Especial Estruturas, Coberturas e Cofragens: Começar pelo “telhado” mas…com estilo
Qualidade e da eficiência futura das soluções estão entre as prioridades das empresas que actuam nestes segmentos de mercado como forma de apresentar uma oferta diferenciadora. Num mercado cada vez mais concorrencial, o investimento das empresas está muito voltado para áreas como inovação, desenvolvimento ou mesmo design. A resposta às necessidades de cada projecto em particular é estratégica como revelam ao CONSTRUIR diversos especialistas
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O controlo está cada vez mais apertado. Seja por via do próprio projecto, da prescrição ou, tão “simplesmente” porque o dono de obra está cada vez mais exigente com as opções que são tomadas e afectas ao seu projecto. E isso tanto é válido para os acabamentos de um edifício como para uma moradia. E é por terem essa noção que as empresas que actuam na área da construção, qualquer que seja a sua actividade, apostam e investem em factores verdadeiramente diferenciadores, seja ao nível dos processos de fabrico seja ao nível da inovação.
Ao CONSTRUIR, o director comercial da Cobert Portugal garante que “o sector é muito concorrencial, tanto face ao preço, como à própria oferta”. Pedro Abrantes sublinha que “a Cobert destaca-se pela diversidade e dimensão da sua oferta, possuindo um portfólio de soluções cada vez maior, graças a todo o investimento em I&D da empresa”. “O preço ainda é um dos factores mais determinantes no processo de decisão de compra. Felizmente é um paradigma que está a mudar, isto é, tanto os aplicadores como os proprietários dos edifícios estão cada vez mais a tomar consciência da qualidade e da eficiência futura das soluções que aplicam”, assegura, adiantando que “os produtores apostam cada vez mais em soluções de maior e melhor qualidade, garantido índices de desempenho e durabilidade que são uma mais-valia para quem os aplica e para quem deles beneficia, o utilizador final”. Já no entender de João Arrais, director geral da Coelho da Silva, “o principal desafio é não ceder à tentação de baixar qualidade ou serviço para apostar numa estratégia de preços baixos”. Para aquele responsável, “este tipo de actuações apenas levam ao desprestígio das soluções apresentadas, abrindo caminho a soluções alternativas, muitas delas com performances técnicas muito inferiores….preço por preço…”, considera. João Arrais recorda que “num sector tão conservador como é o das coberturas, a CS tem liderado o esforço de inovação em termos de novas soluções, modelos e acabamentos estéticos diferenciados”. “Hoje o cliente final quer, para além de qualidade técnica e garantia, diferenciação…essa consegue-se com novos acabamentos ou texturas o que obriga os fabricantes a continuamente avançarem nesse sentido. O conceito cobertura-fachada tem sido um caminho que a CS tem vindo a percorrer de forma continua e que consideramos ser uma solução de futuro ao nível das vivendas unifamiliares”, garante.
Ana Rodrigues, responsável de Marketing da Umbelino Monteiro entende que “a Inovação não deverá ser colocada de lado”. “Numa altura, em que os produtos apresentados no mercado são similares é na Solução Construtiva que impera a diferença”, assegurando que “de facto, tendo como base um bom serviço técnico comercial a par com o desenvolvimento de produtos que funcionem de modo integrado e que sejam compatíveis com outras soluções ser-nos-á permitido oferecer soluções duráveis, versáteis e inovadoras”. “Na nossa opinião as ‘Soluções do Futuro’ irão incidir na sustentabilidade e estética e nesse campo há muito que a Umbelino Monteiro se destaca”, salienta Ana Rodrigues, acrescentando que “quer seja através do aperfeiçoamento de produtos; novos acabamentos e tonalidades; reprodução de peças em forma e textura; desenvolvimento de soluções solares e de isolamento térmico e acústico, a Umbelino Monteiro tem conseguido trilhar um caminho de sucesso”. “A pluralidade de cromias, as complexas geometrias e técnicas de execução destas coberturas continuarão a ser alvo de pesquisa e desenvolvimento de soluções capazes de dar resposta a um consumidor cada vez mais exigente”, revela. Já os responsáveis da Destaca acreditam que os principais desafios para as empresas que actuam nesta área passam pela “diversidade das soluções apresentadas consoante o fim a que se destinam e correspondente optimização dos respectivos custos e pela garantia dos elevados padrões de qualidade dos materiais utilizados aliando eficiência, durabilidade e baixa manutenção, ou seja a sua optimização face às outras soluções do mercado”.
Emanuel Pereira, administrador da Tecofix entende que “a nível nacional a aposta está claramente direccionada para a estrutura metálica nomeadamente a nível estrutural como uma boa solução para coberturas”. Ao CONSTRUIR assegura que “a escolha do aço como solução estrutural em expansões ou projecção de espaços públicos ou fabris tem assumido um papel predominante neste sector. As vantagens desta construção são cada vez mais tidas em conta, desde o seu tempo de transporte, montagem, limpeza e capacidade de vencer grandes vãos através de peças mais leves e de menor dimensão do que na construção de betão tradicional”. “Deste modo”, dizem, “as empresas que actuam nas áreas das cofragens têm sentido mais alguma dificuldade neste mercado em expansão, pelo que a aposta em estruturas de cofragens perdidas ou colaborantes como lajes mistas betão/aço é uma boa solução”.
Radiografia
João Arrais defende que “no caso das coberturas já se notou um ligeiro crescimento em 2016 muito impulsionado pela reabilitação urbana de Lisboa e Porto”. O director geral da Coelho da Silva entende que “este crescimento tem sido fortemente motivado pela dinâmica do crescimento do Alojamento Local e do investimento estrangeiro no imobiliário. No resto do país os números continuam muito baixos. Esperamos que em 2017 esta tendência positiva se acentue e se estenda ao resto de Portugal”. Ana Rodrigues salienta o papel da Umbelino Monteiro que, garante, “há muito que desenvolve técnicas construtivas que assentam nas boas práticas da aplicação dos materiais de construção e tem vindo a incluir na sua oferta, produtos complementares que permitem apresentar e disponibilizar soluções construtivas atendendo ao conforto térmico e acústico, coadjuvado com os critérios de funcionalidade, compatibilidade, ventilação, estética e identidade arquitectónica nacional”. A responsável de Marketing da empresa recorda que a Umbelino Monteiro constitui um dos principais players portugueses no âmbito das coberturas “e possui um elevado know-how do mercado, advindo dos seus 58 anos de existência, o que permite disponibilizar produtos e soluções para coberturas capazes de colmatar necessidades do mercado”. ”O grande desafio do sector, e falo especificamente das coberturas cerâmicas, passa por transmitir qual o impacto que uma cobertura eficiente tem em todo o edifício e a influência que tem na sua durabilidade e vida útil”, diz Pedro Abrantes, que acrescenta que importa “consciencializar todos os intervenientes da obra que a escolha dos produtos e elementos que compõem um telhado são unos e que juntos formam uma solução diferenciadora e duradoura. Na Cobert, temos o lema de que “os componentes são os elementos que vão transformar as nossas telhas num telhado” e este é o grande desafio que temos”, defende o director comercial da Cobert. “Ter a ideia que a cobertura é apenas um revestimento de topo, é um engano e por isso nem todos os materiais são adequados para comporem uma cobertura de telhado com condições de eficiência energética e de habitabilidade futuras”, acrescenta, salientando que “o grande desafio é, portanto, impor todas as qualidades e mais-valias que uma cobertura integrada e eficiente tem face a outros materiais, respeitando sempre o equilíbrio e paisagem arquitectónica”. Para os responsáveis da Destaca, “as soluções existentes no mercado encontram-se, de um modo geral, optimizadas pela rapidez de execução e novas metodologias de construção, nomeadamente, materiais com maior rentabilização e estruturas vocacionadas para os diferentes requisitos solicitados”. Ao CONSTRUIR revelam acreditar que “num mercado cada vez mais exigente e competitivo, onde predomina a necessidade de rapidez e eficácia dos métodos utilizados, apresentam-se sistemas, que aliam cada vez mais a segurança, o conforto, elevado isolamento, flexibilidade e design, baixa manutenção, curtos prazos de execução e custos bastante competitivos”.
Novidades
Olhando para este panorama, importa perceber em que estão a apostar as empresas para responder àquilo que são as necessidades do mercado. Ana Rodrigues revela que a Umbelino Monteiro está a apostar no desenvolvimento de novas soluções construtivas para coberturas e na criação de ferramentas e suportes que auxiliem não só o trabalho da equipa mas também dos clientes e parceiros. A responsável de Marketing da empresa adianta que a Umbelino Monteiro “tem vindo a reajustar as metodologias de trabalho e a oferta de produtos e serviços para que possa satisfazer cada vez melhor as necessidades que o mercado apresenta”. Destaque-se a Solução UM-RENOVAR, a qual enquanto sistema Integrado pretende promover de forma conjunta telhas cerâmicas e fibrocimento (sem amianto), acessórios e componentes. “A Solução UM-RENOVAR é o resultado do aperfeiçoamento contínuo dos nossos produtos e de uma especial preocupação no incremento da compatibilidade dos mesmos entre si, de modo a garantir que quando utilizados em conjunto, resultem numa solução construtiva durável, funcional e fiável com o intuito de promover a eficiência energética, a ventilação e a compatibilidade entre produtos”, garante. Ao CONSTRUIR, os responsáveis da Destaca garantem apostar “na elevada resistência e eficiência dos materiais que utiliza e nas mais diversas soluções construtivas que emprega, nomeadamente com a utilização do aço leve galvanizado como material de eleição, aliando a segurança, eficiência estrutural, liberdade arquitectónica e a rapidez de execução que proporciona”. “As mais-valias das soluções construtivas utilizadas pela Destaca passam ainda, dizem, “pela sua elevada eficiência energética, sustentabilidade do sistema e aplicação de desperdício zero, com garantia ecológica do reaproveitamento dos materiais utilizados”. “A maior competitividade dos preços está aliada a uma performance incomparável na racionalização do tempo de execução, qualidade e conforto das nossas soluções construtivas. Sendo que, para alcançar preços mais competitivos, o sistema construtivo STEEL apresenta métodos mais eficazes, processos mais rápidos, racionalização dos meios de transporte e optimização da mão-de-obra”, consideram.
Pedro Abrantes garante ao CONSTRUIR que tem sido estratégico o trabalho para “encontrar soluções diferenciadoras e de qualidade que reúnam design, aplicabilidade e mais-valias em termos de eficiência”. O director comercial da Cobert assegura que “com as inovações que vamos criando, também procuramos sempre ir de encontro às necessidades arquitectónicas quer nos produtos destinados à reabilitação quer nos produtos destinados à obra nova. Nos próximos 10 anos, seguramente que o nosso portfólio apresentará soluções que respeitem todas estas questões”. João Arrais, director geral da Coelho da Silva recorda que a empresa tem feito uma forte posta na linha Plasma “que pode ser utilizada simultaneamente em fachada e cobertura, para a qual tem um conjunto de acabamentos, texturas e acessórios absolutamente único no mercado e para a qual disponibiliza um suporte técnico totalmente diferenciado: a biblioteca BIM mais avançada do sector em formato aberto e disponível para qualquer utilizador”. Para aquele responsável, “outra solução que temos começado a trabalhar ao nível da prescrição é na Climatile, uma lajeta para coberturas planas que permite reflectir 80% da radiação solar, de instalação muito fácil, leve e com a possibilidade de acessibilidade imediata para reparações ou limpezas das coberturas planas ou invertidas”.
Emanuel Pereira, administrador da Tecofix, recorda que os projectos actuais de engenharia são cada vez mais inovadores, levando os fabricantes de materiais e processos construtivos a desenvolver novas soluções. “Nesta área as empresas devem-se posicionar do mesmo modo. Por exemplo, as cofragens utilizadas no passado para a construção de uma obra de arte tiveram que evoluir para aquelas que hoje conhecemos e que eram inimagináveis há 50 anos atrás”. Deste modo, assegura, “a Tecofix está atenta ao mercado adaptando-se aos novos desafios. A nossa aposta está em estar junto dos nossos clientes aconselhando sempre a melhor solução para os seus projectos. Estamos cada vez mais direccionados para o sector da fixação estando, neste momento, focados na nossa gama sísmica, seja de ancoragens mecânicas/químicas ou estrutural/não estrutural”. “Face ao contexto actual da reabilitação urbana que carece de legislação adequada, a nossa preocupação com este assunto leva-nos a estar na vanguarda desta temática”, concluem.