LNEC desenvolve sistema WIFF para monitorizar costa portuguesa
O WIFF consiste numa infra-estrutura informática para integração da previsão e monitorização em tempo real da dinâmica estuarina e costeira e da drenagem urbana, que compreende modelos de circulação, agitação marítima e qualidade da água em redes de drenagem
Pedro Cristino
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O Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) desenvolveu o WIFF, um sistema de previsão e monitorização em tempo real para a costa portuguesa.
Segundo o LNEC, o WIFF consiste numa infra-estrutura informática para integração da previsão e monitorização em tempo real da dinâmica estuarina e costeira e da drenagem urbana, que compreende modelos de circulação, agitação marítima e qualidade da água em redes de drenagem.
Estes modelos são aplicáveis “desde o oceano até à escala portuária, recorrendo geralmente a malhas não estruturadas e a modelos paralelizados para a disponibilização atempada das previsões”. Por sua vez, o WIFF permite ainda a aferição automática das previsões em tempo “quasi-real” com arede de monitorização do LNEC e com as redes online abertas ao público.
Atenção europeia
No seu portal online, a Comissão Europeia (CE) publicou um artigo sobre este sistema, num cenário de gestão de risco perante um derrame de petróleo no mar. Segundo a instituição, este sistema mostra os efeitos prováveis de um derrame junto à costa relativamente ao ambiente e às actividades económicas de uma localidade específica.
De acordo com a CE, o WIFF disponibiliza mapas de risco de derrame através de um portal online e poderia ajudar os decisores e as autoridades a proteger o ambiente e as actividades económicas através de planeamento e de respostas objectivas e eficientes.
A Comissão destaca que a indústria marítima tem tomado “muitas medidas” para reduzir os problemas dos derrames – desde o desenvolvimento de navios mais seguros a uma melhor formação para os trabalhadores do sector. Todavia, “o sector continua a crescer, com a globalização e o aumento do comércio internacional, e os derrames continuam a ocorrer”, frisa a CE.
Neste sentido, é referido no artigo que já existe um conjunto de ferramentas para lidar com os derrames, como sistemas de monitorização de poluição, por exemplo. Contudo, os investigadores responsáveis por este novo sistema “sugerem que estas outras ferramentas tendem a ser demasiado simples, na medida em que não consideram o ambiente e as condições socio-económicas locais e não são muito precisos”.
Este novo sistema disponibiliza informação sobre derrames que é específica para as localidades em causa e tira partido de “grandes recursos computacionais e desenvolvimentos recentes em modelos de derrame” que mostram o “comportamento de diferentes tipos de óleo na água do mar e nos sedimentos”.
O WIFF apresenta mapas de risco de derrame com base em três tipos de informação: o risco (a probabilidade de que um derrame ocorra num local específico), a vulnerabilidade (os danos previstos para o ambiente e para as actividades económicas do local em questão) e avaliação de risco (áreas com maior risco de derrames, em termos da probabilidade e vulnerabilidade). Ao ligar diferentes sectores de actividade – tanto ambientais como económicos – os investigadores afirmam que a sua abordagem integrada de avaliação de risco apoia os objectivos da Directiva Quadro da Água.