Cascais aposta no aumento dos espaços verdes e ciclovias
Sobre a ligação entre urbanismo e saúde, Carlos Carreiras lamenta que a complementaridade dos dois conceitos não tenha estado dentro das principais preocupações dos decisores políticos há mais tempo
Lusa
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Construção de espaços verdes, ciclovias e vias pedonais são objectivos da Câmara de Cascais para os próximos anos, mantendo a aposta de aliar os serviços da vila à qualidade de vida e saúde dos munícipes.
No âmbito das comemorações do Dia Mundial de Saúde, que se assinala na quarta feira e este ano aborda a reacção entre o urbanismo e a saúde, o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e vereador do pelouro do Ambiente, Carlos Carreiras, disse à agência Lusa que a autarquia tem vindo a fazer um grande investimento na promoção da qualidade de vida e bem-estar das pessoas.
“Para combater a obesidade e promover o exercício físico temos vindo a alargar a oferta das ‘bicas’ – bicicletas municipais – e dos espaços pedonais. Queremos tirar os carros das ruas e fazer com que as pessoas andem mais”, afirmou o responsável, sublinhando que a autarquia vai também investir no alargamento das ciclovias do litoral para o interior do concelho.
Carlos Carreiras considera ainda que a qualidade do ar é outro factor determinante na saúde das pessoas e, por isso, destacou o investimento que a autarquia tem feito no aumento de espaços verdes: “Há pouco tempo inaugurámos quatro novos parques e dentro de pouco tempo começaremos a construir outros quatro, com o objetivo de conseguirmos chegar aos 14 parques verdes urbanos no concelho”.
No entanto, apesar das boas práticas desenvolvidas pela autarquia no concelho de Cascais, Carlos Carreiras considera que “ainda há muito por fazer”: “Não temos sabido fazer boas cidades, ou seja, cidades que estejam ao serviço do Homem em conjunto com um ambiente natural”.
Sobre a ligação entre urbanismo e saúde, Carlos Carreiras lamenta que a complementaridade dos dois conceitos não tenha estado dentro das principais preocupações dos decisores políticos há mais tempo.
“Foi pena não termos conseguido fazer a ligação do efeito que tem um bom urbanismo em relação à saúde há anos atrás, porque se os decisores políticos tivessem essa consciência há mais tempo não se teriam feito alguns atentados urbanísticos que diminuem a qualidade de vida dos munícipes”, concluiu.