OASRN manifesta preocupação com proposta de reabilitação para o Mercado do Bom Sucesso
O Mercado do Bom Sucesso, obra do atelier ARS Arquitectos, de Fortunato Cabral, Morais Soares e Cunha Leão, projectada em 1949 e inaugurada em 1952, foi recentemente classificado como Monumento de Interesse Público
Ana Rita Sevilha
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A Ordem dos Arquitectos – Secção Regional do Norte (OASRN), veio anunciar que “tendo tido conhecimento através dos meios de comunicação social, da proposta seleccionada para a reabilitação do Mercado do Bom Sucesso, que preconiza um programa de reconversão de características distintas das que deram origem ao edifício, manifesta preocupação pela transformação irreversível daquele que constitui um dos mais emblemáticos mercados da cidade”.
Em comunicado de imprensa a OASRN sublinha que “atendendo à necessidade de uma intervenção urgente e requalificadora do Mercado do Bom Sucesso, que inverta o actual processo de degradação e que perspective a possibilidade de uma reabilitação integral que respeite o projecto e usos originais, a OASRN considera que, com o projecto previsto e face às dúvidas que publicamente se levantam, não estão reunidas as condições essenciais que permitam, com ele, prosseguir qualquer estratégia de actuação para a salvaguarda dos critérios da sua classificação”.
Como tal, a OASRN manifesta a total disponibilidade para mediar um debate aberto à participação cívica sobre o futuro do Mercado do Bom Sucesso, na perspectiva de ser ainda possível encontrar uma solução consensual para o mesmo.
O Mercado do Bom Sucesso, obra do atelier ARS Arquitectos, de Fortunato Cabral, Morais Soares e Cunha Leão, projectada em 1949 e inaugurada em 1952, foi recentemente classificado como Monumento de Interesse Público, conforme Portaria 250/2011 de 25 de Janeiro do Ministério da Cultura, que fundamenta a classificação do Mercado “no seu valor arquitectónico, enquanto exemplar notável da arquitectura modernista dos anos 50, no seu valor urbanístico e sócio -cultural, enquanto edifício de referência na paisagem urbana da cidade do Porto e na vivência da população, constituindo um espaço privilegiado de encontro de gerações e classes sociais”.