Mercado de investimento imobiliário em Portugal totalizou 765ME em 2010
Os investidores nacionais foram os mais activos, principalmente através dos fundos de investimento imobiliário
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Ana Rita Sevilha
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O mercado de investimento imobiliário em Portugal totalizou 765 milhões de euros em 2010, de acordo com a Jones Lang LaSalle Portugal, superando assim as previsões iniciais de 600 milhões de euros e duplicando os volumes movimentados em 2009.
De acordo com a consultora, os investidores nacionais foram os mais activos, principalmente através dos fundos de investimento imobiliário, com os investidores internacionais a concentrarem apenas 38% do volume transaccionado.
No entanto, “as maiores operações foram protagonizadas pelos investidores estrangeiros, sendo disso exemplo a venda do Espaço Guimarães, da parceria Multi Development/Bouygues à Corio e da plataforma logística da Sonae à Aprirose RE Investment. As cinco maiores operações concentraram 44% do volume de investimento registado no mercado nacional em 2010”.
Em termos de segmentos, “o mercado de retalho recuperou o seu protagonismo no investimento nacional, com um volume de 437,7 milhões de euros transaccionados”, ou seja, mais do dobro do segundo sector mais dinâmico em 2010, nomeadamente o imobiliário de industrial e logística, cujo investimento ascendeu a 213,9 milhões de euros. “Os escritórios por seu turno, apresentaram uma performance pouco activa, registando um volume investimento na ordem dos 96,5 milhões de euros”. Com apenas 12,6 milhões de euros, o imobiliário hoteleiro foi o que observou menor actividade de investimento em 2010.
Pedro Lancastre, Director do Departamento de Capital Markets da Jones Lang LaSalle Portugal, comenta: “foi um ano positivo para o investimento em Portugal. Sobretudo para os investidores nacionais que compraram imóveis num valor total de aproximadamente 450 milhões de euros, volume que para estes investidores se traduz no segundo ano mais importante após 2007. Em relação aos investidores internacionais, o volume cresceu 78%. Destacamos 2 das 4 operações por se tratarem de dois investidores que investiram pela primeira vez em Portugal: a Corio e a Aprirose”.
O mesmo responsável acrescenta que “estes números só foram possíveis porque o mercado reagiu e apresentou activos líquidos, isto é, activos vendáveis com qualidade, com contratos de arrendamento longos, seguros e com bons inquilinos”. Para 2011, “é difícil fazer previsões mas dentro do contexto económico que Portugal atravessa, já seria positivo se se atingisse o mesmo volume de 2010. Para tal dependemos muito do investimento estrangeiro durante este ano, já que os fundos Portugueses estão outra vez com muita pouca liquidez para comprar. Vamos por isso tentar vender “Portugal”, mas sobretudo convencer os investidores estrangeiros que há activos imobiliários mais seguros do que o próprio país”.