas essencialmente um investidor e um visionário e, embora seja um homem de negócios muito bem sucedido, é uma pessoa de uma sensibilidade extrema e portanto é muito atento aos pormenores, à bondade de um povo e à simpatia. Claude Berda achou, contrariamente às suas expectativas, que Lisboa era uma cidade limpa, muito mais organizada do que pensava, gostou da sensação de estar numa cidade internacional, do alojamento, da gastronomia. “Sentia-se verdadeiramente em casa”, como ele próprio afirmou.

    Como é que surgiu a possibilidade de investir no White Shells?

    Recebemos uma oferta de um Fundo de Investimento do grupo Banif que tinha ficado com um activo na sequência da crise e que tinha já algumas infraestruturas iniciadas. Rapidamente tomamos a decisão de comprar o White Shells, que se trata de um empreendimento em Porches, perto das praias da Senhora da Rocha. Este foi o nosso primeiro projecto no Algarve. Neste momento já estamos em fase de construção de infraestruturas. Quando compramos estava na eminência de ser cancelado o alvará de construção. Inicialmente as obras começaram ainda com o projecto inicial do Miguel Saraiva, ou seja, há um conjunto de casas cujo projecto não foi alterado – as primeiras sete. Mas, entretanto, fizemos uma segunda alteração já depois de adquirimos o projecto, o que nos levou a duas fases distintas: um primeiro conjunto de casas cuja estrutura não foi alterada e depois todas as outras mudaram. Ou seja, as primeiras cuja estrutura já estava construída ficou. Todas as restantes foram alteradas ao nível da sua configuração. Pedimos uma reaprovação do projecto e estamos neste momento numa fase final de contratação para a empreitada final para o resto do empreendimento.

    Quais foram essas alterações?

    O projecto inicial tinha um conceito de moradias que no fundo cada uma tinha 3 apartamentos e o que fizemos foi aumentar o tamanho das tipologias e diminuir o número total de apartamentos. Aumentamos de T1 para T2 e T3. Ficaram 55. Além das alterações tipológicas, a grande alteração que se fez no projecto foi a criação de uma zona comum central no empreendimento que pudesse ser utilizada pelas famílias. Contudo, havendo ali uma rua significa viaturas e deixar as crianças andarem por ali à vontade não parecia viável. Foi então que optamos pela alteração que veio a transformar todo o conceito do White Shells, embora tenhamos mantido a rua de forma discreta, mas porque é necessária como acesso para viaturas de emergência, construímos numa das entradas do empreendimento, junto aos campos de ténis e de golfe, um estacionamento subterrâneo. Portanto deixam de existir viaturas à superfície. Tornou-se um empreendimento muito mais familiar, muito mais ecológico e sustentável e como está a cerca de 300 metros da praia também podem ir nos buggies que vão estar disponíveis sem que tenham que ir de carro. As áreas exteriores também mudaram substancialmente, com mais área, com mais terraços. Tornou-se um produto muito mais sofisticado, também em linha do que é hoje o mercado.

    Quando surgiu a intenção de investimento inicialmente ficou logo decidido que seria no segmento residencial?

    Essa foi a escolha natural. Tanto eu como o Claude acreditamos em alguns princípios simples. Independentemente da evolução tecnológica vai ser sempre preciso casas e isto por oposição aos mercados da logística, do retalho ou dos escritórios. Estes são sectores que estão em constante alteração e que por isso se tornam muito menos previsíveis a longo prazo. O residencial é um produto muito fácil mesmo para a reabilitação, as tendências não mudam tanto e em termos de investimento consegue-se valorizar durante mais tempo.

    Ou seja, o vosso foco é o residencial mas não necessariamente reabilitação…

    Exacto. Até porque nós avaliamos caso a caso e em projectos que achamos que vão ser uma mais valia e com boa rentabilidade. Não o fazemos para alimentar egos. E como tal tanto podemos comprar um edifício antigo e reabilitar como fazer de raiz. Somos muito rápidos a tomar decisões e a avaliar o risco.

    Qual foi a primeira aquisição e como surgiu?

    Foi o projecto da Graça – o Terraços do Monte. E há até uma história e uma coincidência engraçada com esse projecto. Numa visita ao miradouro da Graça com as nossas esposas e ao tiramos uma foto reparamos que o edifício em frente ao miradouro dizia vende-se. O Claude pergunta-se o que quer aquela palavra dizer e quando lhe digo ele diz logo: Então se está à venda nos vamos compra-lo. Alguns dias depois recebi um email de uma agência por parte do proprietário que pretendia apresentar o edifício a um conjunto de investidores e quando verifiquei o documento vi que se tratava do mesmo edifício. Mais ou menos uma semana depois chegamos a acordo com o proprietário. Aquilo pertencia à EPUL e foi mais tarde vendido, em hasta pública da CML, à família Queiroz Pereira para mais valia já com uma perspectiva de projecto por parte da ARX Arquitectos e como gostamos do projecto continuamos com eles e mantivemos o projecto inicial. Todos os apartamentos têm um terraço, dai o nome, com uma vista excelente sob a cidade. É um activo absolutamente fabuloso. Com um terreno de grandes dimensões o que é raro dentro da cidade de Lisboa, com uma área de implantação de quase 1900 m2. Portanto trata-se de uma construção nova.

    Apesar da intenção de investir no Algarve e Alentejo foi então em Lisboa que começaram. Certo?

    Exacto. Logo a seguir ao Terraços do Monte, o segundo imóvel que adquirimos também em Lisboa foi o Radio Palace, onde anteriormente funcionou o Museu da Rádio e que mantinha no seu espólio algumas peças antigas. Aliás o logotipo do edifício foi feito com o reaproveitamento dessas mesmas peças que estavam guardadas. Ao nível da infraestrutura vamos manter a traça original. O Radio Palace é um edifício do século XVIII e neste caso trata-se de uma reabilitação integral do edifício antigo que vai ter ao lado dois blocos novos para apartamentos mais pequenos.

    Outro importante projecto que já estão a desenvolver é o White Shell. Fale-me um pouco sobre este projecto…

    O Muda Reserve é um projecto muito especial, não só pela localização, mas também pelo espaço onde se insere já que tem uma morfologia fabulosa e uma florestação fantástica. Pessoalmente aprecio mais o campo do que a praia e naquele caso conjuga-se na perfeição estes dois elementos, ou seja, apesar de ser mais interior está próximo da praia e quebra-se a questão da sazonalidade. Sendo aquele espaço muito associado ao Verão e à praia se o empreendimento fosse em cima da linha de mar perdia-se aquela vivência do espaço o ano todo.

    O projecto tem um conjunto diferenciado de produtos que passa por um lado por um conjunto de quintas e chamo-lhe quintas porque efectivamente tem em média 5 hectares com possibilidade de construção das casas de cerca de 500 m2 mais 100 m2 de alpendre, com uma determinada zona que está já preparada para a produção de produtos biológicos. É um conceito muito inovador neste tipo de projectos poder comer aquilo que se cultiva e poderoso. Pretende-se tirar o máximo partido do que é viver no campo com todas as comodidades. O projecto prevê a possibilidade de construção de cerca de 50 quintas. Outra particularidade é que o terreno da quinta vai permitir manter o tipo de vegetação autóctone já existente. Apenas será necessário fazer alguns arranjos à volta da habitação.

    Ou seja, a ideia é estar integrado na natureza?

    Completamente. Aliás, a própria arquitectura das casas, embora com linhas contemporâneas, reaproveita o conceito das antigas casas dos pescadores daquela zona e conta ainda com espaços interiores que irão permitir usufruir daquele espaço quando não for possível ir para o exterior.

    Além das quintas, a Muda Reserve tem ainda outro tipo de oferta imobiliária: são as chamadas Casas da Aldeia, um macro lote com cerca de 30 hectares, com diferentes tipologias, entre 670 m2 e 2000 m2 de área. A particularidade é que esta zona vai ter um centro cívico, uma igreja, comércio, uma zona para desportos vários. No fundo criar uma nova centralidade naquele lugar, já que é uma das coisas que ali não há. Aquilo tem meia dúzia de casas e mais nada. E apesar de não ser longe da Comporta, não faz sentido que queira ali viver ter de percorrer cerca de 10 ou 12 kms para comprar um jornal ou beber um café, por exemplo. Obviamente estes serviços vão também ser usufruídos pela população que já lá vive.

    E que público é esperado para este projecto?

    Nós ainda não estamos a promover, porque não gostamos de o fazer quando ainda não estamos devidamente preparados para tal e como tal ainda não temos ainda confirmações, mas temos já muitos interessados espanhóis, franceses, suíços, belgas, brasileiros, alguns contactos nos Estados Unidos, alemães e acredito que possam também existir interessados da Africa do Sul. A Comporta ganhou nos últimos anos uma notoriedade impressionante, em grande parte devido as famílias de renome internacional que ali se instalaram e que consideravam aquilo como um refugio, quase como um segredo.

    Até ao momento contam já com 15 projectos. Têm algum objectivo estipulado?

    Nós neste momento estamos essencialmente focados na aquisição de imóveis de maior dimensão. Até ao final do ano pretendemos fechar entre seis a oito novos projectos o que vai duplicar o nosso volume de construção. Mas não temos propriamente um limite, até porque somos uma empresa estável do ponto de vista económico, com capitais próprios, e que está muito atenta às oportunidades. Por isso, se surgir algum negocio que consideremos vantajoso este número de projectos pode aumentar.

    Porquê optar por projectos de maior dimensão?

    Principalmente porque sendo maior e com um montante de investimento maior há menor concorrência, o que também nos permite ter uma maior margem de negociação, em particular ao nível do residencial.

    Qual o volume de investimento até ao momento?

    O montante relacionado com edifícios que já temos e que estamos a tratar são 680 milhões de euros. Se contarmos com os cerca de oito que poderão vir a fazer parte do nosso portefólio, este valor vai subir obviamente. Ate ao momento são já 320 mil m2 – devemos ultrapassar um milhão de m2 ainda este ano. Que é também o mesmo número de metros quadrados que temos na Suíça em obra nova.

    Depois de atingir esses valores de construção o que pretendem fazer?

    Dependendo dos ciclos podemos avançar mais ou menos depressa, mas a ideia não é fazer uma operação “toca e foge”. Pretendemos acompanhar a maturidade do mercado e continuar a desenvolver projectos.

    Acha que Lisboa tem ainda muito para investir?

    Acho que sim por uma razão simples: Portugal passou a ser um caso de sucesso, e não me parece vá mudar ou que haja razões para preocupações. Pela primeira vez Portugal tem pessoas que compram não só para investir, mas também para viver e isso é o que dá uma maior garantia e sustentabilidade ao mercado. O que acontecia antes é que se compravam edifícios que depois ficavam vazios. Isso para mim seria uma preocupação. Se não for cometida nenhuma asneira julgo que irá manter-se.

    Que tipo de asneira por exemplo?

    De natureza fiscal, por exemplo. Em França uma das razões que tem levado as famílias com grandes fortunas a sair do país é devido ao elevado imposto sucessório que tem um peso muito grande. Ora imagine: se entretanto também Portugal resolver retomar este tipo de imposto, por exemplo (que deixou de existir em Portugal por falta de receita) pode crer que cerca de 80% a 90% dos franceses ou belgas iriam embora.

    Neste momento, estamos a conseguir ter residentes que não só investem em imóveis de grande qualidade, como também consomem produtos e pagam impostos. Uma família francesa gasta cerca de 10 a 15 mil euros por mês em Portugal. Se tivermos cerca de 10 mil famílias dessas a viver em Portugal imagine qual o impacto que isso tem para uma economia como a nossa.

    Além das localizações que já falou, há alguma outra região onde estejam a ponderar investir?

    Estamos neste momento a avaliar duas ou três situações na zona de Cascais. Pretendemos também investir na zona de Guimarães, e neste caso, estamos apenas a resolver um aspecto judicial e estamos também a olhar para duas ou três oportunidades no Porto.

    Além do cliente final têm também propostas de alguns investidores?

    Temos tido algumas propostas de famílias que gostava de co-investir isto porque não têm vocação ou não querem montar a estrutura necessária para criar um veículo de investimento que permita a aquisição de imóveis e acabam por nos solicitar ajuda nesse sentido. Ainda não fizemos isso, embora possa, eventualmente, ser um caminho a enveredar. Quando estivemos no Mipim fomos abordados por uma empresa muito grande do Dubai que está a querer entrar em Portugal e que ficou surpreendido com a escala dos nossos projectos e mostrou intenção de participar na Infinity porque é dos poucos projectos que viram com dimensão em altura. E faz todo o sentido que estes investidores estrangeiros se aliem a empresas com o know-how nacional.

    Em relação ao Infinity não antecipa que possa haver alguma contestação por ser um torre tão alta, à semelhança do que aconteceu com as Twin Towers?

    Acho que isso não vai acontecer agora, parecendo que não já passaram quase 20 anos da construção das Twin Towers. Obviamente que uma torre daquelas nunca poderia ficar numa Avenida da Liberdade mas ali não choca. Na realidade acho que a construção em altura é uma boa forma de as cidades crescerem sem se densificarem muito.

    Como tem estado a ser a receptividade a este projecto?

    Tem sido fantástica. O projecto é do Miguel Saraiva e superou as minhas expectativas. Tem uma arquitectura moderna, com acabamentos de primeira qualidade e uma serie de valências de topo que não existem em mais nenhum edifício do género. Temos inclusive recebido vários pedidos de reserva, mas ainda não o fizemos dado não termos ainda as plantas definitivas nem o mapa de acabamentos.

     

    Sobre o autorCidália Lopes

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    Porto (imagem cedida pela Remax Portugal)

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    AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros

    Mercado de compra e arrendamento liderado por brasileiros, responsáveis por 44% das transacções, seguindo-se norte-americanos (9%) e angolanos (5%)

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    A Área Metropolitana do Porto (AMP) tem-se afirmado como um polo de atracção de investimento estrangeiro, por se tratar de uma região com características “marcadamente turísticas” e que apresenta “oportunidades” no mercado imobiliário. Segundo dados apurados pela Remax, de Janeiro a Novembro de 2024, a rede registou transacções por parte de clientes estrangeiros em todos os 17 concelhos da AMP, de forma mais acentuada em cinco deles. Em evidência, esteve o concelho do Porto que representou um terço da procura, seguido de Vila Nova de Gaia com um quarto dessa procura. Neste período, estes cidadãos além-fronteiras privilegiaram mais a aquisição de imóveis (51,3%), face ao arrendamento, contudo o equilíbrio foi notório.

    Segundo Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, “a AMP é uma zona  em expansão que se tem posicionado não só como um destino turístico, mas também na fixação de investimento e residentes não habituais. O segmento habitacional sobressai na procura global de investimento internacional nesta região, pelo que poderá haver um reforço da participação destes clientes durante o ano de 2025, até porque Portugal continua no radar de muitas famílias estrangeiras e investidores”.

    Os dados agora apresentados e relativos aos meses em referência mostram que, por concelho, Porto lidera o ranking da procura estrangeira por imóveis, registando 33,7% do total na região. Seguem-se Vila Nova de Gaia (26,4%), o concelho que mais cresceu nas preferências dos cidadãos além-fronteiras; Matosinhos (11,9%); Maia (7,7%) e Gondomar (6,2%), sendo que este último perdeu a 4ª posição por troca com o concelho da Maia, responsável por uma em cada 13 transacções concretizadas.

     

    Entre os mercados que elegeram a AMP, foram 59 nacionalidades estrangeiras que privilegiaram a aquisição ou arrendamento de imóveis na região. Em destaque os clientes brasileiros, responsáveis por 44% das transacções, um aumento de quase dois pontos percentuais (p.p.) face a igual período 2023. Já os clientes norte-americanos representaram 9% das transacções e os angolanos 5%. Israelitas e ucranianos com cerca de 4% das transacções cada, ocuparam a 4ª e 5ª posição, respectivamente.

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    Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025

    Painel do 72º Barómetro do IPDT prevê até 33 milhões de hóspedes e 6,5 MM€ em proveitos. Segundo Jorge Costa, presidente do IPDT, “Portugal continua a beneficiar da percepção de ser um destino seguro e acolhedor, o que se traduz num activo estratégico para atrair turistas internacionais”

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    tagsIPDT

    Os resultados da 72ª edição do Barómetro do Turismo do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) revelam uma expectativa “optimista” para o desempenho do turismo nacional em 2025. Os profissionais do sector apontam para um crescimento sustentado nos principais indicadores, mas destacam adicionalmente desafios que exigem respostas estratégicas.

    Esta nova edição do IPDT decorreu entre 4 e 18 de Outubro de 2024, reunindo 45 respostas válidas, de um painel de 175 profissionais em funções de direcção e administração em várias áreas que integram o sector do turismo.

    No que diz respeito ao número de hóspedes, 56% dos membros do painel antecipam para 2025 um crescimento para valores entre 30,1 e 33 milhões, superando os 30 milhões registados em 2023. As dormidas apresentam igualmente um cenário promissor, com 78% dos inquiridos a projectarem indicadores entre 75,1 e 81 milhões. Este contexto sugere não apenas uma maior procura, mas também uma possível extensão na duração média das estadias. Quanto aos proveitos globais, 80% dos especialistas do IPDT esperam para este ano números entre os 5,6 e 6,5 mil milhões de euros.

    Relativamente aos factores que terão um impacto mais positivo no desenvolvimento do turismo nacional em 2025, a melhoria contínua da oferta e dos serviços foi considerado o mais relevante, com 44% das respostas. Seguem-se a segurança e a estabilidade política e social, referidas por 42% dos inquiridos do IPDT. As infraestruturas, acessibilidades e a mobilidade aérea foram valorizadas por 36% dos inquiridos, sublinhando a necessidade de modernizar e melhorar as redes de transporte e promover uma mobilidade eficiente e sustentável. Por fim, as condições económicas e financeiras favoráveis, também mencionadas por 36% dos especialistas, reflectem a importância de um contexto macroeconómico estável para a atractividade do sector turístico.

    Para Jorge Costa, presidente do IPDT, “a previsão do aumento do número de hóspedes, dormidas e proveitos globais para 2025 reflecte o potencial de crescimento sustentado do turismo nacional. Para concretizar este potencial, será fundamental continuar a investir na qualidade das experiências turísticas, adaptando-as às actuais exigências dos viajantes”. E acrescenta: “Num contexto global marcado por incertezas económicas e geopolíticas, Portugal continua a beneficiar da percepção de ser um destino seguro e acolhedor, o que se traduz num activo estratégico para atrair turistas internacionais”.

    Apesar do cenário encorajador e positivo, o sector enfrenta desafios que podem condicionar o seu desenvolvimento em 2025. A escassez de recursos humanos qualificados destaca-se como o principal desafio, referido por 51% dos inquiridos. Segundo o Barómetro, o aumento dos preços e a inflação, apontados por 40% dos especialistas, representam outro obstáculo relevante. A recessão económica e a conjuntura internacional, identificadas por 33% do painel, e os conflitos internacionais e a instabilidade geopolítica, mencionados por 29% dos respondentes, evidenciam o impacto de fatores externos no desempenho do sector, nomeadamente no que respeita à dependência da mobilidade e das relações globais.

    Os especialistas alertam ainda para desmistificação da percepção de “overtourism”, que começa a ganhar visibilidade em alguns destinos nacionais. Os resultados do IPDT evidenciam que 80% dos inquiridos classificam esta questão como “importante” ou “muito importante”, sublinhando a necessidade de respostas coordenadas e eficazes a curto prazo. Neste ponto, o combate à desinformação, defendido por 58%, surge como a principal prioridade, implementando-se estratégias de comunicação mais transparentes e acessíveis que promovam um entendimento mais realista e contextualizado dos impactos do sector.

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    Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal

    Com esta aquisição, a Porta da Frente Christie’s fortalece a sua presença nas regiões de Lisboa e Cascais, onde as lojas e a marca Piquet serão integradas na estrutura e identidade da empresa portuguesa

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    A Porta da Frente Christie’s, mediadora com quase três décadas de experiência no mercado imobiliário de luxo em Portugal, anuncia a aquisição de 50% da operação em Portugal da Piquet Realty, mediadora com origem norte-americana e sede em Miami, e com forte presença em mercados de gama alta no Brasil.

    Com esta aquisição, a Porta da Frente Christie’s fortalece a sua presença nas regiões de Lisboa e Cascais, onde as lojas e a marca Piquet serão integradas na estrutura e identidade da empresa portuguesa.

    “Este é um passo estratégico essencial para fortalecer a nossa presença em mercados-chave. A sinergia com uma marca de DNA norte-americano e com forte proximidade ao mercado brasileiro é, sem dúvida, a melhor forma de fortalecer a nossa liderança nestes dois mercados. Este investimento da Porta da Frente é um claro sinal da aposta que estamos a fazer no crescimento e reforço da liderança da Porta da Frente no segmento premium em Portugal “, sublinha João Cília, CEO da Porta da Frente Christie’s.

    Marlos Gonçalves, CEO da Piquet Realty Portugal, reforça que “esta colaboração é o encontro entre duas marcas com visão e ambição partilhadas. Estamos entusiasmados em juntar forças e proporcionar um serviço ainda mais distinto e personalizado aos nossos clientes em Portugal, com o reforço da estrutura e know-how da Porta da Frente”.

    Com a integração das equipas, prevê o aumento do número de consultores especializados. Paralelamente, a parceria reforça o compromisso com a excelência no mercado imobiliário de luxo e a consolidação da posição de ambas as marcas como líderes no segmento premium em Portugal.

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    Worx: Optimismo para 2025

    Com o fecho do ano de 2024, a Worx Real Estate Consultants apresenta as conclusões finais da actividade do mercado imobiliário em 2024 e dá a conhecer as suas perspectivas para o desenrolar do ano de 2025

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    A primeira nota vai para o balanço positivo de 2024, transversal a todos os sectores, com a consultora a destacar o mercado de arrendamento de escritórios de Lisboa, com mais de 204.000 m2 colocados, valor que representa igualmente um aumento notável de 77% na procura face a 2023, e os 2.300 milhões de euros de investimento no imobiliário comercial.

    Pedro Rutkowski, CEO da Worx, fala de como o imobiliário soube, mais uma vez, superar-se em 2024, e demonstrar a sua resiliência face ao enquadramento económico-financeiro, depois de um ano de actividade mais fraca como foi 2023. Antevê que “2025 comece em nota positiva, com o contexto financeiro cada vez mais favorável e uma mão cheia de oportunidades de investimento em Portugal, seja em que sector for”, sublinha o CEO da Worx.

    O quarto trimestre do ano assinalou a maior transacção do ano, com a aquisição do Projecto Athos composto por diversos supermercados e stand alones do grupo Os Mosqueteiros, cujo comprador Leadcrest Capital Partners já adquiriu uma participação de 49% num valor que ronda os 250 milhões de euros. Não é, por isso, difícil que o sector do retalho tenha agregado a maior fatia do volume de investimento, com 1.130 milhões de euros, tendo quase duplicado em relação a 2023 e destacando-se como o segundo melhor ano na última década.

    Os sectores hoteleiro e de escritórios acumularam de resto mais de um terço do total do investimento, com 20% e 15% respectivamente. A venda do Conrad Algarve também no final do ano de 2024, comprado pela Quinta do Lago por €150 milhões, foi a operação de maior relevo dentro do sector hoteleiro. O sector de escritórios perdeu protagonismo para outros sectores, mas ainda contou com a operação de relevo da venda da K-Tower à Real IS, totalizando perto de 345 milhões de euros.

    As recentes reduções das taxas de juro conduziram a alguma aceleração da actividade de investimento. No entanto, já é evidente uma redução das diferenças na negociação dos valores de compra e venda, à medida que as condições de financiamento se tornam mais favoráveis. Daí que também se preveja uma recuperação mais substancial em 2025.

    Em termos prospectivos, espera-se um crescimento significativo do investimento nos sectores residencial e logístico, juntamente com uma recuperação contínua da atractividade do sector dos escritórios. Dado que se avizinham novas reduções das taxas de juro, é provável que se verifique uma compressão das yields prime.

    Pedro Rutkowski conclui que “fechamos 2024 com resultados históricos no sector, e olhamos para 2025 de forma optimista, na expectativa de ver os novos projectos que estão a surgir no mercado. Portugal continua a marcar pontos como destino de excelência para investidores e multinacionais, e estamos certos de que vamos manter este nosso posicionamento.”

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    Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills

    Savills reforça departamento de Building and Project Consultancy & Architecture com duas novas contratações. Filipa Vozone junta-se como Project Management Associate e Luís Alves assume a liderança da área de Due Diligence e Technical Management

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    Filipa Vozone e Luís Alves acabam de integrar o departamento de Building and Project Consultancy & Architecture onde irão assumir posições estratégicas e contribuir para a expansão e inovação das áreas que lideram. Filipa Vozone junta-se como Project Management Associate, trazendo consigo a missão de consolidar a área de Project Management e lançar o segmento de hospitality no departamento. Por sua vez, Luís Alves assume a liderança da área de Due Diligence e Technical Management.

    Filipa Vozone conta com mais de duas décadas de experiência profissional como gestora de projectos imobiliários. Liderou projectos nos segmentos da hotelaria, escritórios e habitação, desde a fase inicial de concepção até à entrega final. A sua formação inclui uma licenciatura em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, uma pós-graduação em Gestão de Projectos pelo Instituto Superior de Economia e Gestão, o Curso Geral de Gestão pela NOVA School of Business & Economics e ainda uma certificação como Project Management Professional (PMP) pelo Project Management Institute.

    Luís Alves apresenta mais de duas décadas de experiência, é licenciado em Engenharia Civil e membro sénior da Ordem dos Engenheiros. A sua trajectória destaca-se pela liderança de equipas multidisciplinares em projecto, fiscalização e direcção de obra, desenvolvimento de áreas de negócio e pela sua capacidade de estabelecer relações sólidas com clientes e parceiros.

    “A Filipa e o Luís trazem uma combinação única de experiência, competências e visão estratégica. Ao longo das suas carreiras, demonstraram ser líderes inspiradores, capazes de transformar desafios em oportunidades. Estou confiante de que a sua contribuição será determinante para fortalecer a nossa capacidade de entrega e elevar ainda mais o padrão de excelência dos nossos projectos. A Savills continua a investir em talento, reafirmando o compromisso com os clientes e a responder de forma ainda mais eficaz aos desafios do mercado”, justifica Joana Rodrigues, BPC & Architecture Director da Savills.

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    Coldwell Banker Portugal reconhecida com Quality Award da Consumer Choice

    Sistema de avaliação em Portugal qualifica marcas de excelência com base na experiência concreta dos clientes. No caso da mediadora, quando solicitados para resumir a experiência com a marca numa só palavra, os clientes destacaram, acima de tudo, a “confiança”, a “honestidade” e a “excelência” como atributos distintivos das agências e dos profissionais

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    A Coldwell Banker Portugal foi distinguida com o Quality Award 2025 da Consumer Choice na categoria de imobiliário. Este reconhecimento atesta o compromisso da marca com a “excelência, tanto a nível de portefólio de imóveis como de serviço e relação com o cliente”, que sustenta a proposta de “uma experiência imobiliária extraordinária”. Além disso, traduz o principal objectivo da marca: “Ser uma referência no sector e defender os interesses dos clientes acima de todos os outros”.

    O sistema Quality Award avalia as marcas com base na experiência real e directa dos consumidores ou clientes, que as classificam em dez dimensões, como o atendimento, a confiança, a qualidade percebida, entre outras. Após a avaliação de 2000 marcas em mais de 300 categorias, nesta que foi a segunda edição dos Quality Awards, os clientes portugueses premiaram a marca Coldwell Banker Portugal com uma notável pontuação global de 91,9%.

    A Coldwell Banker Portugal recebeu uma avaliação consistentemente elevada em todos os critérios. Quando solicitados para resumir a experiência com a marca numa só palavra, os clientes destacaram, acima de tudo, a “confiança”, a “honestidade” e a “excelência” como atributos distintivos das agências e dos profissionais.

    A avaliação dos consumidores permitiu, também, mapear alguns dos principais factores que diferenciam a proposta de valor da marca. A fiabilidade e responsabilidade, a qualidade de atendimento dos consultores, a transparência e a comunicação com o cliente, a exclusividade, a inovação e a ética foram alguns dos pontos referidos.

    “A procura constante pela excelência é um traço marcante do ADN da Coldwell Banker. Desde a chegada da marca a Portugal, em 2017, cada agência tem trabalhado diariamente para oferecer uma experiência imobiliária ímpar. Isto passa pela competência dos nossos consultores, desde logo ao construir uma relação especial com os clientes, mas também por dinamizar acções internas de formação e inovação que nos permitem impulsionar a qualidade em cada etapa da consulta, do aconselhamento e do acompanhamento de um cliente”, refere Frederico Abecassis, CEO da Coldwell Banker Portugal.

    A Consumer Choice está presente em oito países e dois continentes. Em Portugal, é especialista  nos sistemas de avaliação de marcas e o único certificado com ISO 9001, tendo um impacto significativo na decisão de compra dos consumidores.

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    JLL e CBRE comercializam Arquiparque 7

    Arquiparque 7, em Miraflores, fica apenas com três pisos disponíveis, prontos a entrar, num total de 2.400m2. A comercialização foi entregue às consultoras JLL e CBRE

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    O Arquiparque 7, localizado em Miraflores, conta com acessos privilegiados à A5, CRIL ou Avenida Marginal. No edifício, estão ainda disponíveis o quarto, quinto e sétimo pisos, com aproximadamente 900m2, 800m2 e 700m2 respectivamente. São ideais para empresas que procurem espaços prontos a ocupar, com necessidade reduzida de investimento em fit-out.

    O corredor oeste, caracteriza-se pela qualidade dos edifícios com valores de renda muito competitivos face às restantes zonas do mercado de escritórios. Miraflores continua a ser opção para grandes empresas e sedes corporativas.

    “O edifício Arquiparque 7 está bem posicionado em três aspectos essenciais para muitos ocupantes: excelentes acessibilidades e proximidade ao aeroporto e centro da cidade; inserido numa malha urbana que lhe permite estar rodeado de amenities; e por fim uma área total disponível de 2.400m2 que já dá resposta a ocupantes de pequena e média dimensão. É uma opção ideal para qualquer empresa que procure uma renda competitiva e uma entrada praticamente imediata”, considera André Almada, senior director de A&T Offices na CBRE Portugal.

    O Arquiparque 7 tem em curso trabalhos de renovação nas zonas comuns e de melhoramento do edifício. Conta já como inquilinos a L’Oréal, a Vantage Towers e a Parvalorem e está pronto para receber novos ocupantes, de pequena ou média dimensão, que procurem espaços modernos e boas acessibilidades.

    “A procura por espaços de elevada qualidade nesta zona, sobretudo por empresas na área da tecnologia, é um sinal positivo. A verdade é que, após um profundo processo de mudança no mundo do trabalho, as empresas procuram espaços cada vez mais modernos e sustentáveis, com melhores localizações, em edifícios de que os seus colaboradores gostem e em que se sintam bem. As mais recentes renovações em curso no Arquiparque 7 vão exactamente nesse sentido, adaptando este activo às actuais necessidades do mercado” afirma
    Bernardo Zammit e Vasconcelos, head of offices da JLL.

     

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    CBRE: Investimento em imobiliário de rendimento cresceu 44% em 2024

    Hotelaria e retalho, em conjunto, totalizaram 1,6 mil milhões de euros transaccionados e representaram 73% das transacções totais, posicionando-se como os sectores estrela em 2024. Em hotelaria, a consultora adianta ainda que 42% do capital investido é de origem estrangeira

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    A consultora CBRE estima que o investimento em imobiliário comercial de rendimento em 2024 tenha crescido cerca de 44% face a 2023, totalizando mais de 2,3 mil milhões de euros. O investimento distribui-se sobretudo pelas regiões de Lisboa, que captou 50% do montante, Porto com 4% e Algarve que, devido ao enorme dinamismo do sector de hotéis, captou 8% do total do valor investido. Em hotelaria, a consultora adianta ainda que 42% do capital investido é de origem estrangeira.

    A distribuição por sectores posiciona o retalho como sector estrela, nomeadamente com 50% do volume de investimento e hotelaria com 23%, seguidos do sector de escritórios com 14%, residências de estudantes que representaram 8% e os sectores de industrial e logística na cauda da tabela, com 4%. No sector de industrial e logística o baixo volume de investimento captado prende-se sobretudo com a falta de oferta para satisfazer a procura latente.

    As yields têm se mantido geralmente estáveis, no entanto, alguns sectores, como High Street Retail, Centros Comerciais e Residências de Estudantes, já apresentam sinais de compressão. Com a esperada redução do custo do capital próprio e do financiamento, prevê-se que as yields acompanhem essa mesma tendência de descida. No entanto, esta tendência é ainda afectada pelas dificuldades que atravessam países como a Alemanha, França e Reino Unido.

    Durante o ano de 2024, a consultora registou um total de 83 transacções, 17% abaixo do ano anterior. Entre o Top-3 das maiores transacções do ano, a CBRE esteve envolvida na assessoria de duas delas, destacando- se a venda do Conrad Hotel Algarve pela ECS à Quinta do Lago, naquela que foi a maior transacção de sempre de um single-asset hoteleiro em Portugal.

    A consultora adianta ainda que, tendo em conta as transacções que se encontram em fase de due diligence e o pipeline esperado para o resto do ano, 2025 poderá manter-se em linha com o volume de investimento de 2024 ou até apresentar algum crescimento, ainda que ligeiro.

    “2024 foi de facto um ano de recuperação e retoma da confiança face ao ano anterior. Com o recuar da inflação e consequente descida das taxas de juro voltou a registar-se um dinamismo interessante nas transacções o que, aliando aos fundamentos que o nosso país apresenta, imprimiu novamente ritmo no mercado e fez com que os investidores voltassem a considerar de forma séria as oportunidades que Portugal tem para oferecer no mercado imobiliário. Mais uma vez com a venda de centros comerciais e hotéis de renome estes sectores destacaram-se nas suas performances, mas prevemos que a procura por produtos alternativos como as residências de estudantes, saúde e senior living continue a aumentar”, comenta Francisco Horta e Costa, managing director na CBRE Portugal.

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    ‘Atlântico Living’ aposta no mercado residencial em Matosinhos

    Actualmente, a ’Atlântico Living’ tem em desenvolvimento três projectos, com um total de 126 apartamentos, num investimento superior a 25 milhões de euros. Para 2025, a promotora prepara novos empreendimentos na região do Porto

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    A promotora ‘Atlântico Living’ nasce com uma visão “diferenciadora” para o mercado, “inspirada no horizonte e no oceano” e que pretende desenvolver projectos residenciais e comerciais que aliam “conforto, inovação e qualidade”.

    “Com a missão de desenvolver projectos residências e comerciais que se adaptem às novas vivências e necessidades, cada projecto reflecte a evolução do estilo de vida contemporâneo”, afirma os responsáveis da promotora.

    Actualmente, a ’Atlântico Living’ tem em desenvolvimento e em comercialização três projectos situados em Matosinhos, com um total de 126 apartamentos de tipologias T0 a T3, num investimento superior a 25 milhões de euros.

    Para 2025, a promotora prepara novos empreendimentos, reafirmando o seu “compromisso com a transformação do sector imobiliário na região do Porto”.

    Caulinos Residences é o primeiro empreendimento da ‘Atlântico Living’ e já se encontra em fase de construção. Este projecto, pensado para jovens em início de vida independente ou investidores, oferece apartamentos T0 de design “moderno e funcional”. A complementar a componente residencial deste projecto, está também em desenvolvimento o Caulinos Services, um espaço comercial que visa promover a “conveniência e integração local”.

    Ainda em Matosinhos, a promotora apresenta o Eleven, um empreendimento que “redefine” o conceito de viver bem, com apartamentos concebidos para “proporcionar elegância, conforto e experiências residenciais” de qualidade superior.

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    GuestReady inicia operação nos Açores no 1º trimestre de 2025

    A GuestReady pretende montar um centro de operações na ilha de S. Miguel e já tem uma meta estabelecida: alcançar as 200 propriedades sob gestão até ao final de 2026

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    A GuestReady está a preparar-se para abrir operações nos Açores e começar a receber hóspedes no primeiro trimestre de 2025. Com esta decisão estratégica, a gestora de Alojamento Local passará assim a ter operações físicas em todo o território nacional, arquipélagos da Madeira e dos Açores incluídos.
    O sector turístico tem já uma enorme relevância para a região, correspondendo actualmente a 17% do PIB (produto interno bruto) e integrando 17% dos postos de emprego locais, atingindo uma receita total de quase mil milhões de euros, segundo dados comunicados recentemente pela secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.
    Neste panorama, o AL apresenta-se como uma peça-chave valiosa: segundo o Turismo dos Açores, cerca de 42.2% do total de dormidas de 2024, calculadas entre Janeiro e Setembro, corresponderam a reservas em estabelecimentos de alojamento local.

    A GuestReady pretende montar um centro de operações na ilha de S. Miguel e já tem uma meta estabelecida: alcançar as 200 propriedades sob gestão até ao final de 2026.  “Estamos muito entusiasmados com este importante passo que estamos a dar”, adianta Rui Silva, director geral da GuestReady em Portugal. “Temos vindo a estudar o mercado e estamos interessados em expandir, quer organicamente quer pela aquisição de empresas e portfólios locais, algo que já fizemos no passado e que pode ser essencial para o sucesso de uma nova operação. Como aconteceu na Madeira, o objectivo de uma aquisição nos Açores seria a integração de toda a equipa da empresa nas nossas operações, aproveitando o know-how local e as relações já estabelecidas com os clientes”, afirma o responsável.

    Recorde-se que a chegada da GuestReady ao arquipélago da Madeira aconteceu no final de 2022, com a aquisição do portfólio da AYS Madeira Property Management, que neste curto período triplicou de volume e conta agora com mais de cem unidades sob gestão. A equipa de operações local manteve-se desde então, sendo apoiada por toda a operação da empresa nacional, e as relações com prestadores de serviços madeirenses multiplicaram-se para limpezas e manutenção, mas também para concierges, lavandarias e outros serviços.

    A GuestReady está presente em Portugal desde 2018, ano em que comprou a Oporto City Flats. Em 2021 completou a aquisição da The Porto Concierge e, como referido, em 2022 entrou na Madeira com a aquisição do portfólio e operações da AYS Property Management. Em Portugal tem mais de 100 trabalhadores directos e contrata os serviços de várias centenas de outros trabalhadores, quer como prestadores de serviços à GuestReady, quer como funcionários ou prestadores de serviços de empresas parceiras de limpeza, manutenção e lavandaria.

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