Belenenses e Câmara de Lisboa criam comissão para desbloquear projecto imobiliário
A aprovação do empreendimento, em parceria com o Grupo Amorim, tem sofrido atrasos ano após ano e, de acordo com estimativas da Direcção já avançadas, o Belenenses está a perder anualmente cerca de um milhão e meio de euros
Lusa
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A Direcção do Belenenses e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) decidiram constituir uma comissão conjunta para acompanhar o Projecto Imobiliário previsto para o Complexo Desportivo do Restelo (CDR).O grupo de trabalho, resultante da reunião desta tarde, nos Paços do Concelho, entre a delegação do clube e Marcos Perestrelo, vice-presidente da CML e responsável pela área do Desporto, vai ainda estudar as questões que protelam o licenciamento do CDR e a exploração de um posto de combustíveis.
Sem número fixo de elementos, a comissão bipartida vai também analisar a adopção de modelos de colaboração para o alargamento de modalidades desportivas no Belenenses, em espaços no exterior do CDR.
"Apresentámos uma série de pontos em aberto do passado e do futuro e saiu esta comissão. Houve uma grande abertura por parte da CML para resolver os problemas", referiu Viana de Carvalho, vice-presidente do Belenenses.
O dirigente, que liderou a delegação do clube, integrada ainda pelo vice Barata Marques, pelo presidente do Conselho Fiscal, João Neves, e pelo advogado Nelson Soares, sublinhou "o optimismo" quanto ao trabalho da comissão, que permitirá "a concretização dos projectos".
Esta primeira reunião com o novo executivo da CML foi solicitada pelo Belenenses, preocupado com o atraso em várias matérias, em particular o Projecto Imobiliário.
A aprovação do empreendimento, em parceria com o Grupo Amorim, tem sofrido atrasos ano após ano e, de acordo com estimativas da Direcção já avançadas, o Belenenses está a perder anualmente cerca de um milhão e meio de euros.
O Projecto Imobiliário do Belenenses foi apresentado na gestão de Ramos Lopes, presidente do clube de 1997 a 2000, sendo então denominado "Espaço Belém", e previa a construção de espaços comerciais e habitacionais dentro da área do Estádio do Restelo, além da possibilidade de recuperação de alguns equipamentos desportivos.
No entanto, o projecto suscitou críticas de algumas entidades, entre as quais o IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico), pelo que foram introduzidas alterações, antes de, já na presidência de Sequeira Nunes, ser apresentada uma segunda versão, que também não escapou a manifestações de desagrado.
Contudo, o então presidente da CML, Santana Lopes, chegou a acordo com o Belenenses, tendo o clube se comprometido em não construir no CDR e, em troca, a autarquia cedia terrenos de área equivalente a norte do complexo.
Depois de Santana Lopes ter abandonado a CML para assumir as funções de primeiro-ministro, Carmona Rodrigues ratificou o acordo com o clube da Cruz de Cristo, mas o protocolo nunca chegou a ser celebrado.
Com a instabilidade que se viveu na CML, que culminou com a queda do executivo e as consequentes eleições intercalares, o processo não registou qualquer avanço. Lusa