Fundos de investimento quintuplicam deste 2000
Segundo Carlos Pina, os activos sob gestão também aumentaram desde 2000, com os imóveis a atingirem 10.978 milhões de euros.
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O número de fundos de investimento imobiliário em Portugal multiplicou-se quase por cinco desde 2000, atingindo 194 no final de Setembro, indicou o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina.De acordo com o governante, os activos sob gestão também aumentaram desde 2000, com os imóveis a atingirem 10.978 milhões de euros.
Carlos Pina, que falava na sessão de abertura da Conferência sobre Fundos de Investimento Imobiliário, organizada pela Associação Portuguesa dos Fundos de Investimento, Pensões e Património,
Aquele membro do governo salientou que, como o número de fundos registados na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aumentou mais do que os activos sob gestão, o valor médio das carteiras dos fundos diminuiu desde 2000.
Para Carlos Pina, "é evidente" a importância dos FII em Portugal, porque são uma alternativa de investimento em bens imobiliários que "permite uma maior diversificação do risco, mais flexibilidade e maior liquidez, beneficiam de uma gestão profissional e dão maior segurança aos investidores", sendo acompanhados pela CMVM.
O secretário de Estado considerou que os fundos de investimento imobiliário são também "uma alternativa interessante para a própria gestão do património imobiliário do Estado".
O orçamento para 2008 prevê incentivos fiscais de apoio a acções de reabilitação de áreas urbanas degradadas, que no caso dos FII incluem isenção de IRC até 2012, desde que pelo menos 75 por cento dos seus activos sejam sujeitos a acções de reabilitação e retenção à taxa de 10 por cento em sede de IRS para os rendimentos das suas unidades de participação. Por isso, o secretário de Estado manifestou esperança em que a reabilitação urbana tenha um maior dinamismo e as cidades portuguesas sejam requalificadas. Quanto aos fundos de investimento florestal, Carlos Pina destacou o papel que podem ter no investimento em floresta, contribuindo para o reordenamento do tecido rural e melhor aproveitamento da mancha florestal, num país onde anualmente "se esfumam, literalmente, diversas parcelas do território, milhares de hectares de um dos recursos mais preciosos".
Portugal fica em segundo lugar na Europa no valor dos activos sob gestão dos fundos de investimento imobiliário em relação ao PIB, segundo dados apresentados por Manuel Guimarães, presidente da Associação Portuguesa dos Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).