Ministério da Cultura suspende demolição de antiga igreja de São Paulo, em Elvas
A igreja de São Paulo integra o conjunto do antigo Quartel de São Paulo
Lusa
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
A antiga igreja de São Paulo, no centro histórico de Elvas, viu suspensa a ordem de demolição decretada pelo Ministério da Defesa, disse à Agência Lusa a directora Regional de Cultura do Alentejo, Aurora Carapinha.
Datada do século XVIII, a igreja, cuja demolição foi suspensa pelos serviços do Ministério da Cultura, está situada na zona das muralhas de Elvas e encontra-se em ruínas há mais de um século.
O Ministério da Defesa, proprietário do edifício, pretendia efectuar a demolição do imóvel, na sequência do mau tempo registado no passado Inverno, que levou à derrocada de paredes contíguas à da igreja.
“O Ministério da Defesa preparava-se para proceder à demolição da igreja, sem requerer junto da Direcção Regional de Cultura um parecer sobre o projecto. Assim que soubemos desta irregularidade, no passado dia 07 de Julho, procedemos logo à suspensão da intervenção”, explicou Aurora Carapinha.
A mesma responsável explicou à Lusa que “o Ministério da Defesa tem, agora, de apresentar um projecto de demolição, assinado por um arquitecto e não por um engenheiro militar e este será posteriormente analisado pela Direção Regional de Cultura do Alentejo”.
Aurora Carapinha defendeu, no entanto, a manutenção da igreja de São Paulo.
“A igreja não é um edifício autónomo, ou seja, está integrada num conjunto de construções com um valor bastante relevante como é exemplo o Quartel de São Paulo”, alegou.
A par deste facto, a Diretora Regional de Cultura do Alentejo salientou a importância urbanística e arquitetónica da igreja.
“Trata-se de um edifício que está integrado na zona de protecção das muralhas de Elvas e constitui um símbolo da arquitectura do século XVIII”, argumentou.
A conservação da igreja de São Paulo em Elvas está igualmente a ser defendida por um grupo de cidadãos da cidade, através de uma petição online lançada há mais de uma semana.
“Já recolhemos mais de 2 200 assinaturas com o objectivo de salvar a igreja. Não compreendemos como é que, uma cidade candidata a Património Mundial, pela UNESCO, não se preserva este tipo de monumentos”, disse à Lusa Pedro Cidraes, promotor da petição.
“Acresce ainda o facto da fachada da igreja não estar em risco de ruína. Esta igreja foi lugar de culto dos Paulistas da Serra de Ossa, a única ordem masculina com origem no nosso País”, esclareceu Pedro Cidraes.
A igreja de São Paulo integra o conjunto do antigo Quartel de São Paulo, onde esteve instalado o Batalhão de Caçadores 8 e onde fizeram recruta, nas décadas 60 e 70 do século passado, milhares de militares envolvidos na guerra colonial.