Angola é o país africano que desperta maior interesse dos investidores
A prime yield do mercado residencial em Luanda atinge os 6%, “enquanto a renda prime de uma casa com quatro quartos, localizada numa zona prime e com elevado índice de qualidade de espaço é de 13.815 euros por metro quadrado por mês”
Pedro Cristino
Prospectiva e H3P supervisionam construção da Barragem do Calucuve, em Angola
Grupo Eurofred formaliza venda da sua filial Horeca Global Solutions
KEO inaugura escritório em Lisboa e duplica número de colaboradores
Twinkloo olha para o futuro do imobiliário em Portugal através de novo podcast
Geberit volta a juntar-se a Miguel Muñoz para espaço na Casa Decor 2024
Iad lança iniciativa que permite ter “estimativa realista e actualizada” dos imóveis
Análise: Mercado de escritórios em Lisboa em “forte recuperação”
Soluções do Grupo Preceram para a reabilitação e reconversão do edificado
OERS acolhe primeira edição dos ‘Prémios de Excelência na Academia’
B. Prime coloca modelo “inovador” da Regus em Lisboa
Angola é o país africano que tem motivado um maior interesse por parte dos investidores internacionais, segundo o Africa Report 2011, da Knight Frank, que em Portugal é representada pela Worx.
Este estudo apresenta “o comportamento do mercado de escritórios, de retalho e industrial em alguns países africanos com maior crescimento”, como é o caso de Angola, onde a oferta de escritórios de qualidade em Luanda, a capital, se mantém “reduzida, enquanto a procura continua a ser elevada, através, essencialmente, da indústria de petróleo”.
Assim, as rendas tendem a ser elevadas, estando actualmente “entre os valores mais altos a nível mundial”. A principal zona de escritórios situa-se ao longo da marginal, enquanto a zona Sul de Luanda tem visto a sua importância aumentada com o desenvolvimento de “importantes projectos”. Neste momento, segundo o estudo, a prime yield do mercado de escritórios da capital angolana situa-se nos 8%, enquanto que a renda prime ronda os 103 euros por metro quadrado por mês.
No sector do retalho, o Belas Shopping apresenta-se “como o primeiro centro comercial moderno de Luanda”, embora se assista ao desenvolvimento de novos espaços de elevada qualidade, dos quais o relatório destaca o Viana Shopping e o Comandante Gika, apresentando-se, este último, como um projecto misto, com um espaço destinado ao retalho, duas torres de escritórios, 136 apartamentos e ainda um hotel de cinco estrelas.
Neste sector, a prime yield corresponde a 10%, enquanto o valor mensal por metro quadrado se situa nos 69 euros.
O “boom” do petróleo levou Luanda a “crescer para além das suas reais capacidades” e, actualmente, são “inúmeros” os edifícios ocupados por inteiro pelo proprietário, embora se tenham verificado “investimentos consideráveis em espaços industriais, nomeadamente na zona de Viana e Bom Jesus, na província de Bengo. A prime yield do sector industrial consiste em 8% e a renda prime em 11 euros por metro quadrado por mês.
Em termos residenciais, Luanda foi “recentemente considerada a cidade mais cara do mundo para expatriados, devido às suas elevadas rendas”. A zona Sul de Luanda apresenta espaços residenciais “de elevada qualidade”, que são essencialmente ocupadas pelos colaboradores de empresas relacionadas com o sector do petróleo.
A prime yield do mercado residencial em Luanda atinge os 6%, “enquanto a renda prime de uma casa com quatro quartos, localizada numa zona prime e com elevado índice de qualidade de espaço é de 13.815 euros por metro quadrado por mês”.