Reabilitação vale 7% da produção nacional do sector da construção
Os números constam de um estudo encomendado pela Associação dos Industriais da Construção Civil do Porto (AICCOPN) à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
CONSTRUIR
Logicor conclui nova plataforma logística em Santo Tirso
Primeiro ‘Meet Up’ da Zome aborda habitação e propõe soluções
Renovação de escritórios: custos de “fit out” na Europa registaram um aumento de 4%
Savills desenvolve conceito e projecto da nova sede da Sacyr Somague
Diana Pinto assume direcção de Digital Mall Marketing da Sierra
Schneider Electric integra Airzone no seu ecossistema Wiser
Metropolitano “estuda” prolongamento do Metro Sul do Tejo até à Costa de Caparica
ANA anuncia para breve lançamento de concurso para obras na Portela
Otovo cresce +88% nas receitas globais geradas em 2023
Efeito Alta Velocidade impacta concursos de empreitadas de obras públicas
Muito se fala de Reabilitação Urbana e os sinais de que está a ganhar força até são visíveis, contudo, ainda há um longo caminho a percorrer, uma vez que a reabilitação de edifícios vale apenas 7% do total da produção do sector da construção civil e obras públicas – um valor muito inferior face ao verificado na média da União Europeia (36,8%) ou mesmo em Espanha (25%).
Os números constam de um estudo encomendado pela Associação dos Industriais da Construção Civil do Porto (AICCOPN) à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que concluiu também que, há 1,5 milhões de habitações no país a necessitar de intervenção, estando 200.000 edifícios em perigo de ruína e a carecer de intervenções profundas.
Traduzido em investimento, dos 38.000 milhões dde euros necessários para reabilitar todo o património habitacional do país, 6.223 milhões são precisos para obras de conservação e manutenção enquanto as grandes reparações estão avaliadas em 9.335 milhões e a reparação de património muito degradado em 7.128 milhões. No que diz respeito às pequenas e médias reparações, estão orçadas em 15.312 milhões.
Segundo Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), os 2,5 mil milhões de euros do fundo para a reabilitação urbana que o Governo anunciou recentemente no âmbito do próximo quadro comunitário não são suficientes: “Esse é um valor pequeno para as necessidades. Aliás, com todo o património que há para reabilitar, deveríamos ter um plano a 15 anos, com expressão, que nos aproximasse da média europeia. Precisamos de aproveitar ao máximo os fundos do próximo quadro comunitário, designadamente os ligados à eficiência energética, à fiscalidade verde e aos riscos sísmicos”.
Ao Diário de Notícias o mesmo responsável admitiu que “Portugal já vive uma dinâmica diferente nesta matéria”, mas sublinha que “não chega, é preciso muito mais”.