Deloitte prevê mais investimento para Portugal nos próximos 12 meses
De acordo com a 3ª edição do “Portuguese Real Estate Investment Survey”, da Deloitte, prevê-se para os próximos três meses um aumento no volume e preço de transacção nos sectores residencial, comércio/serviços e hoteleiro
CONSTRUIR
DeHouse assume gestão do antigo Selina Navis no Porto
Plano de descarbonização da Cimpor avaliado em 1,4MM€
Indelague conquista dois prémios German Design Award 2025
Edifício Santa Catarina 1232, no Porto, comercializado na totalidade
Cascais lança primeiro Fundo Verde Municipal do país
Portugal e Espanha testam comboio a hidrogénio
Secundária do Restelo procura proposta para ‘futura’ escola
Novo showroom: JUNG abre espaço em Lisboa “para mostrar como funciona a tecnologia”
Chiado ocupa 30º lugar no Top mundial das zonas comerciais mais caras do mundo
Matosinhos lança concurso público para a construção da linha de metrobus
Os agentes do sector imobiliário em Portugal revelam, no terceiro trimestre de 2017, a intenção de reforçar a sua estratégia de investimento (44%), em detrimento de outras estratégias como a gestão de portefólio (31%) ou o desinvestimento (25%).
De acordo com a 3ª edição do “Portuguese Real Estate Investment Survey”, da Deloitte, prevê-se para os próximos três meses um aumento no volume e preço de transacção nos sectores residencial, comércio/serviços e hoteleiro, associado a uma maior estabilidade nas taxas de rentabilidade dos diversos sectores.
Na perspectiva das entidades que pretendem investir, a estratégia passa cada vez mais pela aposta em activos “Value added” (69%), com a expectativa de que, a longo prazo, consigam aumentar os fluxos gerados por esses activos. Contrariamente, os activos classificados como “Opportunistic deals” ou “Core” perdem importância na intenção de investimento.
“O estudo indica que o investimento na indústria imobiliária atingiu o seu ponto alto. Associada a uma visão mais optimista na captação de fundos, os profissionais abdicam de manterem os seus portefólios, acreditando estarem perante uma conjuntura única na história do imobiliário, que lhes trará os benefícios associados”, destaca Jorge Marrão, Partner e responsável pela área de Real Estate da Deloitte.
“O objetivo é submeter esses ativos [“Value Added”], por exemplo, a beneficiações ou reposicionamentos de mercado. Desta forma, é provável que possam cobrar rendas mais elevadas, aumentar as taxas de ocupação e atrair inquilinos de maior qualidade. Nestas condições, o incremento da rentabilidade não tardará a chegar. Com a maximização do seu potencial, o passo seguinte é a venda destes imóveis, nesta fase altamente valorizados, para financiar novos investimentos.”
Ainda de acordo com o estudo, as principais fontes de financiamento para a aquisição de imobiliário no próximo ano serão a Banca e os Fundos Soberanos (38% cada). Relativamente à origem do financiamento, será maioritariamente europeia (75%) e norte-americana (63%), com a Ásia e o Médio Oriente a representar 31% e 25%, respetivamente. Na óptica de quem desinveste, os Fundos de Fundos (50%) e as Companhias de Seguros (43%) são apontados como os principais compradores de imobiliário em Portugal.
Quanto aos valores de avaliação atribuídos aos imóveis pelos avaliadores externos, os inquiridos afirmam que reflectem o justo valor dos activos (43%) ou que os mesmos se encontram ligeiramente sobreavaliados (29%), mas em linha com as alterações do mercado. Cerca de 36% considera, no entanto, que as avaliações realizadas não permitem antecipar as tendências do mercado.
Nesta edição, a situação política surge, a par com o crescimento da oferta, o investimento estrangeiro e a entrada de novos agentes, como as variáveis que mais irão impactar positivamente o setor nos próximos três meses.
O “Portuguese Real Estate Investment Survey” é um estudo trimestral da Deloitte que avalia a percepção dos agentes do sector imobiliário português em relação à evolução do mercado e à sua estratégia, actual e futura.