Actividade no mercado de compra e venda de habitação com indícios de equilíbrio
Em termos regionais, o RICS observou tendências semelhantes na três regiões abrangidas pelo inquérito – Lisboa, Porto e Algarve
Ana Rita Sevilha
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O último inquérito mensal produzido pelo RICS e pela Confidencial Imobiliário (referente a Setembro) concluiu que, “os preços das casas no mercado nacional de compra e venda de habitação podem estar perto de alcançar um equilíbrio, tendo em conta os níveis superiores de actividade registados no mercado”.
Assim sendo, “e apesar do saldo de respostas relativo aos preços ter recuado ligeiramente, de -22 em Agosto para -26 em Setembro, este foi o 2º melhor resultado alcançado nos últimos 3 anos, o que, associado, à melhoria dos indicadores de actividade, sugere que os preços possam estar próximos de estabilizar”, avança a mesma fonte em comunicado de imprensa.
No documento enviado ao Construir, o Portuguese Housing Market Survey (PHMS) relativo ao mês de Setembro “revela que o saldo de respostas relativo a transacções se apresentou positivo, pela primeira vez desde o início da série (Setembro de 2010)”. De acordo com a mesma fonte, “as melhorias foram ainda visíveis na série de respostas referentes a novas instruções de compra, que avançaram igualmente para terreno positivo”.
Por seu turno, o índice nacional de confiança apresentou um ligeiro recuo (de 5 pontos para -3 pontos) face a Agosto, mas como explica o RICS, “este resultado não é particularmente surpreendente dado o forte aumento que este indicador havia registado no mês passado”.
Em termos regionais, o RICS observou tendências semelhantes na três regiões abrangidas pelo inquérito – Lisboa, Porto e Algarve –, sugerindo este facto que a maior robustez dos dados é ampla e, consequentemente com uma maior probabilidade de se manter.
Quanto a expectativas relativas a vendas, mantiveram-se positivas em cada uma das 3 regiões pelo 3º mês consecutivo. A juntar a isto, revela o RICS que “as novas instruções de compra passaram a apresentar um saldo positivo em todas as regiões pela 1ª vez na história do inquérito, reforçando-se assim a ideia de uma melhoria da dinâmica de mercado”.
No que ao mercado de arrendamento diz respeito, “Setembro denotou um crescimento da procura por parte dos inquilinos e das instruções por parte dos proprietários”. Consequentemente, “o saldo de respostas relativo a expectativas de volume disponível para arrendamento apresentou-se o mais elevado dos últimos 4 meses”. Em relação às rendas, apesar de se prever que continuem a cair nos próximos meses, o ritmo de queda estabilizou ao longo dos últimos 12 meses.
Ricardo Guimarães, Diretor da Ci, sublinha: “Num passado recente, a principal preocupação citada pelos respondentes do PHMS era o comportamento do sector bancário, na medida em que este oferecia condições de empréstimo mais competitivas para o seu próprio stock de propriedades. Actualmente, apesar de tal permanecer, já não se apresenta como o principal problema.”
Josh Miller, Economista Sénior do RICS, acrescenta: “Os resultados do inquérito de Setembro apresentam mais evidências de uma estabilização do mercado de compra e venda. No entanto, o mercado permanece fragilizado: o cenário económico permanece fraco e, apesar de os dados recentes referentes ao PIB serem encorajadores, precisam de ser sustentados antes que seja possível estarmos, de forma realista, em posição para falar de recuperação no sector imobiliário.”