Especial “Pavimentos e Revestimentos”: É necessário ser dinâmico para responder ao mercado
Mercados muito dinâmicos com exigências muito próprias. É, sobretudo, este o factor de evolução de novas soluções e de resposta que as empresas devem ter em mente. E têm, apesar do período conturbado que atravessaram. Asseguram que Itália é uma referência neste segmento mas lembram que tecnicamente em Portugal se faz tão bom ou melhor trabalho que no País dos Alpes, apenas perdendo pela geografia. O CONSTRUIR procurou saber junto dos agentes do mercado como respondem aos desafios que têm pela frente
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Diz a sabedoria popular que “é importante manter os pés bem assentes no chão”. Todos entendemos o significado da expressão mas, se tivéssemos que ser minuciosos e rigorosos na sua utilização, não descuraríamos questionar que chão é esse onde os pés assentam? Em rigor, há muito que essa deixou de ser uma questão puramente aleatória pois, para todos os efeitos, não deixa de ser “terreno para pisar”. E é…também. Manter os pés assentes no chão torna-se uma tarefa mais agradável se o terreno que pisamos é firme, está em bom estado de conservação e, o mais possível, se resulta numa opção sustentável. E se estivermos a falar de uma área como a de um shopping ou de um aeroporto, por exemplo, percebe-se a uma escala maior a importância de esta ser uma escolha criteriosa.
As consequências dessas acções podem passar pela abertura de fendas, quebra ou rasgões ou, simplesmente, deformações que representem o fim da sua configuração plana. Todas estas são acções que acarretam, invariavelmente, dificuldades para a limpeza, uma percepção estética negativa, incómodos para quem trabalha, entre outras.
Segmento forte
Sabendo que este é um segmento particularmente forte ao nível da inovação, produção, distribuição e consumo, tentámos perceber, junto dos agentes do mercado, de que forma estão a posicionar-se para responder aos desafios. Ao CONSTRUIR, Isabel Rebelo defende “para nos mantermos competitivos neste sector é necessário que nos adaptemos e que tenhamos consciência que as necessidades do mercado são muito dinâmicas”. Para a responsável de Relações Públicas da Aleluia Cerâmicas, a companhia “adoptou estratégias que vão ao encontro dessa realidade”.
O exemplo italiano
Itália é apontada, com frequência, como exemplo de uma eficaz estratégia sectorial em torno dos cerâmicos. Considerando a qualidade das soluções desenvolvidas em Portugal, Isabel Rebelo assegura que “Portugal e as empresas portuguesas, tem neste momento condições para competir com produto de excepção, com design reconhecido e com soluções de excelência para o sector, contudo a sua condição geográfica é um factor e talvez o maior fortemente penalizante uma vez que se encontra na ponta sul da Europa”. A relações públicas da Aleluia Cerâmicas lembra que “esta condição alavanca os preços de transporte que se reflectem directamente no preço do produto e na margem dos produtores tornando-o menos competitivo face a mercados mais centrais”. “Para ganhar relevo no panorama internacional, Portugal deveria conseguir desenvolver estratégias de cooperação entre as várias empresas existentes que lhe permitissem no seu conjunto criar sinergias e ganhar competitividade ao nível dos transportes”, defende Isabel Rebelo. Já no entender de Emanuel Canelas, “o cluster italiano do sector de produção de pavimentos e revestimentos cerâmicos é o mais importante a nível mundial”. O responsável do departamento de Marketing da Dominó concorda que “hoje são eles os grandes motores da evolução do produto e de criação de novas necessidades”, sobretudo “por ser um sector maduro a cerâmica tem necessidade de se diferenciar sistematicamente para criar novas necessidades e obviar a concorrência”. “A diferenciação muitas vezes reside na capacidade das empresas em acompanhar essa evolução tecnológica mantendo a qualidade e os custos e mudando com a velocidade suficiente para acompanhar as mudanças de paradigma”, diz.
António de Lima concorda que Itália tem um forte papel nas dinâmicas deste segmento de mercado mas, salienta, “é nas oportunidades de chegar a mercados mais fechados e tradicionalmente de referência que ganhamos força e solidez”. O presidente executivo do Group RPI, proprietária da Fabistone, lembra que “a pedra natural reconstituída ganhou um espaço de eleição para aqueles que procuram originalidade, segurança e durabilidade. Capazes de conjugar originalidade e sofisticação, os materiais artificiais investiram nas piscinas, fundiram-se na decoração e ofereceram espaços paisagísticos únicos”. “O efeito decorativo é surpreendente e as possibilidades infinitas. Dentro da enorme oferta existente há um apelo à criatividade que permite a criação de conceitos personalizados e até exóticos. Esta é, pois, a maneira mais simples, segura e elegante de decorar a zona envolvente de uma piscina, jardim, pátio ou mesmo o interior de uma habitação. Tendo o design como o seu expoente máximo, a gama Fabistone está preparada para qualquer tipo de instalação”, diz.
Novidades
Ao nível dos Revestimentos, com a marca Viero a encabeçar a inovação no segmento, “estamos neste momento em fase de lançamento de uma gama de revestimentos decorativos para interior e exterior que, mantendo as suas funções protectoras dos substratos, permitem obter acabamentos diferenciadores e dar resposta a crescentes solicitações de arquitectos e designers que procuram novas formas de diferenciar os seus projectos”.
Isabel Rebelo explica, por sua vez, que a Aleluia Cerâmicas está a trabalhar novas propostas decorativas que vão ao encontro das necessidades dos mercados mais exigentes. “Consideramos mais valias todos os produtos que pela sua qualidade, pelo preço e pelo design colmatam as necessidades do mercado, satisfazendo um cliente cada vez mais informado e exigente”, adianta a relações públicas da Aleluia. Sobre as novidades, o presidente executivo do Group RPI adianta que “o conceito da Fabistone baseia-se no desenvolvimento de produtos com capacidade de oferecer a arquitectos, designers e decoradores, um conjunto de mais-valias exclusivas na área do design e arquitectura”. “Desta forma, foi-lhe possível criar um revestimento, a partir da mesma lógica de produção daquilo que a empresa costuma oferecer. Nascem então, em 2017 os revestimentos Muralis”. “Este produto encontra-se direccionado para quem procura uma solução para projectos arquitectónicos sublimes e de um enorme grau de exigência. O elevado grau de personalização deste produto consegue satisfazer os pedidos mais selectivos, fazendo do Muralis um produto cuja excelência é proporcional à riqueza da técnica que utiliza, ao seu carácter funcional e aos seus irrepreensíveis atributos estéticos”, diz.