Elevadores Enor vão regenerar energia
Segundo o comunicado da empresa, a regeneração de energia é “baseada na diferença de peso entre a cabina e o contrapeso”, acontecendo quando a cabina sobe pouco carregada ou vazia, ou quando desce com a carga completa
Pedro Cristino
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A filial portuguesa do Grupo Ascensores Enor vai lançar, no próximo ano, uma nova tecnologia que, acoplada aos seus elevadores, possibilitará a reutilização de parte da energia de que necessitam.
Segundo o comunicado da empresa, a regeneração de energia é “baseada na diferença de peso entre a cabina e o contrapeso”, acontecendo quando a cabina sobe pouco carregada ou vazia, ou quando desce com a carga completa.
A utilização dessa tecnologia permitirá a diminuição de 20% do consumo energético anual do equipamento, de acordo com o comunicado. Para além de permitir reduzir custos, “este aparelho pode transformar o elevador numa fonte de energia”, se não utilizar a energia que produz.
Neste sentido, o aparewlho poderá ter como finalidade a “alimentação da iluminação das áreas comuns do edifício, como escadas e garagens, ventiladores, bombas, entre outras”.
“Além da utilização progressiva de lâmpadas com tecnologia LED que a Enor vai progressivamente instalando nos seus equipamentos, o consumo energético dos elevadores poderá ainda diminuir devido a uma outra tecnologia” que a empresa se encontra a desenvolver e que permitirá que a iluminação da cabina de um elevador se desligue automaticamente quando o mesmo está parado.
O grupo desenvolveu um estudo que conclui que um elevador de um prédio residencial circula, em média, meia hora por dia, estando parado durante as restantes 23 horas e meia, com as luzes acesas, contribuindo para o consumo de electricidade. O novo sistema possibilita a redução da factura da electricidade consumida por um elevador para metade.
“Tendo em cosa o preço do quilowatt por hora em Portugal, estimamos que a poupança total conseguida pelo condomínio de um edifício residencial ronde os 200 euros por ano, apenas devido a esta tecnologia”, refere António Balsinha, director da Enor em Portugal. O mesmo responsável ressalva ainda que ambas as tecnologias poderão ser instaladas em qualquer tipo de edifício, “nomeadamente no modelo Enor EC5, lançado no país no início do presente ano.
Com a chegada ao mercado prevista para o próximo ano, este equipamento terá um custo de “poucas centenas de euros”, o que “permitirá aos seus condóminos amortizar o investimento em cerca de dois anos”.