AICCOPN alerta para as consequências da dificuldade na obtenção de crédito
A associação liderada por Reis Campos refere que a “política de juros baixos que tem vindo a ser sustentada pelo Banco Central Europeu”, bem como o auxílio prestado pelo Estado à banca, não estão a produzir os resultados esperados”
Pedro Cristino
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A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) alertou para o facto de as dificuldades de obtenção de crédito colocarem em causa a “sobrevivência das empresas e a manutenção do emprego”.
No comunicado enviado à imprensa, a associação liderada por Reis Campos refere que a “política de juros baixos que tem vindo a ser sustentada pelo Banco Central Europeu”, bem como o auxílio prestado pelo Estado à banca, não estão a produzir os resultados esperados no tecido empresarial.
“Com os novos créditos às empresas a conhecerem o valor mais baixo de que há registo (desde Janeiro de 2003), começam a desenhar-se situações críticas, designadamente na construção e no imobiliário, que em Março representavam 38% do crédito total concedido às empresas e que, no final do primeiro trimestre de 2010, apresentava uma redução de 827 milhões de euros, face ao mesmo período de 2009”, refere o documento da associação.
O mesmo comunicado indica também que, “de acordo com os dados do Banco de Portugal”, foram os sectores da construção e do imobiliário, da prestação de serviços às empresas e das indústrias extractivas os únicos a registarem quebras nos empréstimos ao tecido empresarial, o que reflecte “as dificuldades acrescidas para estas actividades económicas”.
Segundo os responsáveis da AICCOPN, urge tomar medidas quanto à situação do crédito às empresas “e, em particular, às pequenas e médias empresas”, tanto a nível nacional como “no seio da União Europeia, de forma a que as empresas com viabilidade económica não sejam afectadas pelas actuais restrições ao financiamento”.
O acesso ao crédito “está ainda mais difícil do que no final de 2008, quando os mercados financeiros entraram em colapso e os bancos foram amplamente apoiados pelo Estado, em nome da preservação da actividade económica e do emprego”, explica o comunicado da associação, onde se lê também que esses apoios “continuam a não se reflectir nas empresas de construção, devido às subidas verificadas nos “spreads” praticados pelos bancos”.
A falta de crédito e os custos excessivos “penalizam a recuperação económica e, sobretudo, o emprego”, referem os responsáveis da AICCOPN, que criticam o facto de os bancos “estarem a tirar partido da necessidade de financiamento para renegociarem em vigor”, e lembram que “as empresas de construção estão também confrontadas com a falta de obras, com o aumento da carga fiscal e com o agravamento dos prazos de pagamento das obras públicas”.