Efeitos da crise no mercado de crédito chegam a Portugal em 2008
O mercado imobiliário português registou um aumento do dinamismo, embora a pespectiva é de que a crise no mercado de crédito hipotecário norte-americano se faça sentir em território nacional em 2008
Ana Rita Sevilha
Ordem dos Engenheiros lança ‘Prémios Nacionais’
“Redução de custos ambientais e operacionais” justifica importância do Aqua+ Escritórios
ACEMEL atinge os 20 associados com entrada da Nabalia e EZU Energia
Casa da Arquitectura abre concurso para bolsas de doutoramento
Fundão recebe o New European Bauhaus Festival
Segurança de trabalhos em altura no sector da construção
Câmara de Setúbal vai reabilitar Palácio do Quebedo por valor superior a 2 M€
Preços de escritórios e lojas aumentaram em média +20% durante a pandemia
TdC dá luz verde ao prolongamento da Linha Vermelha
Century 21 Portugal espera “crescimento” nos próximos anos
O mercado imobiliário português "está de boa saúde", embora seja expectável que a crise no mercado de crédito hipotecário norte-americano se faça sentir já no próximo ano.
Contudo, "o claro interesse por parte de investidores nacionais e estrangeiros, bem como as várias negociações em curso, fazem adivinhar mais um ano de excepção, no que a transacções de investimento se refere".
De acordo com a 9ª edição do Markbeat Portugal, um estudo realizado semestralmente pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W) que incide sobre os mercados de escritórios, retalho, industrial, hotelaria, investimento e, pela primeira vez, de residencial, "apesar da actividade modesta deste primeiro semestre, as expectativas apontam para um fecho de ano a atingir mais um máximo histórico em volume de negócios, sendo expectável ultrapassar-se a barreira dos 1.000 milhões de euros".
De uma forma geral, as conclusões tiradas pelo estudo mostram um maior dinamismo nos vários segmentos, continuando o retalho a apresentar um forte nível de actividade, os escritórios a perspectivar um ano de ocupação recorde, o industrial a registar um ligeiro acréscimo, o hoteleiro à beira de atingir um novo marco e o residencial turístico a aparecer como um mercado de enorme potencial em Portugal.
Ao nível do retalho, a C&W revela que o primeiro semestre de 2007 foi marcado por um grande dinamismo, mantendo-se o interesse por parte dos retalhistas.
O mercado de escritórios em Lisboa registou uma procura essencialmente impulsionada pelas multinacionais, e uma diminuição generalizada das taxas de desocupação.
No segmento industrial foram anunciados nos últimos meses vários projectos, o que ajudou ao acréscimo de actividade, aliado à parceria, na próxima década, entre o estado português e promotores privados através do programa Portugal Logístico.
O mercado de investimento hoteleiro tem apresentado algumas novidades nos últimos tempos, nomeadamente a apresentação regular de novos projectos de remodelação/ampliação de unidades existentes, e reposicionamento de unidades e marcas.
Ao nível do mercado residencial, "as expectativas apontavam para uma recuperação do mercado residencial urbano também no segmento médio", contudo, a recente crise no mercado imobiliário americano aliado às expectativas de alargamento da crise às economias europeias, levantam algumas dúvidas quanto à verdadeira recuperação deste mercado.
Quanto ao residencial turístico, o mesmo apresenta-se como um mercado com um enorme potencial em Portugal, "sendo vários os casos de sucesso comprovado".