Boom Festival ergue-se em Idanha-a-Nova com 80% de materiais reutilizados e naturais
O festival português é pioneiro em projectos ecológicos e tem conquistado vários prémios de sustentabilidade e boas práticas
Ana Rita Sevilha
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Mais de 45 mil toneladas de madeira, 50 mil de plástico e 600 de metal reciclados deverão ser usadas na construção das várias instalações e estruturas que ocupam os 150 hectares de terra da Herdade da Granja, em Idanha-a-Nova, onde, de dois em dois anos, se realiza o BOOM FESTIVAL.
O festival internacional que tem conquistado vários prémios de sustentabilidade e boas práticas e que se assume como pioneiro em projectos ecológicos, vai também utilizar materiais reciclados de edições anteriores e até de outros festivais de música, como é o caso do Rock in Rio. Uma atitude que permitiu,na última edição, “evitar que cerca de 315 toneladas de lixo fossem enviadas para um aterro, a que correspondiam mais de 800 toneladas de CO2, o equivalente às emissões produzidas por 534 habitações de três pessoas cada”, garante a organização do festival.
Em nota de imprensa, a organização sublinha ainda que, o festival é “responsável por vários projectos pioneiros em áreas como recursos energéticos sustentáveis, casas de banho de compostagem, sistema de tratamento de água, reutilização de materiais de construção, regeneração de habitats e ecossistemas, reciclagem e compostagem de resíduos, promoção de transportes públicos, bicicletas e partilha de automóveis como meios para chegar ao festival e recurso à bioconstrução e ao biocombustível”. Um conjunto de boas práticas que lhe valeu a distinção de “Green’n’Clean Festival of the Year”, em 2010, e “Inspiração Verde”, em 2012.
Com o objectivo de partilhar um exemplo concreto de que diversão e sustentabilidade podem coexistir num festival, e tendo em conta que a indústria da construção é responsável por cerca de 25 por cento das emissões de CO2, o Boom Festival opta por métodos alternativos como a bioconstrução, minimizando o recurso a materiais que exijam uma grande quantidade de energia no seu fabrico e/ou transporte. Assim, explica a mesma fonte, para além de materiais reciclados, a construção das instalações do Boom recorre também a produtos naturais como fardos de palha, terra, raízes, madeira, bambu, cana, adobe e pedra.
Relativamente à eficiência energética, são várias as medidas introduzidas e vão desde “a reutilização de óleo vegetal como biocombustível que alimenta geradores e movimenta as viaturas da organização, a centrais fotovoltaicas móveis”.
De salientar que o Programa Ambiental do Boom não é financiado por nenhuma entidade externa, e é desenvolvido em parceria com o Ecocentro IPEC, do Brasil.