Vender casa demora em média 14 meses
De acordo com o estudo, o mercado imobiliário manteve-se estagnado em Agosto, com “o tempo médio de absorção no mercado de venda a situar-se em cerca de 14 meses, enquanto que no mercado de arrendamento se cifra em 4 meses”
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Vender uma casa demora, em média, 14 meses, enquanto arrendar ronda os 4 meses, revela o Imovirtual Market Index, um barómetro sobre a actividade do mercado imobiliário em Portugal.
O barómetro, desenvolvido em parceria entre o portal Imovirtual.com e a Escola Superior de Actividades Imobiliárias (ESAI), resulta da auscultação feita aos profissionais do sector tendo sido inquiridas 208 Empresas de mediação imobiliária, angariadores, empresas de administração de imóveis e promotores.
De acordo com o estudo, o mercado imobiliário manteve-se estagnado em Agosto, com “o tempo médio de absorção no mercado de venda a situar-se em cerca de 14 meses, enquanto que no mercado de arrendamento se cifra em 4 meses”.
“Exigindo, a aquisição de uma habitação, um elevado esforço financeiro durante um período de tempo bastante dilatado, é natural que a ponderação que tal passo exige seja muito superior a uma decisão que permite de forma mais dinâmica ajustar a satisfação da sua necessidade através do mercado de arrendamento, segmento que continua a conquistar mais peso do lado da procura, sem todavia, ainda encontrar a respectiva contrapartida do lado da oferta”, justifica o documento.
Os inquiridos identificam entre os principais constrangimentos a crescente restritividade bancária, a diminuição do poder de compra das famílias e a maior volatilidade do mercado de trabalho.
Face às condicionantes, o barómetro sublinha que os profissionais do sector “terão de procurar novas formas de rentabilização dos produtos imobiliários, que não passem pela tradicional compra com recurso ao crédito, em que se tem baseado o mercado habitacional português”.
A queda do valor médio das avaliações bancárias é também invocada para justificar as dificuldades da actividade: para os profissionais do sector as avaliações bancárias estão “desfasadas da realidade, inviabilizando, assim, parte significativa dos negócios”.