Broadway Malyan assina renovação e ampliação do Glicínias Plaza
“A remodelação do edifício terá uma arquitectura contemporânea e compatibilizada com os elementos edificados a manter, de forma a obter um conjunto harmonioso e unificado”
Ana Rita Sevilha
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Fruto de uma procura crescente por parte de marcas nacionais e internacionais, o Centro Comercial Glicínias Plaza, em Aveiro, vai ser alvo de uma profunda requalificação e ampliação. O valor do investimento total, a cargo do grupo Vougainvest, proprietário do espaço, é de cerca de 40 milhões de euros e as obras, que incluem a construção de dois novos pisos, iniciam em Janeiro de 2018. O gabinete internacional com sede em Lisboa Broadway Malyan, assina o projecto de arquitectura.
Actualmente com uma área bruta locável de cerca de 28 mil metros quadrados e 75 lojas, das quais se destacam sete salas de cinema com 3D, o Glicínias conseguiu ao longo dos seus quase 18 anos de existência, “marcar a diferença perante a concorrência e, em simultâneo, tornar-se um local habitual para milhares de famílias da região. Diariamente, visitam este centro comercial, em média, 23 mil pessoas”, sublinha o proprietário.
Depois das obras, ou seja, dentro de dois anos, e com o aumento da área bruta locável para 41 mil metros quadrados, “o Glicínias passará a ser o maior centro comercial da cidade, estando prevista a abertura de mais 45 lojas para um total de 120 e a criação de mais 500 lugares de estacionamento. No total, serão 2.000 lugares gratuitos”.
Segundo a mesma fonte, as mudanças não serão apenas no interior do centro comercial. A zona envolvente beneficiará com esta obra, estando previstas a melhoria de algumas vias de comunicação, a criação de espaços verdes e a construção de um parque infantil.
Jorge Buco, director geral do Grupo Vougainvest, empresa proprietária do centro comercial, não tem dúvidas de que “este é o momento de consolidação, quer como edifício, que depois de renovado irá adoptar uma imagem jovem, arrojada e, sobretudo, confortável para quem o frequenta, quer ao nível da oferta comercial, trazendo para Aveiro novas marcas, algumas surpresas e uma oferta bastante mais diversificada”.
Segundo o mesmo responsável, a cidade beneficiará com “o natural aumento de oferta comercial, oferta de centenas de novos empregos, a continuidade da existência de um local de lazer, com condições melhoradas, e a dotação da região envolvente ao Glicínias de vias de comunicação com maior fluidez, espaços verdes e um parque infantil exterior para utilização geral”.
O projecto
De acordo com a memória descritiva do projecto de arquitectura, elaborada pela Broadway Malyan e a que o CONSTRUIR teve acesso, o edifício, construído nos anos 90, sofreu num passado recente “algumas intervenções com o objectivo de modernizar e introduzir melhorias em termos estéticos e funcionais”. Remodelações essas que agora se pretendem concluir.
Como já referido anteriormente, com o objectivo de ampliar a área comercial, serão adicionados dois pisos a construir sobre o piso 0 existente. Nesta lógica, a proposta do gabinete de arquitectura é a de que o piso 1, actualmente parqueamento, seja convertido em área comercial, “organizado em torno de uma galeria com um vazio central, que permitirá não só a instalação das escadas rolantes, bem como a ligação visual com os pisos acima e abaixo. Acima deste, será edificado o piso 2, onde estarão localizados os cinemas e a praça de restauração”, lê-se no documento. “Uma vez que os cinemas e a actual área da restauração serão relocalizados no novo piso 2, o espaço deixado livre no piso 0 será ocupado com novas áreas comerciais”, a sua circulação será reconfigurada e serão instaladas novas comunicações verticais (escadas rolantes e elevadores) que farão a ligação entre o piso 0 e os novos pisos acima.
No piso 2 ficará a nova praça da restauração e a área dos cinemas, sendo a área remanescente deste piso ocupada por estacionamento. “Para dar cumprimento aos requisitos legais e responder ao aumento da procura gerada pela ampliação da área comercial, a área de estacionamento será também ajustada”, refere a memória descritiva.
De acordo com o mesmo documento, “a remodelação do edifício terá uma arquitectura contemporânea e compatibilizada com os elementos edificados a manter, de forma a obter um conjunto harmonioso e unificado”. Nesse sentido, “a volumetria a adicionar será simples, mas variada, inclusive com a incorporação de paredes vegetais, procurando criar diversidade, e também de modo a atenuar o impacto visual do edifício”, garante a Broadway Malyan.
Nota ainda para as principais preocupações relativas aos materiais de revestimento, que de acordo com o gabinete de arquitectura se prendem “com a imagem de qualidade que se pretende para os espaços públicos, a facilidade de limpeza, a resistência ao fogo e a baixa manutenção”.
“Os espaços comuns de acesso ao público a remodelar receberão acabamentos distintos, capazes de os caracterizar individualmente, mas adequados ao uso intensivo do público”, conclui.