Zaha Hadid refuta argumentos de Shinzo Abe para o cancelamento do Estádio Nacional de Tóquio
Em 2012, o atelier da arquitecta britânica de origem iraquiana havia vencido o concurso internacional de projecto para a construção de um estádio nacional na capital nipónica com capacidade para 80 mil pessoas
Pedro Cristino
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Zaha Hadid rejeitou os argumentos que o primeiro-ministro japonês utilizou para justificar o cancelamento do seu projecto para o Estádio Nacional de Tóquio, no âmbito das Olimpíadas e 2020, substituíndo, neste projecto, o seu atelier pelo de Kengo Kuma.
Em 2012, o atelier da arquitecta britânica de origem iraquiana havia vencido o concurso internacional de projecto para a construção de um estádio nacional na capital nipónica com capacidade para 80 mil pessoas. Todavia, em Julho deste ano, Shinzo Abe anunciou o cancelamento desta obra inicialmente avaliada em 1,7 mil milhões de euros , citando os custos demasiado elevados como a principal razão.
Agora, em comunicado de imprensa, Zaha Hadid refere que, “infelizmente, as autoridades japonesas, com o apoio de alguns colegas nossos de profissão no Japão, conspiraram para fechar as portas do projecto ao mundo”.
“Este chocante tratamento de uma equipa internacional de projecto e de engenharia, bem como das respeitadas empresas japonesas de projecto com quem trabalhámos, não se relaciona com o projecto ou o orçamento”, continua a mesma fonte, destacando que, “uma grande parte dos nossos dois anos de trabalho no projecto de detalhe e a redução de custos que recomendámos foram validadas pelas marcantes semelhanças entre o nosso “layout” detalhado original do estádio e a configuração das bancadas e as do projecto anunciado hoje” – o atelier Kengo Kuma & Associates foi anunciado, a 22 de Dezembro, como substituto de Zaha Hadid neste projecto.
Segundo Zaha Hadid, o trabalho de construção desta infra-estrutura estaria já a decorrer “se a equipa de projecto original tivesse sido simplesmente capaz de desenvolver este projecto original, evitando os custos inflacionados por um atraso de 18 meses e o risco de que o mesmo possa não estar pronto a tempo dos Jogos Olímpicos de 2020”.