Sector de escritórios em Lisboa marcado pela “maturação e oscilação de comportamento”
De acordo com a Worx, ao longo dos últimos 10 anos, o Corredor Oeste foi a zona em maior destaque
Pedro Cristino
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Na última década, o sector de escritórios de Lisboa ficou marcado pela sua “maturação e oscilação de comportamento”.
De acordo com a Worx, ao longo dos últimos 10 anos, o Corredor Oeste foi a zona em maior destaque, uma vez que, “apesar de ter sido uma zona explorada tardiamente em relação às demais e inicialmente ter apresentado rendas elevadas, acabou por se moldar aos interesses da procura e aumentado consideravelmente a oferta, oferecendo espaços de escritórios de qualidade elevada a um valor competitivo”.
Desta forma, a consultora imobiliária declara, em comunicado de imprensa, que a Zona 6 apresentou a “maior aceitação no mercado de escritórios”, tendo sido responsável por 31% do “take-up” total registado.
Ao mesmo tempo, durante os últimos 12 anos, o “take-up” de Lisboa regisotu um total de cerca de 2,1 milhões de metros quadrados, que resultam de 3.164 transacções. “Se se tiver em consideralção que o stock de escritórios no final de 2010 ascendia a cerca de 4,4 milhões de metros quadrados, pode concluir-se que praticamente metade do stock foi ocupado durante os últimos 12 anos”, refere a Worx.
Segundo a consultora, esta absorção de espaço compreende igualmente “relocalizações de empresas no mesmo período de tempo, mas permite compreender a dinâmica e consolidação do mercado nos últimos anos”.
Por sua vez, é ressalvado, no comunciado, o facto de o mercado de escritórios lisboeta se ter consolidado na última década, sofrendo “profundas transformações” que o levaram a tornar-se num “mercado maduro e profissional”.
“Passou-se de uma situação em que a maioria dos espaços de escritórios eram adaptações de edifícios residenciais, para um stock qualificado e adequado às exigências de uma procura que passou das pequenas empresas para as multinacionais e grandes empresas que se sediaram em Portugal ou que cresceram neste período”, explica a Worx.
“É expectável que 2011 seja mercado pela redução do “take-up”, embora o segundo semestre possa vir a ter um melhor desempenho do que o primeiro, enquanto se irá verificar uma maior competitividade nos valores das rendas e períodos de carência, essencialmente nas Zonas 5 e 6”, explicou o responsável de Agência da Worx, Pedro Salema Garção.
O representante da consultora afirmou, relativamente à retoma do sector, que a mesma “só se irá verificar em meados de 2012”, sendo esperado que, contudo, se continue a registar a estagnação no desenvolvimento de novos projectos, sendo que se irá testemunhar “uma redução da oferta de novos espaços de escritórios”.
Prosseguindo, Salema Garção referiu que, “cada vez mais, os promotores só avançam com os seus projectos com o mínimo risco associado”, acrescentando que será fundamental “pensar na certificação energética ponderadamente no sentido que a cultura enraizada por parte dos iniquilinos ainda não a valoriza significativamente e, portanto, a disposição para ver o seu valor reflectido nas rendas é diminuta, mesmo que isso implique uma posterior redução de manutenção”.