CBRE destaca nova realidade no mercado de investimento imobiliário
Outro dos motivos apontados para esta tendência, continua a mesma fonte, “resulta da expectativa que tem sido criada pela reforma da lei do arrendamento”
Ana Rita Sevilha
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“Os investidores particulares estão a apostar em imóveis de rendimento de pequena dimensão, destinados à habitação e ao comércio de rua”. Quem o revela é a consultora CBRE, sublinhando que “esta é uma das novas tendências no sector imobiliário, que traduz a necessidade que os investidores sentem de diversificação face aos tradicionais investimentos em activos financeiros. O investimento neste tipo de imóveis apresenta benefícios claros já que oferece muitas vezes maior segurança e rentabilidade”.
Outro dos motivos apontados para esta tendência, continua a mesma fonte, “resulta da expectativa que tem sido criada pela reforma da lei do arrendamento. O projeto-lei recentemente aprovado em Conselho de Ministros permite antever uma redução significativa dos riscos deste mercado, que assim se torna mais aliciante para o investimento”.
Estes investidores são, na sua maioria, “particulares que se dedicam à compra de imóveis entre os 500 mil euros e os 3 milhões de euros, aproximadamente, e que encontram no imobiliário uma alternativa viável para a rentabilização da sua poupança, aproveitando a correção de preços que se verifica no mercado”, explica a CBRE.
De entre muitos exemplos desta propensão, a consultora destaca alguns empreendimentos como o edifício Glória Residence, situado junto ao emblemático Elevador da Glória. Este edifício de escritórios dos anos 70 foi totalmente reabilitado e transformado em apartamentos com tipologias T0 e T1, tendo sido transformado num aparthotel, por um investidor particular. Ou ainda um edifício na Av. de Roma, recentemente vendido, que será reabilitado e do qual resultarão apartamentos com tipologias pequenas destinadas ao mercado de arrendamento.
Francisco Horta e Costa, Director de Capital Markets da CBRE, comenta: “os activos imobiliários têm provado ser muito resilientes em fases mais conturbadas da economia, porque são encarados como um refúgio natural do capital. Este fenómeno a que agora assistimos é típico dos momentos de maior instabilidade financeira ou cambial. Temos de facto acompanhado muitos investidores cuja preocupação é a materialização dos seus investimentos em bons activos, com rentabilidades interessantes e com capacidade para reter valor, se não mesmo para se valorizarem”.
Francisco Sottomayor, Director de Promoção da CBRE acrescenta: “no arrendamento habitacional, temos assistido ao crescimento de uma tendência de procura de tipologias pequenas, com o objectivo de servirem para estadias de curta duração. É o caso dos edifícios situados nas zonas históricas da cidade que, recentemente, têm registado taxas de ocupação muito interessantes”, acrescenta.