Jones Lang LaSalle Portugal anuncia crescimento de volume de negócios em 2011
Num ano especialmente difícil para o mercado imobiliário português, a Jones Lang LaSalle revelou que consolidou a sua actividade, “registando um crescimento de 7% no seu volume de negócios face ao ano anterior”
Ana Rita Sevilha
Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€
“Um futuro sustentável para a Construção” domina programação da 31ªConcreta
Casa cheia para a 31ª edição da Concreta
Signify ‘ilumina’ estádio do Sporting Clube de Portugal
Savills comercializa 2.685 hectares de floresta sustentável em Portugal e Espanha
Tecnológica Milestone com 36% de mulheres nas áreas STEM supera média nacional
Sede da Ascendi no Porto recebe certificação BREEAM
KW assinala primeira década em Portugal com videocast
LG lança em Portugal nova gama de encastre de cozinha
CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR
A Jones Lang LaSalle Portugal apresentou os resultados da sua actividade em 2011 e as principais perspectivas para a performance da empresa e do mercado imobiliário em 2012.
Num ano especialmente difícil para o mercado imobiliário português, a Jones Lang LaSalle revelou que consolidou a sua actividade, “registando um crescimento de 7% no seu volume de negócios face ao ano anterior”.
De acordo com a consultora, a sua boa performance “alicerça-se nas áreas de negócio não transacionáveis, mas regista também um importante contributo das áreas de investimento e escritórios, nas quais, apesar do ano sofrido para o global do mercado, a consultora se evidenciou, garantindo cerca de 30% do total anual investido em imobiliário e cerca de 23% da área transaccionada em escritórios”.
Pedro Lancastre, Director Geral da Jones Lang LaSalle Portugal, frisa: “Para a Jones Lang LaSalle o balanço do ano é positivo, já que, num mercado com condições tão adversas, conseguimos aumentar o nosso volume de facturação. Este resultado reflete o ajustamento que, de forma progressiva, temos vindo a fazer no nosso modelo de negócio, com uma aposta cada vez maior nas áreas não transacionáveis, menos oscilantes e que compensam a quebra nas áreas dependentes de transações. As áreas transaccionais, não obstante a fraquíssima performance do mercado, tiveram um excelente comportamento porque participámos nas maiores operações de arrendamento e de investimento. Com os 36.000 m2 que ajudámos a arrendar, e os €61 Milhões que ajudámos a transaccionar, podemos afirmar que em 2011 fomos líderes nestas áreas transaccionais.”
No final de 2011, as áreas não transacionáveis – que incluem avaliações, gestão de imóveis, arquitectura e consultoria – “representavam já mais de dois terços do volume de negócios da Jones Lang LaSalle em Portugal, traduzindo o crescimento consecutivo ao longo dos últimos quatro anos”.
Apesar da baixa performance do mercado de escritórios de Lisboa – que atingiu mínimos históricos no espaço da última década – a quota de mercado da Jones Lang LaSalle nesta área (considerando operações feitas por agentes e operações directas) totalizou os 23%, com a consultora a colocar 20.234 m2 do total dos 87.649 m2 transaccionados por todo o mercado ao longo do ano, relembra a mesma.
Nos dois últimos meses de 2011, “a consultora, através dos departamentos de Office Agency e Corporate Solutions, garantiu cerca de 41% da actividade do mercado, com a colocação de mais de 6.000 m2 em Novembro e igual volume em Dezembro. Entre as operações concluídas na recta final do ano, destaque para o arrendamento da nova sede de uma multinacional americana no Parque das Nações, com cerca de 6.120 m2, e do BNP Paribas, no Ed. Gago Coutinho 26, com uma área de 4.126 m2”.
Actualmente, o departamento de Office Agency tem 31 mandatos de exclusividade e co-exclusividade, com uma carteira em comercialização de mais de 103.000 m2 de escritórios.
De acordo com a consultora imobiliária, o mercado de investimento imobiliário terá transacionado em 2011 um volume total de cerca de 200 milhões de euros, com uma redução de actividade de 70% face ao ano anterior. “Neste ano especialmente difícil para o investimento imobiliário, a Jones Lang LaSalle assessorou as principais operações realizadas em Portugal, garantindo um volume de investimento de 61 milhões de euros, numa quota de 30% do total do mercado”.
Totalizando 28 mandatos com um valor de mercado de 386 milhões de euros, o departamento de Capital Markets da consultora actuou na compra da sede do BBVA em Portugal, “num negócio avaliado em cerca de 31 milhões de euros e que se constituiu como a maior operação do ano em escritórios; na compra de um edifício de escritórios na Av. Duarte Pacheco por cerca de 27 milhões de euros; e, entre outros de menor dimensão, na venda da loja da MUJI, no Chiado, por 3,1 milhões de euros”.
Em comunicado de imprensa a consultora imobiliária destaca ainda que no Departamento de Retail Leasing – “área em que a Jones Lang LaSalle é líder de mercado, a actividade refletiu a maturidade do próprio mercado, que registou uma performance em contração”.
Em 2011, foram inaugurados cerca de 113.900 m2 de ABL, e para 2012, está prevista apenas a abertura de cerca de 62.000 m2, equivalente a um centro comercial e dois retail parks, num ano que se espera especialmente difícil para os formatos já consolidados de retalho em Portugal.
No total, “este departamento tem três projectos em comercialização num total de 66.000 m2, além de uma portef.﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽ae cerca de 50.000 m2 ólio de 30 projectos em funcionamento e dos quais está encarregue da recomercialização. Tem ainda uma carteira de lojas de rua cada vez maior, além de representar diversas insígnias de renome na procura de espaços comerciais”.
O Departamento de Arquitetura “foi o que contribuiu com a maior fatia para o volume de faturação da empresa”, revela a mesma. Ao longo de 2011 foram concluídos 34 projectos e obras nas áreas de fit-out de escritórios, com trabalhos realizados para empresas como a W.S. Atkins na Torre Ocidente, os novos escritórios da Adecco no Parque das Nações, ou os escritórios de Intercement, em Viena, Áustria.
Na área de Avaliações foram avaliados em 2011 mais de 6 milhões de m2, com um valor de mercado de cerca de 5,3 mil milhões de euros. A Gestão de Imóveis – que é já a segunda área da empresa em termos de faturação, “conta com um total de 13 mandatos num total de 230.000 m2. Da área gerida, 68% diz respeito a imobiliário de retalho e os restantes 32% a escritórios. Entre os principais mandatos conquistados em 2011, destacam-se a gestão da Torre Ocidente e do W Shopping”.
No que diz respeito ao Departamento de Consultoria, uma das áreas em que a consultora está a apostar na diversificação, realizou estudos correspondentes a uma área bruta locável de cerca de 556.600 m2.
O ano de 2012, de acordo com Pedro Lancastre, “será um ano muito desafiante. Mas quero acreditar que em 2011 o mercado já bateu no fundo e, apesar de considerarmos que em 2012 o desempenho não será muito diferente, começam a denotar-se algumas tendências que, a continuarem, poderão tornar-se oportunidade. Há produtos excelentes com preços baixos, há oportunidades muito boas de negócios para quem tem capitais próprios, escritórios vazios com rendas atractivas, e o mesmo acontece nas lojas e habitação. Será um bom ano para se comprar e arrendar, apesar do mercado estar quase seco de financiamento”.
E acrescenta: “Na nossa actividade, não podemos ser excessivamente optimistas, estamos conscientes das dificuldades. Mas crescemos em 2011, mesmo contra o mercado e acredito que vamos continuar a crescer em 2012, apesar da apatia do mercado. Queremos continuar a crescer em gestão, avaliações e arquitectura, áreas que neste momento são fulcrais para compensar a quebra verificada nas áreas de agência, refletindo a baixa de mercado em termos de transações. No entanto, estamos também a crescer em agência de escritórios e pretendemos reforçar-nos nesta direcção, assim como no sector de investimento, para o qual incorporámos um novo director, com especial trabalho desenvolvido junto de investidores internacionais. Também na área de consultoria estamos a procura diversificar. Estou confiante de que vamos conseguir crescer, até porque temos o mais importante, ou seja, uma equipa experiente e empenhada, que estou certo saberá trazer mais negócio para a empresa e continuar a apoiar e a gerar valor para os nossos cientes nesta fase conturbada”.
Na análise ao mercado imobiliário em 2011, a Jones Lang LaSalle destaca que foram batidos recordes pela negativa quer no retalho e nos escritórios, quer no investimento, sublinhando ainda que o ano foi marcado pela incerteza política e económica, o que influenciou profundamente a tomada de decisões referentes ao imobiliário.
Já no que respeita às perspetivas para 2012, a Jones Lang LaSalle antecipa que “a absorção de escritórios e as vendas no retalho continuem a ser afectados pelo agravamento da depressão económica, do desemprego e do menor poder de compra. A escassez de financiamento e a pressão para reduzir rendas serão ainda factores a marcar o imobiliário, além das expectativas referentes ao impacto da nova Lei do Arrendamento, especialmente no que concerne o mercado habitacional.