Exposição “Cidade e Arquitectura” debate evolução arquitectónica do Porto e da Maia
Palacete Viscondes de Balsemão, no Porto, vai ser o palco da apresentação do trabalho de investigação “(Infra)estruturas de produção energética – o Carvão no Sistema Urbano do Porto”, da autoria da arquitecta Alves Ribeiro
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O Palacete Viscondes de Balsemão, no Porto, vai ser o palco da apresentação do trabalho de investigação “(Infra)estruturas de produção energética – o Carvão no Sistema Urbano do Porto”, da autoria da arquitecta Alves Ribeiro.
Esta apresentação insere-se na exposição “Cidade e Arquitectura”, que decorre desde o passado dia 1 de Março, “com especial enfoque no património arquitectónico das cidades portuguesas no Século XX, entre 1910-1974”. Esta exposição, organizada pela Câmara Municipal do Porto, pela Fundação da Juventude e pela Ordem dos Arquitectos (OA), contempla os trabalhos de investigação desenvolvidos pelos participantes na segunda edição do Programa de Bolsas de Investigação para jovens arquitectos.
Esta iniciativa fica também marcada por uma tertúlia que dá a conhecer, “em pormenor”, dois dos projectos de investigação vencedores e colocará em destaque, para além do trabalho de Daniela Alves Ribeiro, “a importância do Rio Leça na construção da identidade industrial da Maia”.
O projecto de Daniela Alves Ribeiro procura “compreender o processo de industrialização do Porto, o qual implica o entendimento das dinâmicas infra-estruturantes a jusante e a montante”. “O abastecimento de carvão fora sempre entendido como algo de carácter residual, no entanto, suporta todo o processo de infra-estruturação industrial”, refere o comunicado de imprensa das entidades organizadoras, justificando, desta forma, a importância de “perceber as lógicas inerentes ao abastecimento de combustível para uso doméstico, à indústria, bem como à produção de energia eléctrica na e para a cidade”.
Por sua vez, Júlio Faria Senra, autor do projecto de investigação sobre a dinâmica territorial de implantação de unidades industriais ao longo do Rio Leça, na Maia, defende que “a Maia de final do século XIX e princípio do século XX era uma terra despojada da sua anterior grandeza e que vagueava ao sabor do esforço agrícola diário”.
Segundo Senra, “num território especialmente rural e agrícola, as unidades industriais foram agentes activos na mudança de paradigma da paisagem, criação de emprego e fixação de pessoas”. “Entre a ponte da Pedra e a ponte dos Moinhos da Lage, implantaram-se, na margem do Rio Leça, uma fábrica de moagem e de massas alimentícias, uma fábrica de curtumes, uma refinaria de azeite e fábrica de extracção de óleos vegetais e duas fábricas têxteis”, explica o investigador.
A tertúlia contará com a presença de Pedro Hébil, vogal do Conselho Directivo Regional Sul da Ordem dos Arquietctos, responsável pelo pelouro dos Prémios e Concursos de Arquitectura, de Álvaro Domingues, geógrafo, professor e investigador da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e Cláudia Antunes, representante do Conselho Directivo Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos.