Edição digital
Assine já
    PUB
    Imobiliário

    RAR Imobiliária regressa à nova construção com projecto de Souto Moura

    A RAR Imobiliária prepara-se para dar início à construção do empreendimento Quinta do Paço do Lumiar. Um projecto icónico, não só porque conta com arquitectura de Souto Moura, mas também porque simboliza o regresso a novos empreendimentos e na cidade, Lisboa, onde a empresa deu início à sua actividade há 30 anos

    Cidália Lopes
    Imobiliário

    RAR Imobiliária regressa à nova construção com projecto de Souto Moura

    A RAR Imobiliária prepara-se para dar início à construção do empreendimento Quinta do Paço do Lumiar. Um projecto icónico, não só porque conta com arquitectura de Souto Moura, mas também porque simboliza o regresso a novos empreendimentos e na cidade, Lisboa, onde a empresa deu início à sua actividade há 30 anos

    Cidália Lopes
    Sobre o autor
    Cidália Lopes
    Artigos relacionados
    Até Agosto serão lançados 253 concursos no valor de 2500M€
    Construção
    Greenvolt instala painéis solares nos hóteis Highgate
    Empresas
    “A participação da sociologia na arquitectura não se esgota na ‘humanização’ desta última”
    Arquitectura
    Gulbenkian recebe exposição sobre Siza Vieira
    Arquitectura
    AICCOPN aponta “evolução positiva” nos indicadores de actividade na Construção
    Construção
    NBS Summit no Porto, a reabilitação da Ponte Carmona, a Construmat de Barcelona e o Suplemento ReCONSTRUIR na edição 505
    Construção
    Arquitecto Costa Cabral dá nome a Escola do Castelo
    Arquitectura
    Savills/ Predibisa coloca Seven Principles no Porto
    Imobiliário
    AGEFE debate formas de ‘Acelerar Portugal’ e apresenta estudo sobre o mercado
    Empresas
    Corum capta 156 M€ no 1º trimestre e mantém interesse em activos comerciais
    Imobiliário

    A RAR Imobiliária prepara-se para dar início à construção do empreendimento Quinta do Paço do Lumiar. Um projecto icónico, não só porque conta com arquitectura de Souto Moura, mas também porque simboliza o regresso a novos empreendimentos e na cidade, Lisboa, onde a empresa deu início à sua actividade há 30 anos

    Em entrevista ao jornal CONSTRUIR, José António Teixeira, CEO da RAR Imobiliária, fala dos últimos anos da empresa e de como passaram pela crise com “tranquilidade”, assim como do Prémio Personalidade que recebeu recentemente do Salão Imobiliário de Lisboa.

    Prestes a celebrar 30 anos de existência, como foram os últimos anos da RAR Imobiliária?

    A RAR imobiliária comemora, em Dezembro, 30 anos de existência. Diria que, depois de termos atravessado a crise que houve e podermos dizer que ainda aqui estamos é algo muito positivo.  E esta não foi a primeira crise que o grupo atravessou. Começámos a nossa actividade aqui em Lisboa, na altura com dois projectos de referência: Jardim das Laranjeiras, junto ao Jardim Zoológico e no Estoril, com o Parque Palmela.  Posteriormente, virámo-nos para o Norte, nomeadamente para as cidades do Porto e de Matosinhos, onde desenvolvemos vários projectos, sendo que os dois últimos, o Monchique, na zona histórica do Porto e o Edifício do Parque, em Matosinhos, foram considerados, nos respectivos anos, os Melhores Projectos do Ano a nível nacional no SIL, em 2006 e 2007. Entretanto, surge a crise e, felizmente para nós, todos os projectos que tínhamos no momento a desenvolver já estavam construídos.

    Pode-se dizer que a vossa estratégia, relativamente a novos projectos, foi esperar, nomeadamente a Quinta do Paço do Lumiar, que já havia sido anunciado há uns anos?

    Exactamente. Estamos a falar de 2008, 2009 e tínhamos vários projectos em vias de arrancar mas a nossa estratégia, nessa altura, foi não o fazer e aguardar. Consolidar as vendas. Adoptámos medidas que nos pareceram que iriam resultar por forma a contrariar essa dificuldade e o que é certo é que resultaram. E mesmo nos piores anos da crise, que para nós foi em 2011, apresentámos um resultado de 1,5 milhão de euros, isto só na parte imobiliária.

    Quais foram essas medidas?

    Uma das medidas inovadoras foi o arrendamento com opção de compra, que foi uma solução encontrada por forma a dar resposta ao mercado na altura.  Os bancos não estavam a conceder créditos para habitação e as próprias pessoas, que já tinham outras habitações, também estavam com dificuldades em vender. Era dado, portanto, um determinado período, de cerca de dois a três anos para que depois fosse feita a compra.

    Depois, em 2013, quando a maioria dos promotores estava a fazer descontos, nós aumentámos a nossa tabela em 10%. Isso resultou. Dava uma determinada garantia e segurança ao mercado na medida em que quem comprava sabia que aquele imóvel não iria desvalorizar.  Depois, também criámos novas medidas nos chamados arrendamentos normais, ou seja, optámos por arrendar com yields mais elevadas do que aquelas que o mercado estava a praticar.

    Em termos de vendas o que é isso veio favorecer?

    Na altura da crise começou também a aparecer o investidor particular que, como não tinha alternativa para aplicação de capital, dado que os bancos não estavam, e ainda não estão, a remunerar os capitais de uma forma aliciante, optavam, como alternativa, pela aquisição desses activos. O rendimento daqueles imóveis estava assegurado, os imóveis tinham yields muito boas e era mais seguro do que aplicar em produto financeiro. Tudo isto permitiu que tivéssemos atravessado a crise com tranquilidade.

    Como acha que uma empresa se deve defender de uma crise deste género, exactamente por ser cíclica?

    É precisamente aprender com os erros. Todos sabemos que, principalmente aqui em Lisboa, os preços estão a ter uma evolução muito grande. Na minha opinião, poderia ser perigoso se existisse uma bolha imobiliária, o que na verdade não existe. E porquê? Porque este aumento dos preços só se verifica porque não há oferta suficiente. Um dia que se consiga equilibrar estas duas variáveis, os preços ficarão a um nível sustentável. Nitidamente é deixar o mercado funcionar e a procura e a oferta irão equilibrar-se.

    Também a banca está hoje muito mais cautelosa e acho muito bem. Mas também já está a reconhecer que já pode voltar a conceder crédito à habitação, embora acredite que não vá cometer os erros do passado. O mesmo se passa com todos os players do mercado.

    Como acha que teria sido se tivessem optado por avançar com alguns projectos naquela altura?

    Acho que seria complicado porque, primeiro, tínhamos um investimento na construção e no desenvolvimento dos projectos mas não tínhamos a certeza de quanto tempo iria durar a crise. Felizmente, para todos nós, a partir de 2014 as coisas começaram a melhorar e decidimos regressar ao mercado e novamente a Lisboa.

    Porquê o projecto da Quinta do Paço do Lumiar?

    Como decidimos regressar ao mercado de Lisboa, por onde tínhamos começado a nossa actividade, regressámos com este, principalmente por dois motivos: consideramos que é um projecto diferenciador porque não existe em Lisboa condomínios fechados de moradias. Dentro de Lisboa existem condomínios, mas de construção em altura e também, sendo estas moradias para famílias consolidadas, ou seja, com filhos em idade escolar, este condomínio está rodeado por alguns dos melhores colégios de Lisboa. Além disso, é também diferenciador pelo arquitecto que escolhemos, que tem como característica os pátios interiores, o que transmite muito o conceito de refúgio verde dentro de casa. Eu posso estar na minha casa como se estivesse num jardim só para mim.

    Tendo em conta a história do próprio espaço acaba por ser o recriar uma quinta dentro da cidade…

    Exactamente. Isto está classificado no PDM de Lisboa como zona de quintas históricas e na realidade o que fizemos foi pegar numa das quintas, mais de 14 mil m2, e transformá-la numa quinta habitada por 17 famílias, sob o conceito de Art of Living, também aqui a fazer uma associação ao arquitecto Souto Moura.

    Direccionado para o segmento alto, como está a correr até ao momento o seu relançamento e a sua comercialização?

    Bem, na realidade trata-se de um novo lançamento, porque apesar de ter sido anunciado há alguns anos, o projecto não tinha dado entrada na autarquia. E por isso a comercialização só começou quando a Câmara de Lisboa nos comunicou que o projecto estava aprovado, o que só aconteceu em Agosto deste ano. Neste momento, estamos apenas a aguardar a emissão das licenças de construção para podermos iniciar efectivamente a construção. Ora, num período tão curto de tempo, desde Agosto até agora, já vendemos seis moradias, o que consideramos ser muito bom.

    E qual a data prevista para o início da construção?

    Se as licenças de construção estiverem prontas entre o final de Novembro e Dezembro, como está previsto, contamos iniciar a construção logo em Janeiro de 2018.

    Qual o montante de investimento?

    O montante total está na ordem dos 15 milhões de euros, com financiamento próprio, ou seja, com capitais do grupo.

    Ao nível da certificação energética este projecto tem alguma característica inovadora?

    Digamos que ao nível da sustentabilidade energética, reaproveitamento de água residuais ou conforto térmico já é algo que faz parte dos nossos projectos. Contudo, por trabalharmos com a SGS, temos uma grande exigência neste sentido, nomeadamente ao nível do conforto do utilizador, seja térmico ou visual. Neste sentido, vamos ter um grande enfoque ao nível da renovação do ar interior, ou seja, o ar do exterior entra nas moradias através de umas grelhas próprias instaladas nas moradias. Dependendo da temperatura exterior, o ar que passar nas grelhas irá estar à temperatura ambiente para que não seja necessária a utilização excessiva do ar condicionado. Outra característica muito importante é que em todos os espaços onde não existirem janelas haverá uma clarabóia que irá permitir ter muito mais luz natural. A Quinta do Paço do Lumiar, tendo como conceito base as casas pátio, tornaram a introdução destas clarabóias muito mais fácil, mas houve obviamente necessidade de as adaptar de acordo com estas exigências.

    Tem algum tipo de parceria com alguma entidade bancária?

    No caso da Quinta do Paço do Lumiar temos um protocolo com o Santander em que os clientes são financiados quase até 100%, incluindo já o sinal, que corresponde a 20% do valor do imóvel. Obviamente que todos os clientes são alvo de uma análise, tendo em conta sua taxa de esforço. Dado que neste momento vendemos as moradias ainda sem construção, é dada ao cliente uma garantia bancária com o valor do sinal, o que também transmite alguma confiança ao cliente.

    Qual será o próximo projecto da RAR Imobiliária?

    O próximo será no Porto e será a segunda fase do Edifício do Parque. O objectivo será fazer uma ‘colagem’ ao Edifício do Parque I e por isso o nome irá manter-se para ter uma continuidade em termos de linguagem arquitectónica. O projecto não esta ainda feito, mas contamos até ao final do ano ter o arquitecto seleccionado.

    Em que aspectos a segunda fase do Edifício do Parque se vai diferenciar?

    Bem, sendo a RAR Imobiliária certificada em ID&I (Investigação, Desenvolvimento e Inovação) temos que inovar. A primeira fase terminou a construção em 2010 e já na altura era uma referência a nível da eficiência energética. Em sete ou oito anos muita coisa muda e por isso há que inovar. Embora no exterior do edifício o projecto arquitectónico vá manter a ligação com o anterior, o que é certo é que no interior haverá diferenças, tanto em termos de exigências energéticas como do próprio gosto dos consumidores e é isso que vamos tentar passar para o arquitecto.

    E em relação à reabilitação? Algum projecto?

    Neste momento não temos nenhum. Nós fomos pioneiros na reabilitação no Porto com o Monchique, cujo licenciamento foi há mais de 15 anos. Entretanto, adquirimos mais alguns activos no centro do Porto com o intuito de reabilitar, mas foram-nos feitas propostas de tal maneira interessantes que acabámos por vender esses activos.  E isso aconteceu há muito pouco tempo, caso contrário seria uma das nossas apostas.

    Mas o futuro da empresa passa pela reabilitação?

    Consideramos que, sendo o grupo certificado ao nível da sustentabilidade e sendo que a sustentabilidade das cidades passa pela reabilitação, esta é uma área que faz parte da nossa estratégia, nomeadamente nos centros históricos e que se surgir alguma oportunidade voltaremos a apostar. De qualquer forma, a meu ver, a reabilitação de uma cidade não é só em relação ao edificado antigo, mas também pela recuperação e valorização de espaços vazios devolutos ou abandonados nas cidades.

    Além de projectos para habitação, já ponderaram apostar em alguma outra área de negocio?

    Não, por estratégia interna nunca quisemos entrar noutras áreas por considerarmos que são necessárias competências que não temos. Por exemplo, temos um projecto em Vila do Conde – o São Simão da Junqueira – que conjuga componente residencial com hotel de charme e um campo de golfe e ao nível da hotelaria e do golfe vamos trabalhar com parceiros que tenham experiência nessas áreas. A RAR Imobiliária está exclusivamente no segmento residencial.

    Além da Lisboa e Porto tem projectos para outras cidades?

    A RAR Imobiliária aposta em localizações onde exista muita procura e pouca oferta o que é o caso de Lisboa e Porto. Mas temos também projectos pensados para Vila do Conde, como já falei, e Braga mas ainda sem data de arranque. Vai depender da resposta do mercado e neste momento a estratégia é Lisboa e Porto.

    Recebeu recentemente o Prémio Personalidade do SIL. Como vê essa distinção?

    Foi obviamente uma honra, ainda para mais porque foi atribuído por cerca de duas dezenas de pessoas também elas ligadas ao sector imobiliário o que acaba por ter uma importância acrescida. Mas como disse na altura, este premio não é só para mim mas sim para a empresa que não conseguiria alcançar os seus resultados sem a equipa que tem por trás.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
    Mais artigos
    Artigos relacionados
    Até Agosto serão lançados 253 concursos no valor de 2500M€
    Construção
    Greenvolt instala painéis solares nos hóteis Highgate
    Empresas
    “A participação da sociologia na arquitectura não se esgota na ‘humanização’ desta última”
    Arquitectura
    Gulbenkian recebe exposição sobre Siza Vieira
    Arquitectura
    AICCOPN aponta “evolução positiva” nos indicadores de actividade na Construção
    Construção
    NBS Summit no Porto, a reabilitação da Ponte Carmona, a Construmat de Barcelona e o Suplemento ReCONSTRUIR na edição 505
    Construção
    Arquitecto Costa Cabral dá nome a Escola do Castelo
    Arquitectura
    Savills/ Predibisa coloca Seven Principles no Porto
    Imobiliário
    AGEFE debate formas de ‘Acelerar Portugal’ e apresenta estudo sobre o mercado
    Empresas
    Corum capta 156 M€ no 1º trimestre e mantém interesse em activos comerciais
    Imobiliário
    PUB
    Imobiliário

    Savills/ Predibisa coloca Seven Principles no Porto

    Para supervisionar e fomentar o crescimento da empresa alemã de IT em Portugal, foi nomeado um director da Unidade do Porto, Marco Lizardo. O imóvel encontra-se, actualmente, em fase de reabilitação, de modo a ficar dotado de meios para garantir um “elevado nível de qualidade” dos espaços de trabalho

    CONSTRUIR

    A Savills/Predibisa anuncia a abertura do novo escritório da Seven Principles, uma empresa alemã da área de IT, especializada em Managed Services e Desenvolvimento de Software, no “Edifício Bridge”, no número 819 da Rua Sá da Bandeira, no Porto.

    O imóvel encontra-se, actualmente, em fase de reabilitação, de modo a ficar dotado de meios para garantir um “elevado nível de qualidade” de espaços de trabalho, numa área de cerca de seis mil metros quadrados.

    Segundo Reiner Moser, director-geral da Seven Principles Portugal, a escolha de Portugal para a expansão da tecnológica, teve em conta as “excelentes oportunidades” aqui encontradas, nomeadamente, o “profissionalismo” dos especialistas locais em IT, aliado à sua “mentalidade cosmopolita” o que facilita a colaboração com equipas internacionais.

    “Hoje, estamos confiantes de que tomámos a decisão certa ao encontrar um edifício como este, com excelente exposição solar, que garante a presença da luz natural durante todo o dia, além de todas as comodidades existentes nas zonas adjacentes ao “Edifício Bridge”, afirma.

    De salientar que, para supervisionar e fomentar o crescimento da empresa em Portugal, foi nomeado um director da Unidade do Porto, Marco Lizardo, com conhecimento abrangente do mercado local, da legislação e de redes estabelecidas em universidades na região Norte do País.

    Os futuros projetos com origem na Alemanha serão maioritariamente desenvolvidos e suportados com talentos baseados em Portugal. Com operações desenvolvidas maioritariamente em trabalho remoto, o escritório está equipado para apoiar um crescimento da equipa em Portugal até 120 pessoas, tendo 25% de presença diária nas instalações.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    Miguel Costa Santos, Country Manager da Corum Portugal

    Imobiliário

    Corum capta 156 M€ no 1º trimestre e mantém interesse em activos comerciais

    Com este volume de novas subscrições, o Grupo elevou o valor sob gestão para cerca de 7,8 MM€, dos quais 6,20 MM€ estão aplicados em activos como supermercados, armazéns, hotéis ou escritórios

    CONSTRUIR

    A Corum Investments manteve um elevado ritmo de captação de poupanças durante os primeiros três meses de 2024, tendo “atraído” mais 156 milhões de euros de pequenos e grandes aforradores.

    Depois do recorde de um pouco mais de mil milhões de euros captados em 2023, a Sociedade de Investimento Imobiliário, de origem francesa, manteve um forte volume de novas entradas no arranque deste ano, atraindo 64 milhões de euros para aquele que foi o produto de lançamento no mercado em 2012, o Corum Origin, dividindo-se os restantes 92 milhões entre o Corum XL e o Corum Eurion.

    Com este volume de novas subscrições, o Grupo elevou o valor sob gestão para cerca de 7,8 mil milhões de euros, dos quais 6,20 mil milhões estão aplicados em activos imobiliários comerciais, que continuam a ser a estratégia de investimento, nomeadamente, supermercados, armazéns, hotéis ou escritórios.

    “Sentimos a enorme confiança que os aforradores europeus, muitos deles portugueses, têm na gestão que fazemos para rentabilizar as suas poupanças”, refere Miguel Costa Santos, country manager da Corum Portugal, salientando que a captação no mercado nacional está a crescer, mas tenderá a ser reforçada com o objectivo já anunciado de abrir a distribuição dos fundos à rede das instituições financeiras nacionais.

    “A abertura de novos canais de distribuição contribuirá para a democratização do acesso a novos instrumentos de poupança com retornos potenciais atractivos por parte dos portugueses”, acrescenta o Country Manager, lembrando que é possível investir nos fundos da Corum por apenas 1.135 euros, no caso do Origin, ou mesmo 195 euros, no caso do XL, com a possibilidade de realizar reforços mensais de apenas 50 euros. O objectivo da gestora é o de alcançar rendibilidades de 6% e 5%, no Origin e no XL, respectivamente.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Depois de Lisboa e Porto, Braga é a capital de distrito com mais oferta de nova habitação

    Concelho minhoto contabiliza mais de 1.000 novos fogos com pedido de licenciamento em 2023 e licenciou outras 1.000 unidades no decurso do ano, mostram os resultados do Observatório Urbano de Braga

    CONSTRUIR

    Braga é a capital de distrito com maior dinâmica na criação de nova oferta residencial, a seguir às capitais metropolitanas de Lisboa e Porto, concluem os mais recentes resultados do Observatório Urbano de Braga. Uma parceria entre a Confidencial Imobiliário e a Câmara Municipal de Braga, esta plataforma reúne as principais estatísticas referentes ao mercado residencial deste concelho, com actualizações trimestrais de indicadores de oferta e procura de habitação, bem como de preços e rendas.

    A cidade minhota está definitivamente na rota dos promotores imobiliários, destacando-se, além de Lisboa e Porto, como a capital de distrito com maior volume de fogos com pedido de licenciamento em 2023. Apenas aquelas duas capitais distritais, com pipelines em 2023 na ordem dos 2.400 a 2.500 fogos, superam a dinâmica de Braga, onde se registaram pedidos para o licenciamento de 1.062 novos fogos no decurso do ano passado. As restantes capitais de distrito colocam os pipelines entre um máximo de 805 fogos contabilizados em Leiria e um mínimo inferior a 50 fogos em Portalegre. Cidades com forte vocação universitária, empresarial e/ou turística, como Aveiro e Coimbra, apresentam pipelines na ordem dos 600 e dos 500 fogos, respectivamente.

    Braga evidencia-se ainda pela capacidade de concretização das intenções de investimento em nova promoção. Em 2023, por cada novo fogo que deu entrada com pedido de licenciamento, a autarquia licenciou outro fogo, contabilizando-se no decurso do ano passado 1.089 fogos licenciados no concelho. Ainda que, em termos absolutos fique abaixo de Lisboa e Porto, este volume reflecte um rácio fogos em pipeline/fogos licenciados superior a qualquer dessas duas outras cidades. Em Lisboa, o número de fogos licenciados em 2023, num total de 1.115 unidades, equivale a metade do pipeline de novos fogos que deram entrada com pedido de licenciamento (2.359). No Porto, foram licenciados 2.050 fogos em 2023, menos que os 2.469 que entraram em pipeline.

    “Na prática, as dinâmicas de licenciamento mostram-nos que Braga tem tido a capacidade de licenciar ao mesmo ritmo que os promotores lançam novos investimentos. Num momento em que, no geral, a falta de oferta continua a ser um dos principais constrangimentos do mercado e em que os licenciamentos são apontados como um dos grandes obstáculos ao crescimento mais rápido da oferta, esta dinâmica coloca Braga numa posição privilegiada para atracção de mais residentes e mais investimento imobiliário”, comenta Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

    Já para João Rodrigues, vereador do Planeamento e Ordenamento, Gestão Urbanística, Regeneração Urbana, Habitação, Inteligência Urbana e Inovação Tecnológica, da Câmara Municipal de Braga, “estes números vêm demonstrar a dinâmica de resposta que o Município de Braga tem imprimido à sua actuação, enquanto entidade licenciadora, perante as questões que hoje se levantam com a habitação. Para além do número de fogos licenciados, julgo ser de realçar a enorme capacidade de resposta que os serviços de urbanismo do Município têm demonstrado perante a demanda. Na prática, podemos considerar, em termos absolutos, que a cada pedido novo que deu entrada durante o ano, outro foi resolvido – e isto é muito importante. Significa que temos, do lado da entidade pública, a capacidade de resposta que hoje o mercado e os investidores procuram e que servem de factor decisivo ao investimento”.

    O preço é outro dos argumentos de Braga. Com vendas a uma média de 1.677€/m2 no 4º trimestre de 2023, a cidade tem preços abaixo de sete outras capitais de distrito. Num raio de influência geográfica mais próximo, destaca-se a diferença de -44% face ao preço médio praticado no Porto, onde as vendas no mesmo período se fizeram por 2.980€/m2. Além disso, mantém-se mais barata do que outras capitais de distrito com vocações universitárias e/ou empresariais, como Coimbra e Aveiro, onde as práticas de preços estão entre os 1.800€/m2 e os 2.000/m2.

    Relativamente à evolução dos preços, Braga registou uma valorização de 16,6% em 2023, uma subida que permanece em patamares elevados, mas que desacelera face aos 18,2% de aumento observado em 2022.

    Ao nível das rendas, Braga é igualmente uma das capitais distritais mais competitivas. Com uma renda média contratada de 8,9€/m2 no 4º trimestre de 2023, pratica rendas mais acessíveis que outras seis capitais distritais, incluindo Porto (-41%) e Coimbra e Aveiro (-14%). Sem prejuízo, a falta de oferta para arrendamento tem pressionado as rendas em alta, com uma subida anual de 17,7% em 2023 nos valores praticados nos novos contratos, em aceleração face ao crescimento de 12,7% registado em 2022.

    O Observatório Urbano de Braga é uma plataforma de agregação e divulgação dos principais indicadores do mercado residencial deste concelho, resultado de uma parceria entre a Câmara Municipal de Braga e a Confidencial Imobiliário.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Cushman & Wakefield e Worx comercializam Edifício Jean Monnet 1

    A Cushman & Wakefield e Worx Real Estate Consultants foram mandatadas pela Sonagi para o arrendamento de aproximadamente 4.000m2 no edifício Jean Monnet 1, situado junto à Avenida da Liberdade, em Lisboa. O edifício é utilizado, actualmente, como sede do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia na capital portuguesa

    CONSTRUIR

    O imóvel é composto por 12 pisos destinados a escritórios e serviços, e, tal como referido anteriormente, fica próximo de uma das principais artérias da cidade de Lisboa, a Avenida da Liberdade, o que lhe garante a proximidade com o retalho de luxo, hotéis, serviços, sedes de grandes empresas e transportes públicos.

    Actualmente, o edifício é utilizado como sede do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia na capital portuguesa e encontra-se numa profunda remodelação, após a compra de mais de 70% do edifício por parte da Sonagi.
    Esta remodelação tem como c adaptá-lo às novas tendências de trabalho, mas também ao nível da sustentabilidade, sendo objectivo do proprietário uma certificação Breeam Gold.

    “Estes escritórios representam uma óptima oportunidade para as empresas que queiram desenvolver a sua actividade numa das principais avenidas de Lisboa, uma vez que existem poucos espaços desta dimensão, e qualidade, numa zona tão procurada quanto a Avenida da Liberdade”, sublinha Afonso Almeida Fernandes, consultor sénior da Cushman & Wakefield.

    Por sua vez Jorge Telles de Carvalho, consultant da Worx Real Estate Consultants, não tem dúvidas de que este “é um dos activos mais emblemáticos actualmente disponíveis na Prime CBD. A reabilitação em curso irá torná-lo num produto de referência, para todas as empresas que procuram aliar qualidade de instalações a uma localização de prestígio.”

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Investimento imobiliário regista aumento de 8% com o mercado de escritórios a destacar-se

    Volume total de investimento situou-se nos 273 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, o que significa um aumento de 8% face ao mesmo período do ano passado. Escritórios lideraram e tiveram um peso de 36% no volume total do investimento, com Lisboa a registar o melhor trimestre de sempre ao nível de ocupação

    CONSTRUIR

    A consultora CBRE acaba de lançar os ‘Figures’, relatórios trimestrais que analisam a performance nacional do sector imobiliário comercial em diferentes segmentos: investimento, escritórios, logística e retalho.

    Neste primeiro trimestre do ano, em termos de investimento imobiliário, conclui-se que a confiança no mercado português se mantém sólida, com várias transacções relevantes a serem executadas, num total de 273 milhões de euros, o que significa um aumento de 8% face ao período homólogo. Os hotéis, residências de estudantes e centros comerciais são as classes de activos que continuam a estar no topo das preferências dos investidores em 2024, segundo esta análise. À semelhança de 2023, os segmentos de hotelaria e retalho destacam-se pelo seu desempenho muito positivo, captando no seu conjunto 60% do volume total investido.

    “Os dados mostram-nos que o mercado imobiliário português está a recuperar relativamente ao ano passado, o que é bastante positivo, sabendo nós que ainda estão em cima da mesa várias transacções muito relevantes que esperamos fechar ao longo deste ano. Na nossa análise detectamos também que mais de 80% do volume a ser investido em 2024 será por investidores estrangeiros”, afirma Francisco Horta e Costa, CEO da CBRE Portugal.

    Com um peso de 36% no volume total de investimento, o sector dos escritórios destaca-se no primeiro trimestre de 2024, sobretudo devido à venda da K- Tower pela Krest Investments a um fundo alemão.

    Neste segmento, as rendas prime mantiveram-se estáveis relativamente ao anterior trimestre, situando-se nos 28€/m2 em Lisboa e 19€/m2 no Porto. Já ao nível de ocupação, Lisboa registou o seu melhor trimestre de sempre, com 74.000 m2, sendo 75% deste take-up protagonizado pelo sector da banca, com destaque para ocupação da Caixa Geral de Depósitos no edifício WellBe e a mudança do Banco de Portugal para o antigo edifício Marconi em Entrecampos. Acompanhando a recuperação deste segmento, o mercado do Porto conseguiu duplicar a área ocupada face ao mesmo período do ano passado, com 18.000 m2, principalmente graças a empresas internacionais, responsáveis por 70% da ocupação.

    Já o sector do retalho totalizou 32% do investimento imobiliário no primeiro trimestre, no valor de 86,5 milhões de euros. As principais aberturas foram de estabelecimentos de Food&Beverage, tanto em Lisboa, como no Porto, registando-se no total 34 novas aberturas de comércio de rua em Lisboa e 16 no Porto.

    Destaca-se também a abertura de um novo retail park no país – Fábrica do Cobre Retail Park – estando prevista a conclusão de outros projectos deste género até ao final do ano. No que respeita aos centros comerciais, e face ao período homólogo, a CBRE observa um aumento de 9,5% das vendas nos centros comercias que estão sob sua gestão, bem como de 10% no footfall (número de visitantes).

    A análise da CBRE conclui também que o investimento no sector logístico ultrapassou os  9 milhões de euros, alavancado por duas operações de maior escala. Contudo, o take-up de logística recuou 85% face ao mesmo período do ano passado, registando uma ocupação de apenas 23.350 m2. Este decréscimo é explicado pela falta de oferta desta classe de activos que, por sua vez, tem vindo a pressionar a renda prime, que atinge  agora os 6€/m2 neste segmento.  Contudo, a mesma análise indica que é expectável que chegue ao mercado novo produto logístico, o que incrementará consideravelmente o take-up nos próximos meses.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Condomínio Jardim das Oliveiras nasce no centro da Maia

    Arranca em Julho, na Maia, a construção do condomínio Jardim das Oliveiras, formado por 13 apartamento e dois espaços comerciais. O novo empreendimento é comercializado em exclusivo pela agência imobiliária Medium

    A promoção e a construção do condomínio Jardim das Oliveiras estão a cargo da empresa Leçamares Engenharia e Construção. O arranque dos trabalhos de construção está previsto para o terceiro trimestre de 2024, enquanto a conclusão está prevista para o início do segundo semestre de 2026.

    “O condomínio Jardim das Oliveiras representa uma oportunidade única de viver num ambiente requintado e elegante, em pleno centro da Maia”, afirma Teresa Teixeira, directora de vendas da Medium.

    Sobre a localização, Teresa Teixeira considera que “é a melhor posição relativamente ao centro da Maia e à zona escolar e desportiva da cidade”. Além disso, há acessos privilegiados à A41, à Via Norte e à estação do metro do Porto. O empreendimento situa-se também a 8 minutos do Aeroporto Francisco Sá Carneiro e a 15 minutos da cidade do Porto.

    Os 13 apartamentos são de tipologias T2 e T3 e possuem áreas entre 88,2 metros quadrados e 134,30 metros quadrados. Os dois espaços comerciais são duas lojas com 31,8 metros quadrados e 54 metros quadrados.

    Como espaços comuns para o lazer e bem-estar dos residentes, o condomínio oferece um jardim comum de 800 metros quadrados, o qual inclui uma piscina de 75 metros quadrados, que será de acesso exclusivo para os moradores. “É uma proposta residencial sofisticada e contemporânea”, descreve a directora de vendas da Medium. Cada apartamento será equipado com um painel fotovoltaico para a produção de energia sustentável. As cozinhas serão entregues totalmente equipadas, com frigorífico combinado, forno com micro-ondas de encastrar, exaustor, placa de indução e máquina de lavar louça. “É um empreendimento projectado com alto padrão de qualidade”, resume Teresa Teixeira.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

    Mais artigos
    Imobiliário

    Keller Williams Portugal cresce 18% nos primeiros meses de 2024

    A empresa de formação, coaching e tecnologia facturou 14,3 milhões de euros durante o primeiro trimestre de 2024, um crescimento de 18% comparativamente ao mesmo período do ano passado. Março revelou ser melhor mês de sempre da KW em Portugal

    CONSTRUIR

    A Keller Williams Portugal terminou o primeiro trimestre na marca dos 14,3 milhões de euros mantendo-se, assim, em contraciclo com o sector, com um crescimento de 18%, só entre Janeiro e Março.

    O primeiro trimestre de 2024 registou, ainda, um aumento no número de transacções: mais 14% que no período homólogo. 80% destas transacções estiveram ligadas a processos de compra e venda.

    Para Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal, “este será um ano desafiante. Fechámos 2023 conscientes dos desafios do mercado e com a noção de que temos de continuar a trabalhar afincadamente para nos mantermos a crescer acima do mercado. Foi, por isso, com satisfação acrescida que recebemos os resultados do primeiro trimestre: mais de 14 milhões de euros em três meses e 18% de crescimento relativamente ao mesmo período do ano passado”.

    Destaque para Março de 2024, o melhor mês de sempre da Keller Williams em Portugal. Ao crescimento em facturação, junta-se o crescimento em número e em valor das angariações e um aumento de 40% no volume de negócio da intermediação de crédito.

    “Nunca é demais lembrar que este desempenho de que agora nos orgulhamos só é possível graças à nossa cultura de aposta na antecipação. O modelo de negócio da Keller Williams assenta numa minuciosa preparação e aposta em modelos e sistemas já testados e, por isso, os frutos que hoje colhemos são consequência de anos de formação, aperfeiçoamento tecnológico e monitorização”, conclui Marco Tairum.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    Puro Conceito | Audiovisual Production | Photography & Videography Agency
    Lisboa, Portugal
    +351 965236922
    Instagram: https://www.instagram.com/puroconceito/
    Facebook: https://www.facebook.com/puroconceito/

    Imobiliário

    “A sustentabilidade é a espinha dorsal de um negócio duradouro”

    Quinta do Alverde, um investimento de 25 milhões de euros, irá criar 61 novos apartamentos em Oeiras. O projecto da promotora AM48 distingue-se pelas áreas verdes, quase metade dos 10000 m2 serão de jardim, numa altura em que o sector reconhece e assume a sua quota de responsabilidade na defesa da sustentabilidade

    Menos de um ano depois de ter lançado o megaprojecto Foz de Prata, em Aveiro, que compreende um investimento global de 150 milhões de euros, a promotora AM48 regressa aos investimentos a Sul, mais concretamente à área metropolitana de Lisboa, com o projecto Quinta do Alverde. O investimento no valor de 25 milhões de euros irá criar 61 novos apartamentos, de tipologia T1 a T4, com dimensões entre os 50m2 e os 267 m2, divididos por dois edifícios. O projecto tem a assinatura do jovem atelier de Aveiro, Green Trace e a sua conclusão está prevista até o primeiro semestre de 2027.

    Em entrevista ao CONSTRUIR, Alejandro Martins, CEO da AM48, fala sobre este projecto e sobre a responsabilidade e preocupação do sector com a sustentabilidade defendendo que esta “não se resume apenas à eficiência energética ou à escolha de materiais de construção mais ecológicos. As preocupações de sustentabilidade no imobiliário envolvem, por exemplo, o planeamento consciente do uso do solo e a integração de espaços verdes”, afirma.

    Quinta do Alverde integra, assim, a carteira da promotora, que conta já com uma actividade de três décadas nas áreas residenciais, comerciais e turísticos. Ópera LX, FOCUS LX, The Boulevard, Santa Joana, Promenade e Foz de Prata.

    O empreendimento Quinta do Alverde é um projecto a pensar na classe média/média alta?

    A Quinta do Alverde é um projecto pensado para quem valoriza a inovação, sustentabilidade e uma construção de nível superior que, neste caso, estão perfeitamente visíveis. Foi pensado para quem procura uma vivência de enorme qualidade, não apenas no próprio condomínio com todas as suas amenities e espaços verdes, ou na sua envolvência com mais espaços verdes e de comércio, como em tudo o que os dois concelhos circundantes, de Oeiras e Lisboa, têm para oferecer.

    Quem são os seus arquitectos?

    O projecto de arquitectura esteve a cargo do arquitecto Gustavo Barros, da Green Trace.

    Que características salienta deste projecto?

    A Quinta do Alverde insere-se entre os concelhos de Lisboa e de Oeiras, rodeada de natureza e espaços verdes, permitindo uma centralidade e qualidade de vida únicas. As fracções têm áreas generosas, espaços exteriores, como varandas ou terraços, e acabamentos de enorme qualidade. O condomínio conta ainda com extensos jardins, estacionamento privativo subterrâneo com zonas de carregamento eléctrico, áreas exclusivas de lazer e serviços de conveniência e bem-estar, como ginásio, piscinas, sauna, lavandaria ou espaço pet care. Para além de todas estas vertentes, é um projecto com certificação LEED, uma certificação americana das mais reconhecidas a nível internacional, o que se traduz numa redução mensal dos custos de condomínio, água, electricidade e gás e condições mais favoráveis de financiamento em algumas instituições financeiras.

    Sustentabilidade: o novo driver

    Como olham, enquanto promotores, para os novos sistemas construtivos que vão surgindo no mercado e a sua adaptação/utilização nos vossos projectos?

    O sector imobiliário está em constante evolução e, à medida que a tecnologia avança, surgem novas oportunidades para tornar os edifícios mais sustentáveis, inteligentes e eficientes. No entanto, ainda há muito que pode ser feito para alcançarmos a inovação e automatização no sector. O conservadorismo do sector e o acesso a mão de obra barata leva a que a adopção de novas tecnologias encontre resistências e seja lenta. A industrialização destas melhorias tecnológicas a introduzir, implica repensar o projecto desde a sua fase conceptual.

    A preocupação com a sustentabilidade no sector imobiliário surge no seguimento da consciencialização dos impactos, e na compreensão de que, no sector imobiliário, a sustentabilidade não se resume apenas à eficiência energética ou à escolha de materiais de construção mais ecológicos. As preocupações de sustentabilidade no imobiliário envolvem, por exemplo, o planeamento consciente do uso do solo e a integração de espaços verdes.

    Soluções como a construção modular e impressão 3D (módulos pré-fabricados que reduzem o desperdício, o tempo de construção e os recursos), robótica avançada (máquinas que realizam tarefas repetitivas ou perigosas) ou realidade aumentada em obra (sobreposição interactiva de projecto com a execução, permitindo projectar tarefas a executar no tempo e no espaço) estão na linha da frente da revolução.

    E isso é incorporado pela empresa de que forma?

    A AM48 tem consciência da responsabilidade que cabe à empresa na promoção de edifícios com o melhor desempenho ambiental, social, económico e de sustentabilidade. Neste contexto, desenvolve soluções e serviços que procuram elevar os padrões de qualidade da sua actividade a novas dimensões. Acreditamos que a sustentabilidade é a espinha dorsal de um negócio duradouro e, por isso, é uma prioridade a todos os níveis da AM48, reflectindo o seu compromisso não só com o meio ambiente, mas também com a responsabilidade social corporativa. Estamos determinados a liderar pelo exemplo, adoptando práticas que promovam um impacto positivo global.

    A AM48 teve os seus empreendimentos em Lisboa, que acompanhámos, lançou no final do ano passado em Aveiro o Foz da Prata e agora Oeiras. Projectos distintos, em locais distintos, para clientes distintos… é assim? O Foz da Prata é um ambicioso projecto, como está a correr?

    Através dos nossos empreendimentos, queremos gerar um impacto positivo nos nossos clientes, na comunidade, ambiente e ecossistema. Aquilo que une os projectos aos quais nos dedicamos é a inovação, elevada qualidade e sustentabilidade. Desta forma, e sempre ajustado à cultura local e envolvência, pretendemos promover o desenvolvimento urbano, as cidades sustentáveis e novas formas de viver os espaços.

    O Projecto Foz de Prata é, de facto, muito ambicioso, contando com uma unidade hoteleira, uma média superfície e outras zonas de comércio, serviços e lazer, além da componente habitacional.  Foi lançado em Setembro do ano passado e está a correr muito bem. As obras de urbanização estarão terminadas no final deste ano, estamos em negociações com uma marca internacional de primeira linha para o Hotel e iremos lançar fracções ao longo dos próximos meses.

     

    A quinta do Alverde

    Ocupando uma área de 10 mil m2, dos quais 4.600 m2 serão de jardim a Quinta do Alverde está inserida na fronteira entre Lisboa e Oeiras, ladeada pela natureza e áreas verdes, desfrutando de uma localização central e estratégica. O condomínio destaca-se pelas áreas generosas das fracções e varandas, numa arquitectura moderna e sustentável sobre um amplo manto verde, que privilegia a ligação e vivência com a natureza. Possui extensos jardins, estacionamento privativo subterrâneo com zonas de carregamento eléctrico e áreas exclusivas de lazer e serviços de conveniência e bem-estar, como ginásio, piscinas, sauna, lavandaria ou espaço pet care.

    A proximidade ao Jardim da Outurela e ao seu complexo desportivo e será explorada por uma passagem exclusiva que liga as áreas verdes do condomínio à natureza envolvente.

    A promotora desenvolveu uma acção de reabilitação nos edifícios circundantes ao projecto Quinta do Alverde, através da limpeza, tratamento e pintura de fachadas e outras estruturas como chaminés, caleiras, estendais e espaços comuns de edifícios, com a reabilitação da praceta. Foi uma acção com um investimento exclusivo da AM48 e que terá impacto em 20 fogos em quatro edifícios.

    O projecto tem ainda certificação LEED, a creditação mais valorizada internacionalmente no âmbito da sustentabilidade, com características que permitem reaproveitar 50% a água, reduzir em -75% os resíduos de construção, aumentar em +10% a economia energética e ter apartamentos com classificação energética A/A+.

    A comercialização do empreendimento está entregue à Castelhana Real Estate e à Sotheby’s.

     

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

    Mais artigos
    Imobiliário

    Universidade Europeia é o primeiro inquilino do Oriente Green Campus

    Sendo que a Universidade vai ocupar quase metade do edifício, foi necessário alterar a infraestrutura, o que resultou em dois edifícios autónomos, cuja conclusão das obras está prevista para o segundo trimestre de 2024

    CONSTRUIR

    O Grupo Europa Education, do qual faz parte a Universidade Europeia, o IADE e o IPAM, é o primeiro ocupante do Oriente Green Campus, um edifício de escritórios localizado junto ao Parque das Nações, detido pelo Fundo Multiusos Oriente, que representa a Orion Capital Managers e gerido pela Norfin SGOIC.

    Sendo que a Universidade Europeia vai ocupar quase metade do Oriente Green Campus, foi necessário proceder a algumas alterações, nomeadamente a criação de duas alas independentes para que possa, assim, acomodar tanto a Universidade, como outras empresas que ali se instalarão.

    Henrique Rodrigues da Silva, COO do Grupo Norfin, refere que “estamos muito satisfeitos por termos um estabelecimento de ensino, com dimensão internacional, como é o caso do grupo da Universidade Europeia. As necessidades do inquilino fizeram com que fossem feitas alterações na infraestrutura, o que resulta em dois edifícios autónomos dentro do Oriente Green Campus”.

    Também Gauthier Renaud, partner da Orion Capital Managers, refere que esta parceria sublinha o “compromisso” em apoiar a “excelência educacional” através de um edifício sustentável e inovador.

    “Este mandato inicial, que ocupará uma secção independente do edifício, marca um passo significativo em direcção ao reposicionamento bem-sucedido do activo que, em breve, também acomodará inquilinos corporativos de primeira linha”, acrescenta.

    Com previsão de conclusão de obras para o segundo trimestre de 2024, o Oriente Green Campus conta com uma área interior total de 42,100 metros quadrados (m2) e ainda 19,700 m2 de zonas exteriores. Idealizado para estar na “vanguarda da sustentabilidade”, com certificações LEED Platinum e WELL Platinum, com a eficiência energética e o wellbeing no topo das suas prioridades, o edifício beneficiará, ainda, um food court, ginásio, auditório, parque para bicicletas, balneários, bem como um terraço como um café ao ar livre.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Imobiliário português com desempenho estável no 1º trimestre do ano

    De acordo com o estudo da JLL os escritórios foram a excepção à tendência transversal de estabilização, com níveis de ocupação em forte aceleração. Volume de investimento e desempenho de habitação, hotelaria e retalho sustentam padrões do ano passado

    CONSTRUIR

    No 1º trimestre de 2024, o mercado imobiliário português teve um desempenho idêntico ao do mesmo período de 2023 na generalidade dos sectores, conclui a JLL no seu mais recente estudo trimestral Market Pulse. Esta tendência observou- se quer no mercado de investimento comercial quer nos segmentos transaccionais de habitação, hotelaria, retalho e logística. A excepção foi o sector de escritórios, onde a actividade cresceu consideravelmente face ao ano anterior. De destacar ainda que, em parte dos sectores analisados, a escassez de oferta disponível para ocupação imediata continua a criar condições para o crescimento de preços e rendas, mesmo num cenário de procura menos expansiva.

    “Já se esperava um início de ano com actividade moderada. Este é sempre um período de maior expectativa em relação à evolução da economia, especialmente devido à inflação e às subidas das taxas de juro. A realização das eleições contribuiu para aumentar a incerteza que naturalmente já predomina no arranque do ano, levando a que os agentes económicos se mostrassem mais cautelosos nas suas decisões de investimento. A resposta do mercado a um maior nível de incerteza foi a de “esperar para ver”, quer no mercado comercial quer no residencial”, explica Joana Fonseca, Head of Strategic Consultancy & Research da JLL.

    No 1º trimestre deste ano, foram investidos 260 milhões de euros em imobiliário comercial, pouco diferindo quer do mesmo período do ano passado (-5%) quer da média dos últimos três anos (+6%). No sector hoteleiro, o número de hóspedes e dormidas nos dois primeiros meses do ano apresentam ligeiras melhorias face a 2023 (5% e 3%, respectivamente), bem como os níveis de ocupação, que atingiram 60% em Lisboa e 53% no Porto no 1º trimestre, em ambos os casos mais dois pontos percentuais que no 1º trimestre de 2023. Na habitação, a JLL estima que a procura neste trimestre seja ainda ligeiramente inferior à do trimestre homólogo, contudo, a tendência mais recente é de estabilização nos níveis de transacção, destacando-se ainda uma boa dinâmica das vendas em planta para projectos diferenciados e também a manutenção de actividade entre os compradores internacionais. No retalho, as vendas também sinalizam uma variação residual da ordem de 0,5%, destacando-se a estabilidade operacional dos diferentes formatos de imobiliário de retalho.

    O segmento de escritórios destaca-se dos restantes pela positiva, registando uma recuperação assinalável face ao ano anterior, com take-up a mais que duplicar quer em Lisboa quer no Porto, com 73.700 m2 e 18.000 m2 tomados, respectivamente. De assinalar ainda o comportamento do imobiliário industrial e logístico, no qual a ocupação apresenta uma quebra homóloga de 20%, embora em resultado da falta de oferta para absorver, já que as rendas continuaram a subir.

    De acordo com Joana Fonseca, “a escassez de imóveis disponíveis e adequados aos requisitos da procura continua a influenciar o comportamento do mercado nos mais diversos segmentos. Por isso, apesar de um natural abrandamento da procura do último ano, não se assiste a ajustamentos em baixa de preços e rendas registando-se mesmo subidas de valor em alguns segmentos. Isso é especialmente visível na habitação, na logística e na hotelaria, enquanto sectores como os escritórios e o retalho sustentam as suas rendas prime em níveis bastante robustos”.

    Na hotelaria, as diárias médias estão em níveis máximos para este período do ano em Lisboa (139€) e Porto (99€), com impacto nos RevPAR, que atingiram, 83€ e 52€, respectivamente. Na habitação, sem prejuízo de no acumulado do ano passado haver uma quebra de quase 19% nas vendas, os preços a nível nacional mantêm uma trajectória de subida, que mesmo mais lenta, continua a atingir cerca de 8% (dados INE). No 1º trimestre, os preços devem manter esta tendência, quer devido ao desencontro entre procura e oferta quer pela persistência do aumento de custos de construção. Na logística, observou-se uma subida das rendas prime em boa parte das zonas das regiões de Lisboa e Porto, dando continuidade ao comportamento dos últimos trimestres. No retalho, a nota é de estabilização das rendas nos diferentes formatos, com a excepção do comércio de rua do Porto, onde a tendência é de aumento, especialmente na Avenida dos Aliados, que atingiu os 55€/m2. As rendas prime dos escritórios mantiveram-se, em geral, estáveis, ficando em 28€/m2 em Lisboa (Prime CBD) e em 19€/m2 no Porto (CBD Boavista).

    “Volvido o 1º trimestre, o mercado voltou a provar a sua resiliência em situações de maior incerteza ou adversidade. E, agora, que já temos novo Governo em funções, com anúncio da rectificação de muitas medidas especialmente penalizadoras para o sector em que se antecipa um desagravamento nas condições de acesso ao crédito e o controlo dos níveis de inflação, a perspectiva é que o ano de 2024 vá progressivamente recuperando a dinâmica da procura nos diversos sectores, mantendo o consequente estímulo de valorização”, nota Joana Fonseca.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2021 CONSTRUIR. Todos os direitos reservados.