Morreu Nuno Teotónio Pereira
Ao longo da sua carreira, foram inúmeras as vezes que foi condecorado, tendo ganho vários prémios de arquitectura. O Construir atribui-lhe o Prémio Excelência dos Prémios Construir, em 2009
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O arquitecto Nuno Teotónio Pereira, uma das figuras referência da arquitectura nacional, morreu hoje, em Lisboa, em vésperas de completar 94 anos.
Teotónio Pereira tinha sido distinguido com o Prémio Universidade de Lisboa em Abril de 2015, por unanimidade do júri do prémio, presidido pelo reitor da universidade, António Cruz Serra, que destacou que o arquitecto como “um profissional brilhante” e “uma figura ética” com “vasta obra em Lisboa, que inclui três prémios Valmor”. “Nuno Teotónio Pereira é uma personalidade permanentemente comprometida com a necessidade de se construir uma sociedade cada vez mais justa e cada vez melhor”, sublinhou.
Nascido em Lisboa em 1922, Teotónio Pereira formou-se em Arquitectura pela Escola de Belas Artes de Lisboa e destacou-se no Urbanismo e nas questões da habitação. Em 1948 participou no 1º Congresso Nacional de Arquitectura e ainda entre esse ano e 1972, foi consultor de Habitações Económicas na Federação das Caixas de Previdência, tendo realizado o primeiro concurso para habitações de renda controlada.
Nuno Teotónio Pereira foi também Presidente do Conselho Directivo Nacional da A.A.P. nos mandatos 1984-1986 e 1987-1989 e a nível internacional foi o primeiro delegado português ao Comité do Habitat da União Internacional dos Arquitectos em Bucareste, no ano de 1966.
Ao longo da sua carreira, foram inúmeras as vezes que foi condecorado, tendo ganho vários prémios de arquitectura, tais como o Prémio da I Exposição Gulbenkian, em 1955, com o Bloco das Águas Livres, o Prémio AICA de 1985, os Prémios Valmor de 1967, 1971 e 1975 com a Torre de Habitação nos Olivais Norte, o Edifício Franjinhas na Rua Braamcamp e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, respectivamente. Nuno Teotónio Pereira foi ainda condecorado membro honorário da Ordem dos Arquitectos em Novembro de 1994 e Doutor Honoris Causa, pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em 2003. O Construir atribui-lhe o Prémio Excelência dos Prémios Construir, em 2009.
O Construir tentou obter uma reacção por parte da Ordem dos Arquitectos, mas tal não foi possível.