Gabinete de projecto "chave de mão"
O grupo hoteleiro Vila Galé conta com uma equipa projectista na sua estrutura, o arquitecto Luís António explica ao Construir as vantagens de trabalhar dentro de uma estrutura que projecta e é, ao mesmo tempo, dono de obraUm conjunto de projectistas que trabalha dentro da estrutura de um grupo hoteleiro, o Vila Galé, uma estratégia… Continue reading Gabinete de projecto "chave de mão"
Filipe Gil
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O grupo hoteleiro Vila Galé conta com uma equipa projectista na sua estrutura, o arquitecto Luís António explica ao Construir as vantagens de trabalhar dentro de uma estrutura que projecta e é, ao mesmo tempo, dono de obraUm conjunto de projectistas que trabalha dentro da estrutura de um grupo hoteleiro, o Vila Galé, uma estratégia diferente de muitos grupos de hotelaria em Portugal, que preferem contratar arquitectos e/ou gabinetes fora da sua estrutura. Em conversa com o Construir, o arquitecto Luís António, um dos responsáveis pelo gabinete que projecta as unidades hoteleiras do grupo Vila Galé explicou ao Construir que existem "claras vantagens" de se trabalhar o projecto de hotel, ou da recuperação de uma unidade já existente, dentro de um grupo hoteleiro.
Para esse trabalho o Grupo Vila Galé conta com um departamento com quatro elementos: um desenhador, um engenheiro electro-técnico e um engenheiro civil e um arquitecto. Os quatro gerem as componentes técnicas a nível de estruturas e também as empreitadas. De acordo com Luís António "o que acontece, na maioria dos grupos hoteleiros é contratarem os arquitectos exteriormente, mas no grupo Vila Galé tal não acontece, pois é tudo adjudicado ao grupo de projectistas".
E revela que esta situação é "bastante vantajosa" já que, segundo o arquitecto a admistração é muito activa na fase inicial da escolha da arquitectura das unidades hoteleiras. Luis António acrescenta ainda que "a vantagem também passa pelo tempo de actuação para um problema que é muito mais rápido do que se fosse feito por um atelier de fora", explica o responsável. O arquitecto explica que a escolha da decoração do hotel tem a ver, sobretudo, com a entidade da unidade definida pela administração do grupo. O briefing para a criação ou para o desenvolvimento de uma remodelação nem sempre vem fechado e explica que a equipa projectista "apesar de saber o que a administração pretende, coloca as melhores sugestões, tendo em conta o budget".
Luís António indica exemplos de unidades recuperadas recentemente, tal com o caso do Hotel Vilage Cascais, que se baseou numa "remodelação de espaço". Já em relação ao Vila Galé Tejo, um projecto ainda em fase embrionária, segundo o arquitecto e que será um hotel ligado ao desporto, "mas com uma linguagem contemporanea", onde irão predominar os quartos envidraçados virados para o rio Tejo. "Isso revela uma preocupação da parte da administração para aquilo que é necessários fazer". No caso do Hotel de Lagos, que estará pronto até final do ano foi definido tendo em conta o facto de ser mais género resort, e terá também uma linguagem contemporânea, mas terá em conta as tradições algarvias, contudo a decoração do interior será dedicada à moda. "Temos hotéis diferentes, dependendo da personalidade do hotel em causa, com a sua localização. Não há uma fórmula igual para todos", acrescenta.
Influências
De acordo com o arquitecto as influências arquitectónicas para a criação dos projectos tem sobretudo a ver com a contemporaneidade da arquitectura. "Estamos atentos ao que se faz fora de Portugal, e primamos por um estilo contemporâneo," e acrescenta que por vezes o estilo está condicionado à tipologia muito própria de um hotel que "deriva bastante com o número de quartos e o tamanho dos edifícios". Indica ainda que muitos arquitectos famosos têm-se envolvido na construção de hóteis de excelência e revela que essa tendência tem influenciado muito a forma como actualmente se projecta hotéis.
No que respeita às tendências actuais, é a nível dos quartos que são mais evidentes. E de acordo com o arquitecto do grupo Vila Galé as casas-de-banho envidraçadas estão bastante na moda e é algo que o Vila Galé tem "acompanhado", os quartos estão com tendencia a ficarem maiores e mais altos. Tudo isto, explica o arquitecto Luís António é tido em conta o facto de serem donos de obra do princípio ao fim da construção e/ou remodelação: " temos sempre em conta não só a parte estética mas também a parte operacional e pós-obra para não aumentar os custos de manutenção de alguma solução."
E dá o exemplo do futuro hotel que irá nascer em Caxias, o Vila Galé Tejo, que é um hotel de cinco estrelas e por isso pensado com esse pressuposto. "As tendências serão repensadas para um hotel desse carácter. Há algumas situações que gostaríamos de experimentar, como por exemplo o Hotel América em Madrid, mas que se calhar na nossa legislação portuguesa não passava. Mas não deixa de ser interessante, s a nível das tendências. O arquitecto explica ainda que outra das tendências dos hotéis mais recentes é a clara aposta para "para projectar unidades de spa's,com massagens, e zonas para praticar ioga e ginásio para os clientes praticarem desporto. Os cuidados energéticos estão também, segundo a mesma fonte, na ordem do dia. Quer na utilização de vidros duplos, quer no isolamento de paredes, o grupo Vila Galé segue a legislação e irá por em prática, no que respeita à utilização de painéis solares nas novas unidades.
Novos projectos
Estas novas tendências arquitectónicas e as inovações energéticas estão especialmente a serem pensadas pelo grupo Vila Galé para uma série de novos projectos a lançar brevemente. Alguns dos quais já do conhecimento público. O hotel de Sintra é um deles. De acordo com Luís António, esta unidade terá uma componente médica, "será mais uma clínica anti-stress e terá uma série de condições a nível de exercício físico e alimentação", explica, acrescentando: "será construída na zona da Granja, em Sintra, numa zona sossegada e excelente para o propósito para o qual está a ser concebido.
Existe também o projecto de Caxias, que é um projecto embrionário, e dirigido a uma componente desportiva e ainda o hotel de de Évora. A inicializar a construção está a unidade de Lagos, no Algarve, que ficará pronta em meados de 2009. "Esta unidade irá diferenciar-se sobretudo pela localização, que ficará na zona da Meia Praia, em que 80% dos quartos terá vista para o mar". De acordo com o arquitecto existem ainda alguns projectos no Brasil que serão feitos em coordenação com um arquitecto local brasileiro. "Mas é ainda um processo que ainda está no início", sublinha. Uma forma diferente de juntar uma equipa projectista dentro de uma estrutura empresarial de um grupo hoteleiro que, pelo que o arquitecto Luís António explicou tem dado os seus frutos.