50 anos de arquitectura portuguesa expostos em Paris
A mostra que é comissariada por Nuno Grande, é inaugurada esta terça-feira na Cité de l’Architecture & du Patrimoine, em frente à Torre Eiffel, em Paris e assinala o meio século da presença da Fundação Gulbenkian na capital francesa
Ana Rita Sevilha
Passivhaus Portugal com programa extenso na Tektónica
2024 será um ano de expansão para a Hipoges
Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa
Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024 já tem data marcada
Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho
Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais
Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia
Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€
‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%
‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024
“Os universalistas – 50 anos de arquitectura portuguesa” é o nome de uma exposição que propõe um olhar sobre meio século de pensamento e produção arquitectónica portuguesa. A mostra que é comissariada por Nuno Grande, é inaugurada esta terça-feira na Cité de l’Architecture & du Patrimoine, em frente à Torre Eiffel, em Paris e assinala o meio século da presença da Fundação Gulbenkian na capital francesa.
Percorrendo o trabalho de arquitectos de referência como Fernando Távora, Alberto Pessoa, Ruy d’Athouguia, Manuel Tainha, Pancho Guedes, Nuno Teotónio Pereira, Nuno Portas, Álvaro Siza, Alcino Soutinho, Eduardo Souto de Moura, João Luís Carrilho da Graça e Manuel Graça Dias; mas também de alguns dos mais promissores arquitectos portugueses das últimas décadas, como Manuel e Francisco Aires Mateus, ARX Portugal, Paulo David, Paula Santos, João Mendes Ribeiro, Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos, a exposição mostra 50 projectos que reflectem as transformações político-sociais em Portugal, nos últimos 50 anos.
Maquetes, desenhos técnicos e fac-símiles de esquissos ou esboços de arquitectos – com fotografias, textos e caricaturas -, e ainda entrevistas com cinco críticos de arquitectura portugueses – Ana Tostões, Ana Vaz Milheiro, José António Bandeirinha, Jorge Figueira e Ricardo Carvalho – e quatro críticos franceses – Jean-Louis Cohen, Jacques Lucan, Dominique Machabert e Francis Rambert -, contam a história destes 50 anos.
Sobre o “universalismo”, Nuno Grande explica em entrevista no sítio da Internet da Fundação Calouste Gulbenkian que se trata da forma como nos relacionamos com o mundo e com o “outro”. Na arquitectura, Nuno Grande refere que “é um posicionamento que nem é localista, nem é globalizador é, portanto, ‘universalista’; ou seja, não está interessado em impor uma arquitectura completamente regional, folclórica, ou pretensamente ‘portuguesa’, nem, por outro lado, idêntica em todo o lado, como ocorre hoje com a produção de muitos ‘arquitectos-estrelas’ globais”.
Para a exposição, diz Nuno Grande, “tentei escolher arquitectos que estivessem dentro de algumas ‘linhagens’ geracionais, ou seja, que fossem discípulos de outros arquitectos que já possuíam esse posicionamento, e que, por sua vez, o tenham transmitido às novas gerações, embora, naturalmente, longe de uma perspectiva academizante. Procuro abarcar, pelo menos, três gerações que desde 1960 trabalham nessa perspectiva ‘universalista’”.
A exposição ficará patente até 29 de Agosto.