Equipas do Projecto Mobilidade Sustentável apresentam conclusões
A falta de previsão das consequências de algumas decisões urbanísticas na mobilidade e a deficiente coordenação dos sistemas de transportes foram algumas das falhas encontradas
Lusa
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A falta de previsão das consequências de algumas decisões urbanísticas na mobilidade e a deficiente coordenação dos sistemas de transportes foram algumas das falhas encontradas pelas equipas do Projeto Mobilidade Sustentável.
De acordo com o Manual elaborado no final do trabalho das equipas dos 15 centros de investigação espalhados pelo País, a deficiente cobertura do sistema de transportes colectivos e a falta de articulação e complementaridade entre os vários modos de transporte foram alguns dos constrangimentos detectados nos 40 municípios analisados.
Amarante, Arcos de Valdevez, Barcelos, Beja, Cantanhede, Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Fafe, Faro, Mértola, Ourique, Ponta Delgada, Portimão, Santarém e Viana do Castelo foram alguns dos 40 municípios selecionados para este projecto, que envolveu diversos organismos estatais e centros de investigação.
Além da recolha e sistematização de dados para aferir as diversas realidades existentes, foram feitas várias propostas para reduzir os impactes ambientais associados à mobilidade.
Os técnicos que participaram no projecto apontam ainda como problema o aumento de população com mobilidade reduzida e das suas necessidades de deslocação e o aumento de problemas pontuais de congestionamento de tráfego, não só pelo uso do transporte individual mas pela “indisciplina e escassez” de lugares de estacionamento.
Foi igualmente apontada a menor atenção prestada aos chamados ‘modos suaves’ de deslocação, entre os quais os percursos pedonais e as vias cicláveis, com os técnicos a alertarem para a “progressiva degradação dos espaços urbanos antes atribuídos à circulação pedonal” e á sua cada vez maior ocupação pelo automóvel.
Segundo as conclusões do projecto, vertidas do manual que será apresentado hoje, dia 29 de Abril, na sede da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a pressão do tráfego no atravessamento das áreas históricas e dos centros urbanos, sobretudo devido à ausência de opções viárias para contornar estes percursos é outra das barreiras à mobilidade sustentável.
Como aspetos positivos do projecto são apontados o levantamento significativo de dados, produção e sistematização de informação relevante para se caracterizar e compreender os problemas de mobilidade urbana e o desenvolvimento de uma atitude de maior preocupação quanto à necessidade de encontrar soluções num contexto de intermodalidade.
O Projeto Mobilidade Sustentável teve como principal objectivo a elaboração, nalguns casos, e a consolidação, noutros, de planos de mobilidade nos municípios selecionados, visando a melhoria contínua das condições de deslocação, a diminuição dos impactes no ambiente e a promoção da qualidade de vida da população.