Rendas de habitação em Portugal desceram 14% desde 2010
Os dados apresentados pela Confidencial Imobiliário revelam ainda que foi em Lisboa, onde as rendas são mais elevadas, que o ajustamento foi mais acentuado, atingindo uma descida de 19,3% desde 2010
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As rendas das casas em Portugal reduziram em 14% desde 2010, segundo o novo Índice de Rendas Residenciais publicado pela Confidencial Imobiliário. Este novo sistema de informação para o mercado habitacional português foi apresentado por esta entidade durante a Conferência de Abertura do SIL –Salão Imobiliário de Portugal.
O índice, que conta com o apoio do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, acompanha o valor dos novos contratos de arrendamento celebrados em Portugal, traduzindo a evolução das rendas no mercado de renda livre ao longo do tempo.
De acordo com a Confidencial Imobiliário, a base para o apuramento deste índice é o SIR –Sistema de Informação Residencial, que reúne informação de cerca de 18 mil contratos anualmente, reportados para este sistema pelas principais redes de mediação imobiliária a actuar em Portugal, mas também pela Associação Lisbonense de Proprietários e pelo IHRU – Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (o qual reporta para o SIR a informação dos contratos que são objecto de apoio no quadro do Programa Porta 65).
Remontando a 2010, o novo Índice de Rendas Residenciais da Confidencial Imobiliário mostra que foi no período entre o 3º trimestre de 2012 e o 1º trimestre de 2013 que se verificou uma maior redução das rendas contratadas, uma altura que coincide com a entrada em vigor do novo regime do Arrendamento Urbano. De acordo com a Confidencial Imobiliário, nesse período, as rendas contratadas baixaram 6%. O Índice revela ainda que, após um ciclo de ajustamento nas rendas dos novos contratos de arrendamento, estas estabilizaram no 2º trimestre deste ano, registando uma variação homóloga de 0,5%.
Os dados apresentados pela Confidencial Imobiliário revelam ainda que foi em Lisboa, onde as rendas são mais elevadas, que o ajustamento foi mais acentuado, atingindo uma descida de 19,3% desde 2010. No caso da Capital, a estabilização na evolução das rendas iniciou-se no 3º trimestre de 2013, acumulando desde então uma recuperação de 1,4%.
Para Ricardo Guimarães, Director da Confidencial Imobiliário, “este novo índice de rendas é uma ferramenta essencial na monitorização do imobiliário, numa altura em que coexistem os mercados de compra e venda e de arrendamento, sendo ambos parte da equação de rentabilização dos investimentos. A queda nas rendas traz um benefício para as famílias. A sua estabilização abre a porta aos investidores, cuja acção é essencial para assegurar um saudável equilíbrio de mercado”.