Diferenciação deve marcar recuperação na área do Retalho
Para 2010, a consultora estima que surjam no mercado aproximadamente 207.500 m² de nova ABL, repartidos entre centros comerciais e retail parks, num mercado onde a retoma é esperada, embora a um ritmo mais lento
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Caso avancem todos os projectos confirmados, para os próximos três anos está prevista a entrada de cerca de 894.800 metros quadrados de área nova na área do retalho, de acordo com uma análise apresentada esta quinta-feira pela consultora Jones Lang LaSalle.
Segundo a empresa, os Centros Comerciais irão continuar a liderar a tabela de inaugurações com aproximadamente 595.300 m2, seguidos dos Retail Parks com 237.000 m2. Este modelo de negócio está em franco crescimento e os valores agora conhecidos vão juntar-se aos 488 mil metros quadrados de área de retail park existentes em Portugal.
Para o director geral da Jones Lang LaSalle em Portugal, Manuel Puig, “a retoma poderá estar mais próxima, dado algum optimismo que já começou a fazer sentir-se no final do ano passado. A fraca procura por parte dos operadores, influenciada pelo decréscimo no consumo, comprometeu a concretização de alguns projectos comerciais mas no ano que agora começou, esperamos que esta procura possa crescer, graças à vontade de expansão de algumas marcas nacionais e à possível entrada de marcas internacionais no mercado português”.
O Retailer Sentiment Survey atesta que existem marcas nacionais com planos de expansão a curto, médio e longo prazo, o que demonstra um comportamento bastante activo e dinâmico face a outras marcas internacionais.
Cerca de 60% das marcas portuguesas inquiridas têm planos de expansão num prazo de 1 ano, resultado muito positivo face à retracção sentida em 2009.
A região Centro é a que reúne mais interesse, seguida da Região Norte e do Algarve. Estas respostas revelam de algum modo o sentido de saturação do mercado em regiões como a Grande Lisboa. No mercado português de retalho predominam os Centros Comerciais de pequena e média dimensão, num total de 85 equipamentos comerciais que se encaixam nestas duas categorias. Na categoria de grande dimensão existem 3 Centros Comerciais, nomeadamente: Dolce Vita Tejo (122.000 m2), Colombo (119.687 m2) e Mar Shopping (103.500 m2).
O volume de vendas é outro indicador da retoma do mercado. Dos lojistas inquiridos, cerca de 52% prevê aumentar as vendas nos próximos 12 meses, enquanto 40% estima a sua estabilização, o que se revela bastante positivo face aos resultados de 2009. Dos inquiridos que responderam a esta questão relativamente a 2009, cerca de 34% registou decréscimo no volume de vendas, e 66% subiu.
Em termos de actividade, a área de Moda/Complementos é a mais representativa, com um peso de 36% na amostra, seguindo-se os Serviços (16%) e a restauração (15%). O estudo revela ainda que as lojas de pequena e média dimensão são as preferidas dos retalhistas presentes em Portugal, já que, em conjunto, as lojas com áreas médias entre os 51-100m² e os 101-250 m² representam mais de 50% do total das lojas consideradas.
O Estudo da Jones Lang LaSalle sublinha ainda que o mercado de retalho português decresceu cerca de 4%, face a 2008, em termos de ABL inaugurada em 2009. Nesse ano abriram ao público 8 centros comerciais e 4 retail parks num total aglomerado de 310.000 m² de ABL, apesar de um tecido retalhista mais contraído e de um consumidor mais poupado e selectivo nas suas compras.
Para 2010, a consultora estima que surjam no mercado aproximadamente 207.500 m² de nova ABL, repartidos entre centros comerciais e retail parks, num mercado onde a retoma é esperada, embora a um ritmo mais lento.