“Linhas modernas” para acolher memórias do Douro
O Wine Museum Centre Fernanda Ramos Amorim, transformou a Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo, “num dos projetos de enoturismo mais completos no panorama nacional”
Ana Rita Sevilha
Tektónica e SIL em grande destaque no CONSTRUIR 506
ERA debate desafios da nova habitação no SIL
Legendre e Tecnibuild apresentam nova marca para promoção imobiliária
Três novos projectos da Krest representam investimento superior a 150 M€
SRS Legal assessora venda dos ginásios Fitness Hut
Habitação em destaque na 27º edição do Salão Imobiliário
Andreia Teixeira assume cargo de Project Management do Grupo Openbook
CE atribui 245M€ em subvenções a projecto de hidrogénio em Sines
Município de Paredes investe mais de 64,3 M€ em habitação com apoio do PRR
IP lança concurso de 77M€
Arnaldo Barbosa, considerado um dos “arquitectos do Douro”, assina a obra que materializou o sonho da coleccionadora Fernanda Amorim, em preservar a memória cultural da região do Douro partilhando-a com todos os amantes de vinho que a visitam. A obra resultou também da intervenção da empresa de museologia MUSE em colaboração com a Fundação Museu do Douro. De acordo com a Corticeira Amorim, o projecto “vem transformar a Quinta Nova num dos projetos de enoturismo mais completos no panorama nacional e vai completar a visita aos mais de 12.000 turistas que recebe anualmente, reforçando também a sua posição e visibilidade no mercado internacional”.
“Linhas modernas, desenho depurado”
“De linhas modernas, e desenho depurado” o pavilhão amplo com 200 m2 de área bruta, “enquadrado no conjunto edificado pré-existente e estando em sintonia com a paisagem envolvente”, “assume a dignidade para a função que lhe é destinado: valorizar a história da produção do vinho nesta região icónica a nível nacional”, explica Arnaldo Barbosa. Aliando uma arquitectura moderna ao testemunho histórico, o novo pavilhão, em betão armado, aproveita a estrutura do edifício pré-existente, construído em 2002, apoiando-se directamente nela.
A cobertura plana e totalmente ajardinada, foi “uma opção adoptada para potenciar a proteção térmica da construção e para permitir a continuidade visual com o meio rural em que se insere”, explica o arquitecto. “O Museu Dona Fernanda Amorim é um edifício que está em sintonia com a paisagem envolvente, tanto ao nível da volumetria como ao nível dos materiais de acabamento utilizados”, garante.
Essa harmonia, ao nível da materialidade, foi conseguida com o recurso à utilização do reboco tradicional com acabamento de pintura, alvenaria de xisto da região, aparelhado como se de um muro tradicional do Douro se tratasse, para além de madeira.
O carácter sustentável, explica Arnaldo Barbosa, “é complementado através da utilização de todas as técnicas actualmente exigíveis e disponíveis para uma boa certificação energética, realçando-se a protecção térmica de paredes e cobertura, e a instalação de um sistema centralizado de aquecimento e ar condicionado”.
O Wine Museum Centre, apresenta um acervo único, representativo do ciclo produtivo do Vinho do Porto e que compreende peças dos séculos XIX e XX, recolhidas ao longo de vários anos por Fernanda Ramos Amorim.
Detalhes do Projecto
A concepção e a construção do Museu Dona Fernanda Amorim contou com um conjunto de intervenientes. Para além da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, SA como promoto e do projecto de arquitectura da responsabilidade de Arnaldo Pimentel Barbosa , Arq. Lda, o Construtor foi a ASCOP – Construção Civil e Obras Públicas, Lda, o projecto das fundações e estruturas foi da ABProjectos, Vale & Rangel Lda e o projecto de drenagem de águas pluviais da ABProjectos, Vale & Rangel Lda. A segurança contra o risco de incêndio coube ao gabinete de engenharia Electrotécnica, Lda OHM-E e o projecto de aquecimento, ventilação e ar condicionado da Niluft – Engenharia, Lda. A fiscalização e coordenação da obra foi da Enescoord – Coordenação e Gestão de Projetos e obras Lda.