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RAR Imobiliária regressa à nova construção com projecto de Souto Moura

A RAR Imobiliária prepara-se para dar início à construção do empreendimento Quinta do Paço do Lumiar. Um projecto icónico, não só porque conta com arquitectura de Souto Moura, mas também porque simboliza o regresso a novos empreendimentos e na cidade, Lisboa, onde a empresa deu início à sua actividade há 30 anos

Cidália Lopes
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RAR Imobiliária regressa à nova construção com projecto de Souto Moura

A RAR Imobiliária prepara-se para dar início à construção do empreendimento Quinta do Paço do Lumiar. Um projecto icónico, não só porque conta com arquitectura de Souto Moura, mas também porque simboliza o regresso a novos empreendimentos e na cidade, Lisboa, onde a empresa deu início à sua actividade há 30 anos

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A RAR Imobiliária prepara-se para dar início à construção do empreendimento Quinta do Paço do Lumiar. Um projecto icónico, não só porque conta com arquitectura de Souto Moura, mas também porque simboliza o regresso a novos empreendimentos e na cidade, Lisboa, onde a empresa deu início à sua actividade há 30 anos

Em entrevista ao jornal CONSTRUIR, José António Teixeira, CEO da RAR Imobiliária, fala dos últimos anos da empresa e de como passaram pela crise com “tranquilidade”, assim como do Prémio Personalidade que recebeu recentemente do Salão Imobiliário de Lisboa.

Prestes a celebrar 30 anos de existência, como foram os últimos anos da RAR Imobiliária?

A RAR imobiliária comemora, em Dezembro, 30 anos de existência. Diria que, depois de termos atravessado a crise que houve e podermos dizer que ainda aqui estamos é algo muito positivo.  E esta não foi a primeira crise que o grupo atravessou. Começámos a nossa actividade aqui em Lisboa, na altura com dois projectos de referência: Jardim das Laranjeiras, junto ao Jardim Zoológico e no Estoril, com o Parque Palmela.  Posteriormente, virámo-nos para o Norte, nomeadamente para as cidades do Porto e de Matosinhos, onde desenvolvemos vários projectos, sendo que os dois últimos, o Monchique, na zona histórica do Porto e o Edifício do Parque, em Matosinhos, foram considerados, nos respectivos anos, os Melhores Projectos do Ano a nível nacional no SIL, em 2006 e 2007. Entretanto, surge a crise e, felizmente para nós, todos os projectos que tínhamos no momento a desenvolver já estavam construídos.

Pode-se dizer que a vossa estratégia, relativamente a novos projectos, foi esperar, nomeadamente a Quinta do Paço do Lumiar, que já havia sido anunciado há uns anos?

Exactamente. Estamos a falar de 2008, 2009 e tínhamos vários projectos em vias de arrancar mas a nossa estratégia, nessa altura, foi não o fazer e aguardar. Consolidar as vendas. Adoptámos medidas que nos pareceram que iriam resultar por forma a contrariar essa dificuldade e o que é certo é que resultaram. E mesmo nos piores anos da crise, que para nós foi em 2011, apresentámos um resultado de 1,5 milhão de euros, isto só na parte imobiliária.

Quais foram essas medidas?

Uma das medidas inovadoras foi o arrendamento com opção de compra, que foi uma solução encontrada por forma a dar resposta ao mercado na altura.  Os bancos não estavam a conceder créditos para habitação e as próprias pessoas, que já tinham outras habitações, também estavam com dificuldades em vender. Era dado, portanto, um determinado período, de cerca de dois a três anos para que depois fosse feita a compra.

Depois, em 2013, quando a maioria dos promotores estava a fazer descontos, nós aumentámos a nossa tabela em 10%. Isso resultou. Dava uma determinada garantia e segurança ao mercado na medida em que quem comprava sabia que aquele imóvel não iria desvalorizar.  Depois, também criámos novas medidas nos chamados arrendamentos normais, ou seja, optámos por arrendar com yields mais elevadas do que aquelas que o mercado estava a praticar.

Em termos de vendas o que é isso veio favorecer?

Na altura da crise começou também a aparecer o investidor particular que, como não tinha alternativa para aplicação de capital, dado que os bancos não estavam, e ainda não estão, a remunerar os capitais de uma forma aliciante, optavam, como alternativa, pela aquisição desses activos. O rendimento daqueles imóveis estava assegurado, os imóveis tinham yields muito boas e era mais seguro do que aplicar em produto financeiro. Tudo isto permitiu que tivéssemos atravessado a crise com tranquilidade.

Como acha que uma empresa se deve defender de uma crise deste género, exactamente por ser cíclica?

É precisamente aprender com os erros. Todos sabemos que, principalmente aqui em Lisboa, os preços estão a ter uma evolução muito grande. Na minha opinião, poderia ser perigoso se existisse uma bolha imobiliária, o que na verdade não existe. E porquê? Porque este aumento dos preços só se verifica porque não há oferta suficiente. Um dia que se consiga equilibrar estas duas variáveis, os preços ficarão a um nível sustentável. Nitidamente é deixar o mercado funcionar e a procura e a oferta irão equilibrar-se.

Também a banca está hoje muito mais cautelosa e acho muito bem. Mas também já está a reconhecer que já pode voltar a conceder crédito à habitação, embora acredite que não vá cometer os erros do passado. O mesmo se passa com todos os players do mercado.

Como acha que teria sido se tivessem optado por avançar com alguns projectos naquela altura?

Acho que seria complicado porque, primeiro, tínhamos um investimento na construção e no desenvolvimento dos projectos mas não tínhamos a certeza de quanto tempo iria durar a crise. Felizmente, para todos nós, a partir de 2014 as coisas começaram a melhorar e decidimos regressar ao mercado e novamente a Lisboa.

Porquê o projecto da Quinta do Paço do Lumiar?

Como decidimos regressar ao mercado de Lisboa, por onde tínhamos começado a nossa actividade, regressámos com este, principalmente por dois motivos: consideramos que é um projecto diferenciador porque não existe em Lisboa condomínios fechados de moradias. Dentro de Lisboa existem condomínios, mas de construção em altura e também, sendo estas moradias para famílias consolidadas, ou seja, com filhos em idade escolar, este condomínio está rodeado por alguns dos melhores colégios de Lisboa. Além disso, é também diferenciador pelo arquitecto que escolhemos, que tem como característica os pátios interiores, o que transmite muito o conceito de refúgio verde dentro de casa. Eu posso estar na minha casa como se estivesse num jardim só para mim.

Tendo em conta a história do próprio espaço acaba por ser o recriar uma quinta dentro da cidade…

Exactamente. Isto está classificado no PDM de Lisboa como zona de quintas históricas e na realidade o que fizemos foi pegar numa das quintas, mais de 14 mil m2, e transformá-la numa quinta habitada por 17 famílias, sob o conceito de Art of Living, também aqui a fazer uma associação ao arquitecto Souto Moura.

Direccionado para o segmento alto, como está a correr até ao momento o seu relançamento e a sua comercialização?

Bem, na realidade trata-se de um novo lançamento, porque apesar de ter sido anunciado há alguns anos, o projecto não tinha dado entrada na autarquia. E por isso a comercialização só começou quando a Câmara de Lisboa nos comunicou que o projecto estava aprovado, o que só aconteceu em Agosto deste ano. Neste momento, estamos apenas a aguardar a emissão das licenças de construção para podermos iniciar efectivamente a construção. Ora, num período tão curto de tempo, desde Agosto até agora, já vendemos seis moradias, o que consideramos ser muito bom.

E qual a data prevista para o início da construção?

Se as licenças de construção estiverem prontas entre o final de Novembro e Dezembro, como está previsto, contamos iniciar a construção logo em Janeiro de 2018.

Qual o montante de investimento?

O montante total está na ordem dos 15 milhões de euros, com financiamento próprio, ou seja, com capitais do grupo.

Ao nível da certificação energética este projecto tem alguma característica inovadora?

Digamos que ao nível da sustentabilidade energética, reaproveitamento de água residuais ou conforto térmico já é algo que faz parte dos nossos projectos. Contudo, por trabalharmos com a SGS, temos uma grande exigência neste sentido, nomeadamente ao nível do conforto do utilizador, seja térmico ou visual. Neste sentido, vamos ter um grande enfoque ao nível da renovação do ar interior, ou seja, o ar do exterior entra nas moradias através de umas grelhas próprias instaladas nas moradias. Dependendo da temperatura exterior, o ar que passar nas grelhas irá estar à temperatura ambiente para que não seja necessária a utilização excessiva do ar condicionado. Outra característica muito importante é que em todos os espaços onde não existirem janelas haverá uma clarabóia que irá permitir ter muito mais luz natural. A Quinta do Paço do Lumiar, tendo como conceito base as casas pátio, tornaram a introdução destas clarabóias muito mais fácil, mas houve obviamente necessidade de as adaptar de acordo com estas exigências.

Tem algum tipo de parceria com alguma entidade bancária?

No caso da Quinta do Paço do Lumiar temos um protocolo com o Santander em que os clientes são financiados quase até 100%, incluindo já o sinal, que corresponde a 20% do valor do imóvel. Obviamente que todos os clientes são alvo de uma análise, tendo em conta sua taxa de esforço. Dado que neste momento vendemos as moradias ainda sem construção, é dada ao cliente uma garantia bancária com o valor do sinal, o que também transmite alguma confiança ao cliente.

Qual será o próximo projecto da RAR Imobiliária?

O próximo será no Porto e será a segunda fase do Edifício do Parque. O objectivo será fazer uma ‘colagem’ ao Edifício do Parque I e por isso o nome irá manter-se para ter uma continuidade em termos de linguagem arquitectónica. O projecto não esta ainda feito, mas contamos até ao final do ano ter o arquitecto seleccionado.

Em que aspectos a segunda fase do Edifício do Parque se vai diferenciar?

Bem, sendo a RAR Imobiliária certificada em ID&I (Investigação, Desenvolvimento e Inovação) temos que inovar. A primeira fase terminou a construção em 2010 e já na altura era uma referência a nível da eficiência energética. Em sete ou oito anos muita coisa muda e por isso há que inovar. Embora no exterior do edifício o projecto arquitectónico vá manter a ligação com o anterior, o que é certo é que no interior haverá diferenças, tanto em termos de exigências energéticas como do próprio gosto dos consumidores e é isso que vamos tentar passar para o arquitecto.

E em relação à reabilitação? Algum projecto?

Neste momento não temos nenhum. Nós fomos pioneiros na reabilitação no Porto com o Monchique, cujo licenciamento foi há mais de 15 anos. Entretanto, adquirimos mais alguns activos no centro do Porto com o intuito de reabilitar, mas foram-nos feitas propostas de tal maneira interessantes que acabámos por vender esses activos.  E isso aconteceu há muito pouco tempo, caso contrário seria uma das nossas apostas.

Mas o futuro da empresa passa pela reabilitação?

Consideramos que, sendo o grupo certificado ao nível da sustentabilidade e sendo que a sustentabilidade das cidades passa pela reabilitação, esta é uma área que faz parte da nossa estratégia, nomeadamente nos centros históricos e que se surgir alguma oportunidade voltaremos a apostar. De qualquer forma, a meu ver, a reabilitação de uma cidade não é só em relação ao edificado antigo, mas também pela recuperação e valorização de espaços vazios devolutos ou abandonados nas cidades.

Além de projectos para habitação, já ponderaram apostar em alguma outra área de negocio?

Não, por estratégia interna nunca quisemos entrar noutras áreas por considerarmos que são necessárias competências que não temos. Por exemplo, temos um projecto em Vila do Conde – o São Simão da Junqueira – que conjuga componente residencial com hotel de charme e um campo de golfe e ao nível da hotelaria e do golfe vamos trabalhar com parceiros que tenham experiência nessas áreas. A RAR Imobiliária está exclusivamente no segmento residencial.

Além da Lisboa e Porto tem projectos para outras cidades?

A RAR Imobiliária aposta em localizações onde exista muita procura e pouca oferta o que é o caso de Lisboa e Porto. Mas temos também projectos pensados para Vila do Conde, como já falei, e Braga mas ainda sem data de arranque. Vai depender da resposta do mercado e neste momento a estratégia é Lisboa e Porto.

Recebeu recentemente o Prémio Personalidade do SIL. Como vê essa distinção?

Foi obviamente uma honra, ainda para mais porque foi atribuído por cerca de duas dezenas de pessoas também elas ligadas ao sector imobiliário o que acaba por ter uma importância acrescida. Mas como disse na altura, este premio não é só para mim mas sim para a empresa que não conseguiria alcançar os seus resultados sem a equipa que tem por trás.

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Castelo Branco acolhe Observatório sobre futuro da habitação no interior de Portugal

Intitulado “Que futuro para a habitação no interior”, o Observatório tem como objectivo “fomentar a reflexão e a troca de ideias” entre os principais agentes do sector público e privado. O evento é promovido pela Century 21 Diamond, com o apoio da Century 21 Portugal

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No próximo dia 15 de Abril, o Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, será palco do evento de debate sobre o futuro da habitação no interior do País. Intitulado “Que futuro para a habitação no interior”, o Observatório é promovido pela Century 21 Diamond, com o apoio da Century 21 Portugal, e tem como objectivo “fomentar a reflexão e a troca de ideias” entre os principais agentes do sector público e privado.

Além disso, promove o diálogo directo entre os territórios do interior, as entidades públicas e os setores financeiro e imobiliário, assim como servirá para lançar pistas concretas para políticas que promovam mais equidade territorial e melhores condições de vida nas regiões do interior.

A iniciativa conta com a presença de representantes de oito municípios da Beira Baixa, da Comunidade Intermunicipal da região e de várias entidades nacionais com responsabilidade directa no planeamento e desenvolvimento territorial. Estarão em destaque temas como o acesso à habitação, o arrendamento, o rendimento das famílias, o custo e tipologia dos imóveis, o crédito à habitação, a nova Lei dos Solos e o impacto da reclassificação de terrenos rústicos em urbanos.

Entre os oradores confirmados, contam-se os presidentes de Câmara de Castelo Branco, Fundão, Penamacor, Oleiros, Vila de Rei, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Idanha-a-Nova. o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, representantes do IHRU e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional e do Turismo do Centro, entre outros. A sessão de abertura ficará a cargo de Patrícia Gonçalves Costa, secretária de Estado da Habitação.

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Prata Riverside Village (Créditos: Ricardo Oliveira Alves)
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VIC Properties homenageia legado fabril de Marvila em novo edifício

Constituído por 53 apartamentos, o Factory vem juntar-se aos restantes oito edifícios do empreendimento projectado por Renzo Piano: The One, Riverside, West, Square, Urban, Park, Art e South

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A VIC Properties iniciou a construção do Factory, o novo edifício do Prata Riverside Village, cujo nome pretende homenagear o legado fabril da freguesia de Marvila. Constituído por 53 apartamentos, o Factory vem juntar-se aos restantes oito edifícios do empreendimento projectado por Renzo Piano: The One, Riverside, West, Square, Urban, Park, Art e South.

Através da construção do Factory, a VIC Properties dá mais um importante passo rumo à finalização do Prata Riverside Village. Neste momento, o projecto conta com seis edifícios completamente construídos e vendidos. Sendo que neste momento estão também a ser desenvolvidos os edifícios Art e South, com conclusão prevista para 2026, e cuja taxa de venda se encontra, respetivamente, em 85 e 65 por cento.

Com tipologias que variam entre o T0 e o T4, o Factory procura, tal como todos os edifícios do Prata, oferecer resposta a clientes com diferentes tipos de perfis e necessidades. No âmbito da promoção de medidas sustentáveis, os moradores do edifício poderão usufruir de um sistema de domótica, através do qual conseguirão tirar mais proveito do ensombramento das janelas, diminuindo a quantidade de energia despendida para regular a temperatura das suas casas.

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Krest investe 120 M€ no novo empreendimento Arcoverde

O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior

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Entre Quinta da Fonte e Paço de Arcos vai nascer o mais recente projecto da Krest. O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior. O investimento total é de 120 milhões de euros.

Promovido em conjunto com a belga Revive, o Arcoverde tem assinatura do gabinete Saraiva + Associados e pretende dar resposta à “grande falta de habitação” que existe naquela zona.

Pela sua localização, o projecto tem despertado “grande interesse”, revela Claude Kandyoti, CEO da Krest, estando em lista de espera largas centenas de pessoas. O lançamento no Salão Imobiliário de Portugal, que se encontra a decorrer na FIL, em Lisboa, marca, também, o início da comercialização. Logo no primeiro dia, foram assinaladas 15 reservas, revelou Claude Kandyoti.

O projecto será desenvolvido numa área exclusiva de 34 mil m2, dos quais 25 mil correspondem aos espaços residenciais e comerciais, rodeados por zonas verdes e áreas comuns, assim como piscinas comuns, jacuzzis privados, áreas desportivas e de fitness, comércio e lazer, parque infantil, estacionamento e arrecadações e, ainda, serviços de mobilidade eléctrica e partilhada.

Os apartamentos são construídos de acordo com mais “elevados” padrões ecológicos e económicos, utilizando materiais locais, de forma a que cada residência mantenha custos de energia baixos e uma pegada de emissões quase nula.

O corredor verde que se desenvolve ao longo da encosta onde o projecto será construído, estratégias de redução de tráfego que minimizam o uso de carros, com uma rua interna apenas acessível a veículos de emergência, recurso a energia renovável, percursos pedonais, iniciativas de envolvimento social, entre os quais agricultura urbana e arte local, assim como uma gestão da água que asseguram a sustentabilidade deste projecto.

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Savills coloca multinacional chinesa Aosheng no Panattoni Park em Valongo

A primeira unidade de produção da multinacional chinesa Aosheng no estrangeiro está localizada no Panattoni Park em Valongo, numa colocação feita pelo Departamento de Industrial & Logistics da Savills

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O Departamento de Industrial & Logistics da Savills foi responsável pela colocação da empresa multinacional chinesa Aosheng nas suas novas instalações, com cerca de 12.000 m2 no Panattoni Park, Plataforma Logística Valongo. A Savills actuou em representação da Panattoni Iberia, proprietária deste activo logístico prime.

Este parque logístico de última geração, que pode acomodar até 75.000 m² de plataformas logísticas distribuídas por dois armazéns, apresenta certificação BREEAM very good e uma localização previligiada com acesso direto para a A41 e a 2 km da A4, ficando a apenas 25 minutos do centro da cidade do Porto. Dispõe ainda um conjunto de características que vão ao encontro das mais recentes exigências do sector. O parque logístico está 50% ocupado, tendo ainda unidades disponíveis.

A Aosheng é uma das maiores fabricantes mundiais de componentes para o sector das energias eólicas e vai instalar no Panattoni Park uma fábrica de componentes em fibra de carbono para as pás de turbinas eólicas.

“O Panattoni Park Valongo é uma plataforma logística premium, concebida para responder aos mais exigentes requisitos do sector. Foi um privilégio participar na operação de arrendamento das primeiras instalações em Portugal de uma multinacional de referência como a Aosheng, reforçando a relevância do papel que a Savills tem vindo a desempenhar neste sector. É com enorme satisfação que constatamos que a zona norte do país continua a atrair grandes empresas, reflectindo o compromisso com o desenvolvimento de projectos sustentáveis e de elevada qualidade.”

Por sua vez Gustavo Cardozo, managing director & partner da Panattoni Iberia, “este acordo reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento de infraestruturas logísticas de vanguarda em Portugal. O Panattoni Park Porto Valongo foi concebido a pensar nas necessidades actuais e futuras dos nossos clientes, pelo que estamos convencidos de que proporcionará à Aosheng uma base estratégica para impulsionar o seu crescimento e desenvolvimento no país.”

“É a primeira vez que a Aosheng estabelece uma presença fora da China. Acreditamos que a nossa opção pelo Panattoni Valongo para desenvolver a primeira unidade de produção da Aosheng no estrangeiro nos permitirá reduzir os prazos de entrega para os nossos clientes na Europa, aproximar-nos deles e melhorar a nossa competitividade no mercado da energia eólica”, afirmou Johnny Xu, CEO da Aosheng.

 

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Keller Williams Portugal anuncia expansão para os Açores

O KW Fell Azores, localizado em São Miguel, na cidade de Ponta Delgada, marca a entrada da KW nos Açores e vai operar em toda a Região e estará em destaque no Salão Imobiliário de Portugal (SIL)

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tagsKW

A Keller Williams Portugal já chegou aos Açores. O KW Feel Azores, localizado em São Miguel, na cidade de Ponta Delgada, marca a entrada da KW nos Açores e vai operar em toda a Região e estará em destaque no Salão Imobiliário de Portugal (SIL).

Na liderança deste novo projecto está Celso Aguiar, de 36 anos, que assume o cargo de Operation Principal. Licenciado pela Universidade dos Açores em Tecnologia e Segurança Alimentar, traz consigo uma vasta experiência profissional, e um percurso que inclui empreendedorismo, uma passagem pela Intermediação de Crédito e cerca de uma década dedicada à gestão de recursos humanos. Conhecido pela sua paixão pelo conhecimento, Celso Aguiar procura transmitir e inspirar aqueles que o rodeiam através da sua visão e valores, filosofia que partilha com a Keller Williams e que fazem desta uma ligação ainda mais orgânica.

“A inauguração do Market Center KW Feel Azores representa um marco significativo para a KW Portugal”, começa por explicar Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal. “Ao estabelecermos presença física em São Miguel, reforçamos o nosso compromisso com a cobertura total do território. Uma expansão que, à semelhança do que já aconteceu no arquipélago da Madeira, onde somos atualmente líderes, permitirá à KW Portugal estar ainda mais próxima das necessidades do mercado imobiliário açoriano e que será, sem dúvida, um mundo de oportunidades de crescimento para os profissionais da região”.

Com esta inauguração, a KW Portugal solidifica a sua posição como uma das principais redes imobiliárias do País, o espelho da sua aposta contínua na expansão e no apoio ao desenvolvimento do sector imobiliário em todo o território português.

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Presidente APEMIP
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Convenção APEMIP-IMOCIONATE tem nova data e local

3ª Convenção APEMIP-IMOCIONATE vai realizar-se a 1 de Julho na Fundação Champalimaud. Inicialmente marcada para Maio, a iniciativa mudou de data e local, para evitar que tenha lugar imediatamente a seguir às eleições legislativas

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A 3ª Convenção APEMIP-IMOCIONATE vai realizar-se a 1 de Julho na Fundação Champalimaud. Inicialmente marcada para Maio, a iniciativa mudou de data e local, para evitar que tenha lugar imediatamente a seguir às eleições legislativas, no sentido de continuar a reforçar o evento como uma referência nacional na partilha de conhecimentos e tendências do sector da habitação, nomeadamente junto do poder executivo e legislativo.

Especialmente dirigida aos associados APEMIP, mas também para todos os agentes, mediadores e consultores imobiliários em Portugal, a convenção vai ter oradores como Paulo Portas, Vice-Primeiro-Ministro entre 2011 e 2015, Francisco Balsemão, CEO do Grupo Impresa, e Paulo Caiado, presidente da direcção nacional da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Do Brasil vem o arquitecto Guto Requena, que cria projecto por meio do uso de tecnologias digitais, pautados pela sustentabilidade, que visa oferecer experiências inovadoras e afectivas. A sessão vai ainda contar com José Soares, professor catedrático de fisiologia da Universidade de Porto, e Diogo Dantas da Cunha, responsável e fundador da Flexty, primeira empresa europeia de antecipação de comissões imobiliárias.

De 10 a 12 de Abril, a associação estará na FIL enquanto parceira oficial do Salão Imobiliário de Portugal (SIL), o ponto de encontro dos investidores, empresários, técnicos, organismos públicos e potenciais compradores de imóveis, dando destaque à 3ª Convenção APEMIP-IMOCIONATE.

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PRIME investe 100M€ na construção de “ATÓLL”

ATÓLL, assim se chama o novo projecto que virá redefinir a entrada nascente da vila de Cascais. Ontem começou a demolição do antigo centro comercial CascaisVilla, trabalhos que se prolongam pelos próximos 10 meses

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Projectado pela Foster + Partners, sob a liderança de Lord Norman Foster, o projecto financiado pela PRIME, inspira-se em formas orgânicas e materiais naturais de tonalidades quentes. Este novo empreendimento contribuirá para a revitalização de Cascais e da Avenida Marginal, incluindo a tradicional calçada portuguesa, uma paisagem mais verde com mais árvores e menos carros, com a intenção de reduzir a poluição e redefinir o ambiente urbano.

No dia em que arrancaram os trabalhos de demolição do edifício inaugurado em 2001, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, sublinhou a consonância do novo projecto, ainda em fase de conclusão de alvará de loteamento, com os valores do município: “a visão arquitectónica de Norman Foster coincide com a nossa estratégia de alterar a entrada nascente da vila de Cascais, reforçando também o nosso compromisso de longa data com a sustentabilidade ambiental,” disse Carlos Carreiras.

Fruto de um investimento de 100 milhões de euros da PRIME, no lugar onde ainda está o CascaisVilla, vão nascer dois novos edifícios de habitação e lojas de proximidade, que vão manter a cota do edifício actual, mas serão desfragmentados e separados permitindo voltar a “assegurar a transição entre o terminal rodoviário e a estação de comboios,” como confirmou Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da autarquia.

A demolição vai estender-se ao longo dos próximos 10 meses e dos três pisos de estacionamento que o projecto vai ter, os dois primeiros serão estacionamento público gerido pela autarquia. Apenas o terceiro piso será destinado aos residentes do projecto ATÓLL.

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Corum Origin vende imóvel em Itália e gera mais valia 10M€

O fundo Corum Origin, gerido pela empresa francesa Corum Asset Management, alienou à sua arrendatária Brembo, um imóvel em Itália, originando uma mais valia de 10 milhões de euros, tendo proporcionado a distribuição de um dividendo bruto aos accionistas do fundo de 2,13 euros por acção

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Localizado em Bérgamo, o edifício acolhe a Brembo, uma empresa de referência no sector automóvel. O imóvel com 34 000 m2 foi adquirido pelo fundo Corum Origin em 2016 por 63 milhões de euros. A alienação realizou-se por um valor 16% superior ao da sua aquisição, 7% superior ao seu valor de avaliação determinado em Dezembro de 2024. Durante os nove anos de permanência no fundo originou 10,1% de retorno.

O arrendatário, Brembo, um dos principais intervenientes na indústria automóvel, mostrou interesse na aquisição do edifício tendo esta possibilidade sido incluída no contrato de arrendamento aquando da compra do edifício. Uma opção previa que, em caso de venda, a Brembo poderia adquirir prioritariamente o imóvel. A venda do edifício evitou a necessidade de renegociação, uma vez que o contrato se aproximava do seu termino.

Para Marcelo Capitão, director da Corum Investments Portugal: “esta alienação demonstra a estratégia da Corum na criação de valor para os seus investidores, aproveitando as oportunidades de valorização para proceder à alienação de activos, que posteriormente proporcionam a distribuição de um dividendo extra.”

Além do Corum Origin, a Corum Investments também comercializa o fundos Corum XL e o Eurion que estão abertos a investidores privados que queiram rentabilizar as suas poupanças através do sector imobiliário.

O Grupo CORUM gere actualmente cerca de 8,5 mil milhões de euros de mais de 130 mil clientes, entre fundos de duas especialidades: imobiliários e obrigações de alto rendimento. O Grupo Corum conta com activos em 17 países diferentes e conta com sete escritórios, incluindo Lisboa.

 

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Alto Business Park (créditos: DR)
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Patron Capital e Inbright com investimento de 100M€ em activos em Portugal

A iniciativa terá como foco principal a aquisição de activos com potencial de valorização, permitindo a sua renovação segundo padrões modernos de eficiência energética, especialmente nas regiões da Grande Lisboa e Grande Porto

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A Patron Capital, investidor institucional pan-europeu focado em investimentos imobiliários, e o seu parceiro Inbright, investidor, promotor e gestor de activos especializado no sector industrial ligeiro e logístico, lançaram um novo programa de investimento de 100 milhões de euros. O objectivo é construir uma carteira de activos “light industrial” e logísticos, sustentáveis, estrategicamente localizados em Portugal.

A iniciativa terá como foco principal a aquisição de activos com potencial de valorização, permitindo a sua renovação segundo padrões modernos de eficiência energética, especialmente nas regiões da Grande Lisboa e Grande Porto.

Além disso, estão previstas aquisições selectivas em outras regiões economicamente dinâmicas de Portugal, clusters industriais e centros logísticos estratégicos. A primeira aquisição já foi concluída com sucesso: o Alto BP, um parque industrial/logístico multi inquilino com 16.259 m² de área bruta locável (GLA) situado em Vila Franca de Xira, na área metropolitana de Lisboa. O activo, anteriormente detido pelos fundos geridos pela private equity ECS, encontra-se actualmente 90% ocupado, sendo o seu principal arrendatário uma entidade pública, entre outras PME.

O sector “light industrial” e logístico em Portugal representa uma oportunidade de investimento atractiva, impulsionada por um conjunto de factores positivos, incluindo uma oferta limitada de espaços modernos e eficientes. Com uma taxa de desocupação inferior a 5% e um pipeline restrito de novos projectos, além de um stock envelhecido e não alinhado com os padrões ESG, o mercado apresenta um contexto favorável para investidores com experiência em gestão de activos.

Esta nova iniciativa representa a segunda parceria entre a Patron Capital e a Inbright, após o sucesso da sua estratégia de investimento de 250 milhões de euros no mesmo sector na Alemanha. Como parte desse programa, foram adquiridos activos em Colónia, Hamburgo e Mainz, estando novas aquisições em curso. Além desses activos, os parceiros estão a desenvolver conjuntamente o  Ludwigsburg Industriezentrum, LIZ,  um projecto industrial urbano de grande escala em Ludwigsburg, no sudoeste da Alemanha. A Patron Capital também estabeleceu uma parceria com a Base Investments para construir uma carteira de activos industriais ligeiros e logísticos nos Países Baixos.

A iniciativa em Portugal seguirá a abordagem bem-sucedida adoptada na Alemanha, com o objectivo de criar valor a longo prazo tanto para investidores como para inquilinos, tendo, para o efeito, a Inbright criado a  Inbright Portugal, com um escritório em Lisboa.

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Nomad Eden na Foz conclui comercialização de um dos dois sectores

Promovido pela Nomad Capital, o empreendimento conta já com a aprovação do projecto de arquitectura e iniciará a construção ainda este ano, tendo como previsão a entrega no terceiro trimestre de 2027

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O Nomad Eden, novo desenvolvimento residencial  situado na Rua Largo de Nevogilde, no coração da Foz concluiu já a comercialização de um dos dois sectores disponíveis.

Promovido pela Nomad Capital, o empreendimento conta já com a aprovação do projecto de arquitectura e iniciará a construção ainda este ano, tendo como previsão a entrega no terceiro trimestre de 2027. A arquitectura do Nomad Eden tem assinatura MASSLAB, um gabinete com uma ampla experiência em projectos de referência na arquitectura, mas também no planeamento urbanístico e paisagístico.

As unidades residenciais do Nomad Eden, divididas em dois sectores, oferecem um conjunto de amenities de elevado standard, incluindo duas luxuriantes piscinas, uma outdoor e uma indoor, além de um fitness center state-of-the-art, sauna e serviços de doorman, bem como espaços de arrumação e de parqueamento equipado com carregadores para veículos eléctricos.

O Nomad Eden incorpora na sua construção betão reciclado, sendo equipado com sistemas de produção de energia solar e de baterias, que asseguram grande parte das necessidades energéticas do empreendimento.

O desenvolvimento apresenta tipologias entre o T1 e o T5, com áreas desde os 142 m2 até 681m2. Os valores de referência iniciam-se nos 740 mil euros até 5,3 milhões de euros.

A Nomad Capital é promotora e investidora no Nomad Eden, conta com investimentos realizados no Porto, Lisboa e Algarve. Além da Nomad Capital, são co investidores a Sofival, grupo francês fundado em 1938 e que tem realizado investimentos em áreas tão diversificadas como resorts de ski, hotelaria, imobiliário, energia entre outros sectores. No Porto, entre os investimentos realizados encontram-se o Palácio do Comércio e o Nomad Reserve. O Grupo ACA é também um dos co investidores. Inicialmente dedicado à construção de obras públicas, acumula já um vasto portefólio de obras no segmento residencial.

 

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